quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A sexta maior do mundo!

A sexta maior do mundo!


por Rodrigo Constantino

A notícia levou os nacionalistas ao delírio: a economia brasileira, medida pelo imperfeito PIB, ultrapassou a do Reino Unido e assumiu a sexta posição no ranking mundial. Não é fantástico? Somos mais ricos que os ingleses! Ou será que não é bem assim?

Na verdade, não é nada assim. E por vários motivos. Em primeiro lugar, o “detalhe” mais óbvio, que até uma pequena criança é capaz de compreender: o Reino Unido produz aquele valor de bens e serviços com pouco mais de 60 milhões de habitantes, enquanto o Brasil produz seu PIB com cerca de 200 milhões. Em outras palavras, a produção per capita dos brasileiros ainda é bem menor do que a dos ingleses, e isso é muito mais relevante que o valor absoluto. Afinal, já passamos o PIB da Suíça, com seus 7,6 milhões de habitantes, faz tempo, e não creio que devemos soltar fogos de artifício por conta disso.

Mas não é apenas isso. O PIB mede um fluxo de produção a valor corrente, e isso depende de muitos fatores, tais como a taxa de câmbio e o preço das commodities, quando se trata de um país com relevante exportação de bens básicos como o Brasil. A Inglaterra está passando por uma dolorosa fase de ajustes, com retração econômica e desvalorização de sua moeda. Os países emergentes, especialmente aqueles com fartos recursos naturais como o Brasil, estão com outra dinâmica, crescendo mais e vendo suas moedas se valorizarem.

O governo Dilma não tem mérito pelo que se passa no Chile ou na Austrália, evidentemente. O Brasil, para falar a verdade, cresce aquém de seus pares. E não deixa de ser curioso que o governo tente jogar a culpa da queda do crescimento brasileiro na crise mundial, ao passo que evita reconhecer o crédito da pujança global, particularmente a chinesa, pela fase de maior crescimento econômico aqui. Dois pesos, duas medidas.

Fora isso, outros indicadores devem ser levados em conta para se medir (ou tentar medir) o sucesso de uma sociedade. O IDH é um deles, ainda que também bastante imperfeito. Mas não é preciso ir tão longe. Basta olhar ao redor do país e ver a quantidade de miséria, de favelas, a criminalidade, a infraestrutura caótica, a concentração ilegítima de renda graças aos privilégios do governo, a corrupção, a impunidade, para notar que apenas nacionalistas muito bobocas celebram um dado tão insignificante como este.

Sim, somos o sexto PIB do mundo. Sim, passamos o PIB do Reino Unido. E daí? Com tantos problemas que nos saltam aos olhos diariamente, é o caso de perguntar: Who cares?! Alguém aí melhorou de vida após saber desta notícia? Então que tal voltarmos nossa atenção para a imensa quantidade de problemas que temos de resolver para tornar o Brasil um país melhor, mais próspero, livre e justo? Podemos começar com a questão da impunidade, crucial para nosso futuro. Alguém viu Fernando Pimentel por aí? A propaganda estatal sobre o PIB acima do inglês é apenas “para inglês ver” – ou, no caso, para nacionalistas ingênuos acreditarem que isso muda muita coisa.

Fonte: Rodrigo Constantino 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


Papai Noel acredita em Pimentel
Por Guilherme Fiúza para a Revista Época

A presidente Dilma Rousseff não esqueceu os brasileiros neste Natal. Preparou-lhes uma surpresa, presenteando-os com uma pérola: a revelação de que o ex-ministro Antonio Palocci saiu do governo porque quis. Foi emocionante a presidente ter guardado essa joia para o fim do ano. O país passou mais da metade de 2011 achando que Palocci tinha caído da Casa Civil porque enriqueceu fazendo tráfico de influência. Engano. Ele "quis sair", informou Dilma. Ou seja: por ela, Palocci ficava. Sem preconceito.


Ainda bem que o Brasil é tolerante, cordial, gente boa. E lida bem com uma presidente que não tem preconceito contra consultorias milionárias de seus auxiliares. Palocci faturou R$ 20 milhões só em 2010, quando coordenava a campanha da sucessora de Lula, cotado para superministro dela (o que se concretizou no ano seguinte). Uma arrecadação muito superior à das mais conceituadas empresas do mercado. Ninguém achou que essa façanha se devesse ao charme do consultor – e Palocci deixou o ministério.

Agora, Dilma diz que ele poderia ter ficado, se quisesse. Ou seja: diz que o jeito Palocci de enriquecer à sombra do poder está o.k. Se o Brasil não fosse magnânimo e cuca fresca, a presidente da República estaria, neste momento, tendo de se explicar ao Ministério Público e ao Congresso Nacional. Sua idoneidade para o exercício da função estaria em xeque.

Mas Dilma está comendo rabanada. Em vez de colocá-la em xeque, o Brasil deu-lhe um cheque – em branco, para bancar a sobrevivência de outro companheiro consultor, o ministro Fernando Pimentel. Se Palocci faturou R$ 20 milhões e saiu porque quis, Pimentel, que faturou R$ 2 milhões, pode considerar o Ministério do Desenvolvimento praticamente um lar. Só sai de lá por motivo de tédio profundo. O Brasil cordial sancionou seus métodos.

Felizmente chegou o Natal – e o companheiro consultor ganhou um presentão neste fim de ano

Além de declarar que o novo milionário Palocci não é mais ministro porque não quer, Dilma Rousseff afirmou que a consultoria de Fernando Pimentel "não tem nada a ver" com seu governo. Pura modéstia. Mesmo não tendo todo o charme de Palocci, Pimentel também chegou a uma arrecadação formidável. Fez seu primeiro milhão com um único e certeiro palpite sobre a conjuntura para a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Tanta virtude assim, e tão bem paga, é o que distingue um consultor comum de um consultor bem relacionado. A Fiemg teria economistas melhores para contratar, mas nenhum com a graduação de Pimentel nos corações de Lula e Dilma. Que outro consultor decolaria tão rapidamente para a coordenação da campanha presidencial, e em seguida para a Esplanada dos Ministérios?

De consultor privado da indústria, Fernando Pimentel passou a gestor público da indústria. Se o leitor ficar confuso sobre quem é cliente de quem nessa história, esqueça. Clientela é assunto particular, como explicou Dilma, ao considerar "estranho que o ministro preste satisfações ao Congresso de sua vida privada".

Palocci não revelou até hoje os clientes que fizeram dele um milionário instantâneo. Esses consultores diferenciados não têm culpa se o poder político, a influência governamental e as informações de Estado invadem sua vida privada. Se a papelada do consultor e a do político dormem na mesma gaveta ou não, é questão de foro íntimo. O foro da consultoria de Pimentel à Fiemg era tão íntimo que ninguém consegue saber que serviço, afinal, foi prestado. Não há contrato ou qualquer tipo de registro do trabalho do consultor. O contratante, ex-presidente da entidade, informou que o contratado fez palestras nas seções regionais pelo interior do Estado. Mas não há uma testemunha sequer desses eventos. Talvez tenham sido palestras de foro íntimo.

Felizmente chegou o Natal. E Papai Noel, que não só existe, como acredita em Pimentel, lhe trouxe um presentão: uma pesquisa de opinião mostrando a aprovação a Dilma superior à de Lula no primeiro ano de governo. Um empurrãozinho a mais para a presidente segurar o emprego do amigo. Por uma dessas coincidências da vida, o contratante da consultoria de Pimentel em 2009 é o mesmo contratante dessa providencial pesquisa de opinião. E daí? Ninguém tem nada com isso. O governo é público, mas os governantes, pelo visto, são privados.
A história soviética
por Equipe IMB para o Instituto Ludwig von Mises Brasil

Há exatos 20 anos, no dia 26/12/1991, esfacelava-se o regime mais tirânico e homicida da história: o regime comunista soviético. Após tímidas medidas de abertura, iniciadas por Mikhail Gorbachev, o sistema não mais suportou todas as suas contradições internas e, impulsionado por uma enorme insatisfação impopular, pelo caos, pela fome e pelo total empobrecimento do seu povo, o inevitável resultado final foi o colapso seguido pela deintegração. (Veja toda a sequência em detalhes aqui).

Essa desintegração do comunismo soviético não apenas representou um passo incalculável rumo à liberdade, pois libertou da opressão e da tirania milhões de pessoas, como também teve uma importância fundamental no campo da teoria econômica: o colapso da URSS demonstrou de maneira cabal a validade da teoria de Mises, explicitada ainda em 1920, a respeito da impossibilidade do socialismo.

Porém, quem não conhece a história está condenado a repeti-la, já diz o sábio ditado. Infelizmente, apenas teorias não são suficientes para convencer as pessoas sobre o quão perverso e diabólico é o comunismo, e o quão imoral é defendê-lo; muitas vezes são necessários relatos e imagens para ilustrar o quão abominável e execrável é esse regime.

Especialmente agora que estamos vivendo em uma época em que intelectuais, professores universitários e até mesmo a mídia estão acalentando com profunda intensidade ideias abertamente socialistas, nunca é demais ressuscitar e relembrar vivamente todos as "façanhas" do marxismo na URSS, pois elas ilustram vivamente tudo o que inevitavelmente acontece a uma sociedade quando o socialismo é imposto. Como explicou George Reisman:

Mesmo que um governo genuinamente socialista fosse eleito democraticamente, seu primeiro ato de governo ao implantar o socialismo teria de ser um ato de enorme violência, qual seja, a expropriação a força dos meios de produção.

A eleição democrática de um governo socialista não alteraria o fato de que o confisco de propriedade contra a vontade dos proprietários é um ato de força. Uma expropriação à força da propriedade baseada no voto democrático é tão pacífica quanto um linchamento também baseado no voto. Trata-se de uma violação primordial dos direitos individuais. A única maneira de o socialismo realmente ser implantado por meios pacíficos seria com os donos de propriedade voluntariamente doando sua propriedade ao estado socialista. Porém, pense nisso. Se o socialismo tivesse de esperar que os donos de propriedade doassem voluntariamente sua propriedade para o estado, este certamente teria de esperar para sempre. Logo, se o socialismo tem de ser implementado, então ele só pode existir por meio da força — e força aplicada em escala maciça, contra toda a propriedade privada.

O socialismo necessariamente deve começar com um enorme ato de confisco. Aqueles que querem seriamente roubar devem estar preparados para matar aqueles a quem eles planejam roubar.

A seguir, aquele que provavelmente é o melhor (e mais chocante) documentário sobre a história da União Soviética (The Soviet Story), com legendas em português. Veja-o e entenda por que é absolutamente imoral ter sequer a mais mínima simpatia por esse regime.

À ala jovem que nos lê, sugerimos enviar esse vídeo como presente de Natal aos seus queridos professores de História e Geografia. À ala universitária, enviem-no aos líderes de seus DA e DCE.



















Fonte: Instituto Ludwig von Mises Brasil

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011



Liberais, uni-vos!


Rodrigo Constantino *
 
"Sou chamado a responder rotineiramente a duas perguntas. A primeira é 'haverá saída para o Brasil?'. A segunda é ' que fazer?'. Respondo àquela dizendo que há três saídas: o aeroporto do Galeão, o de Cumbica e o liberalismo. A resposta à segunda pergunta é aprendermos de recentes experiências alheias." (Roberto Campos)
 
O Brasil não precisa reinventar a roda. Claro que particularidades culturais demandarão alguns ajustes no modelo. Mas podemos observar as experiências alheias e aprender com elas. Acima de tudo, sabemos o que não funciona, o que já é meio caminho andado. Experimentamos inúmeras receitas no passado, todas elas derivadas, de alguma forma, da mentalidade coletivista que delega ao governo responsabilidade pelo progresso. Falhamos.

Está mais que na hora de mudar o rumo do país. Nós, liberais, não devemos ter medo de defender aquilo que acreditamos ser o modelo mais eficiente e justo. Não podemos sucumbir à pressão de grupo, à ditadura do politicamente correto. O Brasil precisa de pensadores, de formadores de opinião, sem medo de expor suas crenças. O debate precisa se pautar por argumentos sólidos, por teorias robustas e por casos empíricos bem analisados. E o liberalismo possui larga vantagem sobre qualquer modelo alternativo nesses quesitos.

O que falta, talvez, é melhorar a comunicação com o público maior, saber “vender” de forma mais eficiente a ideia. Os liberais não devem, por exemplo, ignorar as emoções só porque pensam estar do lado da razão. Seres humanos se mobilizam por diversos fatores, e as emoções talvez sejam os mais relevantes. O liberalismo precisa conquistar as mentes e também as almas, evitando dogmatismos. Liberalismo não é seita.

Sabemos que a luta é desigual, pois os coletivistas apelam às emoções mais instintivas e tribais dos homens, muitas vezes de forma pérfida. Mas não podemos desistir da luta só porque o desafio é enorme. Isso seria perder a guerra na largada. E os pilares da civilização não são tão fortes como alguns gostariam de crer. Sem um trabalho incessante daqueles dispostos a manter acesa a chama da liberdade, séculos de civilização podem ruir em poucos anos e a barbárie triunfar.

Se isso é possível – e a história mostra que é – mesmo nas civilizações mais avançadas, o que dizer do caso brasileiro, onde a tradição cultural passa longe dos mais básicos valores liberais? O esforço aqui deve ser redobrado. Ainda estamos nos estágios preliminares, tentando justamente construir os pilares civilizacionais. Os obstáculos são gigantescos. Os grupos de interesses ameaçados pela mudança do status quo vão reagir. E, ainda mais importante, a maioria, imbuída de crenças coletivistas, com forte rejeição ao livre mercado, aos empresários e até ao lucro, vai demonstrar resistência às mudanças também.

Cabe aos liberais exercitar seu poder de persuasão, aprofundar seus argumentos e embalar melhor seu conteúdo. De nada vai adiantar culpar os outros pelo fracasso da empreitada, se ele ocorrer. É preciso lutar sem esmorecer. É necessário vencer, pelo futuro de nossos filhos e netos, que merecem viver em um país mais próspero, livre e justo. A saída é o liberalismo, ou então o aeroporto. Eu escolhi ficar e lutar. Espero contar com a ajuda de todos os outros simpatizantes dos valores liberais.
 
* Epílogo do meu novo livro, LIBERAL COM ORGULHO
 
Fonte: Rodrigo Constantino

sábado, 3 de dezembro de 2011




Atenção STF: Se acabar em Pizza como quer o Dirceu, o Brasil entrará para história como uma nação que não é séria, que é conivente com a corrupção, com a maracutaia, com a falcatrua, com o desrespeito ao erário e ao cidadão.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

15 DE NOVEMBRO

República das Bananas

Rodrigo Constantino, O GLOBO
 
Neste feriado, que celebra mais um aniversário de nossa República, vem ao caso refletirmos sobre os rumos de nosso país. Até que ponto vivemos sob um regime que podemos chamar, efetivamente, de republicano?

Todos dizem defender a “res pública”, até mesmo os regimes socialistas totalitários. Mas a essência do modelo republicano está na questão da representatividade. Sem um modelo eficiente de representação política, com claros limites constitucionais ao poder do Estado, não é adequado chamar de República o regime.

Sob esta ótica, o Brasil não está nada bem na foto. Feudalismo, patrimonialismo ou mercantilismo: esses são os termos mais adequados para descrever nosso modelo. Há extrema concentração de poder no governo central, dominado por uma patota que transformou a coisa pública em “cosa nostra”. O Estado foi privatizado. A pilhagem é sistemática.

Um “Ogro filantrópico” (Octavio Paz). Um “Dinossauro” (Meira Penna). Estas são as imagens mais fiéis ao Estado brasileiro, uma máquina que distribui privilégios aos “amigos do rei”, enquanto espalha os custos, especialmente sobre a classe média, esmagada pelos impostos e sem representação política adequada. Ou o leitor se sente representado em Brasília?

Nossa República nasceu sem participação popular. Entre os principais motivos de descontentamento com a monarquia, estavam os altos índices de analfabetismo e de miséria. Pergunto: como estamos após 122 anos? Malgrado algumas conquistas, parece evidente que o modelo tem fracassado, e muito. Temos elevado índice de analfabetismo funcional, péssima qualidade de ensino público, e muita miséria ainda.

Inúmeros parasitas são sustentados pelas benesses estatais, restando aos hospedeiros uma fatura que já chega a um trilhão de reais! Se as instituições republicanas já eram frágeis, foram enfraquecidas ainda mais durante a gestão petista. O ex-presidente Lula muito contribuiu para esgarçar de vez os valores republicanos, ao escancarar, com escárnio, suas alianças espúrias em nome da “governabilidade”.

O “mensalão”, com sua completa impunidade até agora, foi a pá de cal nas esperanças daqueles que sonham com um modelo mais justo e ético. Levaremos anos, quiçá décadas, até recuperarmos os estragos causados pelos abusos de poder do lulopetismo. O Estado foi transmutado em um gigantesco instrumento de compra de votos, possível graças ao crescimento chinês, que inundou o Brasil com divisas para a compra de recursos naturais. A expansão de crédito fez o restante.

O governo criou bolsas para diversas classes, desde as esmolas para os mais pobres, até a “Bolsa Empresário” do BNDES. Os sindicatos foram comprados, assim como a UNE, que aderiu a um constrangedor silêncio frente aos infindáveis escândalos de corrupção. As ONGs, agora em evidência, ignoraram a letra N e se tornaram braços governamentais envoltos em esquemas de desvio de recursos públicos. As exceções comprovam a regra.

Alguns podem alegar que a elevada popularidade justifica isso tudo. Os que assim fazem apenas demonstram não compreender o conceito de República. Até Mussolini foi popular na Itália fascista! Como Cícero explica nos diálogos sobre a República Romana, "não creio que corresponda mais o nome de República ao despotismo da multidão”. Tirania popular ainda é tirania.

O Brasil não chega a tanto, é verdade. Não estamos no mesmo estágio da Venezuela de Chávez, a despeito do desejo de muitos petistas. Mas ainda vivemos no Antigo Regime, das castas e capitanias hereditárias, tributário do autoritarismo da Era Vargas e do positivismo. Estamos muito distantes da Grande Sociedade Aberta e do império da lei isonômica.

O alerta feito por Ayn Rand mostra a precária situação brasileira: "Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.

Vamos deixar isso acontecer passivamente? Republicanos legítimos, uni-vos! Está na hora de romper com os grilhões do patrimonialismo e instaurar uma República de fato em nosso país.

Fonte: Rodrigo Constantino 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

VEJA ESSA





"Para me tirar, só abatido a bala. E tem de ser bala forte, porque eu sou pesadão."
Carlos Lupi, ministro do Trabalho, em dasafio à presidente Dilma

"Nem saio nem licencio. Se quiserem me sangrar, terão de fazê-lo até o fim, e depois chupar meu sangue de canudinho."
Lupi, ainda dasafiador e sem compostura

"Presidenta, desculpe se eu fui agressivo, não foi minha intenção, eu te amo."
 Lupi, em depoimento na Câmara dos Deputados, depois de saber que sua reação irritou o Palácio do Planalto
JOSÉ DIRCEU

Chefe da quadrilha ataca: "Luta moralista contra a corrupção"
Por Reinlado Azevedo


A Juventude do PT fez seu Segundo Congresso em Brasília. “Juventude” e “PT”, juntos, formam um oximoro e tanto! Ou se é petista ou se é jovem. Por que digo isso? Porque não há nada na política brasileira que seja mais velho, retrógrado, reacionário e atrasado do que o PT. E isso, definitivamente, não combina com juventude. O evento em Brasília prova isso.


O grande destaque de ontem foi o chefe de quadrilha (segundo a PGR) e deputado cassado por corrupção José Dirceu. Ele não teve dúvida: atacou o que chamou de “luta moralista contra a corrupção”, afirmando que, no passado, pressões assim resultaram na eleição de Jânio Quadros e Fernando Collor. Ele só se esqueceu de dizer que também foi a luta contra a corrupção que depôs o mesmo Collor. Mas esse é Dirceu. Tarde demais para ter compromisso com a verdade.

O que quer o Zé? Ora, uma luta contra a corrupção que seja amoralista ou imoralista, a exemplo daquelas empreendidas pelo petismo. Em que ela consiste? Na criminalização de inocentes, desde que adversários, e na absolvição de culpados, desde que aliados. Entenderam? Não é isso o que faz o PT desde que existe? Já exibi mais de uma vez aqui o vídeo que flagra Lula em dois momentos: no primeiro, ele esculhamba Sarney e sua família, afirmando que são o retrato do que há de mais nefasto no Brasil; no segundo, os mesmos Sarneys se transformam na expressão da grandeza política, da lealdade, da competência. É o que se chama de “luta imoralista contra a corrupção”, entenderam?

Escreve Eduardo Bresciani no Estadão Online:

“Para ele [Dirceu], a intenção das denúncias é somente atacar o governo. “Nesse momento o que pretende construir é isso, a pretexto de combater a corrupção”. Na visão de Dirceu, a pressão que é feita sobre os ministros não é a mesma em relação a escândalos em São Paulo, onde o PSDB está a frente da administração. “Quando dizem que tem de responsabilizar o ministro e o partido por problemas no ministério, então tem que se responsabilizar o PSDB, o Geraldo Alckmin e o José Serra pelo escândalo das emendas em São Paulo”.

INEXISTEM os tais “escândalos” em São Paulo. O factóide criado com a história da liberação de emendas não prosperou. Alckmin está no governo há menos de um ano, e já está provado que os petistas foram muito bem-tratados pelo ex-governador Serra - vale dizer: não houve discriminação no governo de nenhuma forma. Se alguma ilegalidade tivesse havido, então os petistas teriam sido cúmplices. Não que isso fosse uma impossibilidade teórica, claro!, pensando exclusivamente na natureza dos brutos, mas simplesmente não aconteceu. Por que o chefe de quadrilha não aponta as irregularidades em vez de ficar com acusações genéricas? Por que os deputados de seu partido não o fazem?

Eis aí! É o método: a “luta imoralista contra a corrupção” supõe criminalizar inocentes e inocentar larápios. Sempre foi assim.

Dirceu ganhou daqueles jovens velhos uma camiseta que traz seu rosto estampado. E se lê: “Contra o golpe das Elites - Inocente”. O “consultor de empresas privadas”, que tem alguns dos potentados da economia nacional - e multinacional! - como clientes, o que faz dele hoje um dos maiores lobistas do Brasil, é apresentado, quem diria?, como inimigo das elites.

Só se estiverem falando sobre as elites do bom senso, do decoro, da lógica, da ética, da moral e dos bons costumes.

Fonte: Reinaldo Azevedo

terça-feira, 8 de novembro de 2011

É estranho sentir saudades de uma ditadura que mal vivi ou na qual evitava viver

Por Raul Silva

Eu sou uma pessoa extremamente a favor do movimento estudantil. Acho sim que eles podem mudar a sociedade, apontar caminhos, pavimentar um futuro melhor.

Mas confundir isso com o que aconteceu na USP esses dias é um desrespeito à memoria das pessoas que pereceram aqui no Brasil e no mundo. Mas o movimento estudantil no Brasil virou uma piada, com a UNE pelegando na base do “quem dá mais”. Os jovens completamente perdidos com seus DAs controlados por partidos políticos que não se importam nem um pouco com a agenda estudantil ou mesmo uma agenda prática para melhorar a vida de milhões de pessoas. A eles só importam a panfletagem, chegar ao poder, mesmo que seja um poder ridículo como o de um DA.
 
E devido a essa agenda perdida vemos casos como esse da USP onde uma assembléia coordenada pelo DA foi simplesmente ignorada por outra dominada por um punhado de radicais que ainda sonham com o socialismo soviético, manipulados pelo sindicato dos funcionários da instituição. A “luta” era por readmissão de demitidos, contratação de terceirizados e contra a presença da PM no campus. Uma ou outra palavra para maior acesso da população ao campus. Pouquíssimas sobre o ensino em si. Decisões democráticas são para os burgueses, só a luta armada pode libertar o povo, etc.
 
Tudo começou com algo extremamente bobo, a apreensão de 3 pessoas que estavam fumando um baseadinho no morrinho. O que ia acontecer? A policia os iria levar para uma delegacia, assinariam um termo circunstanciado seguido de um puxão de orelha do delegado e talvez dos pais. Um processo ia rolar mas não daria em nada, talvez uma pena comunitária.
 
A PM não estava fazendo nada demais, apenas cumprindo o papel que a sociedade deu a ela. Fumar maconha ainda é crime no Brasil, por mais que eu ou você sejamos a favor da legalização, ainda não é. E só a força do pensamento não muda leis.
 
Pois bem, a presença da PM na Cidade Universitária se fez necessária pois havia uma escalada de violência lá com roubos, estupros e até homicídio. Para quem não sabe a Cidade Universitária é um gigantesco complexo de prédios dispostos em um terreno de mais de 8 milhões de metros quadrados. E em uma area tão grande é complicado manter a segurança por óbvio. Lá tem ruas, jardins e o que popularmente chamamos de quebradas, lugares afastados, com pouca iluminação onde o risco de algo ruim acontecer é real.
 
A PM não está patrulhando as ruas da Cidade Universitária para fazer gracinha. Estão lá por uma necessidade. Mas essa meia dúzia é obtusa demais. Tanto os estudantes, que são jovens e por isso ainda prepotentes, quanto um bando de gente que fica de fora aplaudindo, vendo tudo por suas TVs de 64″ em 3D.
 
E devido a apreensão dessas pessoas começou todo a história de invadir prédio do DA e depois reitoria para pressionar para que a PM fique PM fora da USP, pela não interferência da PM na USP, etc. Ai eu pergunto, qual a interferência que a PM teria na autonomia universitária? Eles estariam assistindo aulas e quando algum assunto “subversivo” entrasse em pauta eles apreenderiam o meliante? Estariam pressionando os estudantes para votarem em uma ou outra resolução? Opa, esse papel é dos políticos profissionais do DA.
 
O que os estudantes querem? Que o papel de prover a segurança publica seja desempenhado por uma milícia? Talvez estudantes com camisetas escrito “segurança” possam efetuar esse papel.
 
Está mais que na hora de desmistificar a Cidade Universitária. Ela é um aparelho público, do estado, não uma cidade estado independente com seus reis, rainhas e bispos. É preciso separar a prática do livre pensamento da idéia que livre pensamento é fazer o que bem entende sem consequências. Até porque são importantes no processo de aprendizagem e desenvolvimento de idéias.
 
Que tal em vez de hostilizar a PM não criar uma delegacia lá dentro com um “micro batalhão” para policiais civis e militares, gente que estará lá sempre, se tornando parte da vida da Cidade Universitária? Como fazem as bases comunitárias, que se não são um sucesso absoluto estão longe, mas muito longe de serem um completo fracasso. É preciso devolver a Cidade Universitária ao Estado. Vocês lembram antigamente quando os portões ficavam abertos a todos e a gente podia ir lá no domingo andar de bicicleta ou sentar debaixo de uma arvore? Eu lembro e lembro que era um dos locais mais agradáveis de São Paulo.
 
Mas para ser justo isso, de reabrir a Cidade Universitária para a população, é uma das reivindicações iniciais dos estudantes.
 
Por isso caros, PAREM de envergonhar o movimento estudantil e o retomem, o coloquem novamente no caminho correto. Mostrem que a UNE é mais que uma lojinha que vende carteirinha para meia entrada. Parem de lutar por micharias mesquinhas como seu “direito” de fumar um baseadinho no morrinho. Lutem por algo justo como 10% do PIB para educação, lutem por educação realmente universal do ensino básico a universidade, lutem por mais horas de aula. Enfim, lutem.
 
Juntem todos os DAs de todas as universidades de São Paulo (sem esse preconceito cretino de achar que por você fazer USP te faz melhor que o cara que faz UniNove) e parem a cidade por um motivo que valha a pena. Que faça até o mais reacinha bater palmas para vocês. (...)

Fonte: Hunf!!!

OPINIÃO

Outro feudo, outro escândalo

 O Estado de S. Paulo

Se o ministro Gilberto Carvalho, titular da Secretaria-Geral da Presidência, se diz cansado das crises provocadas por denúncias de corrupção no governo, que dirá a sociedade que afinal é quem paga a conta dos malfeitos, como costuma dizer a presidente Dilma Rousseff? O desabafo do ministro se seguiu a outra revelação do gênero - a da existência de um esquema de extorsão de organizações não governamentais (ONGs) conveniadas com o Ministério do Trabalho, apropriado pelo chefão do PDT, Carlos Lupi. Segundo a revista Veja, dirigentes de uma ONG do Rio Grande do Norte, o Instituto Êpa, e de outra, denominada Oxigênio, sediada no Rio de Janeiro informaram que as entidades, contratadas para ministrar cursos de capacitação profissional, foram alvo do clássico golpe da criação de dificuldades para a venda de facilidades.

A certa altura da execução dos convênios, as ONGs eram avisadas de que, por supostas irregularidades que teriam cometido, não receberiam novos repasses - a menos que molhassem as mãos de seus interlocutores da cúpula do Trabalho com 5% e 15% do valor dos contratos. Os achacadores seriam um então assessor de Lupi, o deputado federal maranhense Weverton Rocha, e o coordenador-geral de Qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos. A dupla respondia ao chefe de gabinete do ministro, Marcelo Panella, não por acaso tesoureiro do PDT, para onde se destinaria, no todo ou em parte, o cala-boca extraído dos ongueiros. Não se sabe com que grau de detalhamento, mas o fato é que o Planalto tinha ciência dos podres do feudo de Lupi, outro dos ministros que a presidente foi obrigada a herdar de seu patrono Lula.

Tanto assim que, em agosto último, Dilma mandou demitir Panella. No sábado, Lupi teve de afastar Santos pelo tempo que durar a sindicância por ele anunciada, enquanto recitava a mesma lengalenga a que recorreram os cinco colegas que acabariam varridos do Gabinete: não compactua com desvios de recursos públicos, mas as denúncias devem respeitar o princípio do amplo direito de defesa. Ao blá-blá-blá de sempre, o bravateiro Lupi acrescentou uma provocação: "Tem muita gente graúda incomodada com a minha presença no Ministério, mas vão ter que me engolir". Ele sabe que já estava marcado para cair na reforma ministerial prevista para o começo do ano. O seu medo maior é o desmonte da usina de beneficiamento do PDT a que o Trabalho foi reduzido, na operação lulista de cooptação da Força Sindical liderada por outro notório personagem, o deputado Paulo Pereira da Silva.

A julgar pelo retrospecto recente, no entanto, ele não precisa se preocupar. Quando se tornou insustentável a permanência do ministro Orlando Silva, do PC do B, no Esporte, a única dúvida no Planalto era sobre o nome do camarada que iria lhe suceder. O partido impôs o deputado Aldo Rebelo. O antecessor, como se sabe, foi levado a se imolar por causa das maracutaias nos convênios da pasta com ONGs, algumas delas criadas para repartir com o PC do B o dinheiro recebido. Por bem ou por mal, como se vê agora no escândalo envolvendo o PDT, a cobrança de pedágio das entidades do Terceiro Setor interessadas em contratos com a administração federal é uma forma rotineira de irrigar finanças partidárias. Mas o problema não se resolve com a "tradicional" retirada do sofá da sala.

Restringir os convênios apenas a entes públicos, como pretende Rebelo, é um retrocesso na gestão dos programas de promoção social em qualquer nível de governo. É ainda abrir mão do dever - e do poder - de fiscalizar adequadamente o uso dos recursos arrecadados da sociedade. Trata-se de separar o joio do trigo e instituir normas de habilitação das ONGs que impeçam políticos corruptos de fechar negócio com aquelas que, com avidez ou a contragosto, farão a sua parte no cambalacho. Essa seria a intenção da presidente, depois do pente-fino que mandou passar em todos os convênios do Executivo. A higienização, de toda maneira, é um ponto de partida, não de chegada. Esse é o desmanche da engrenagem que enlaça apoio parlamentar ao Planalto e arrendamento aos partidos, chaves na mão, de setores inteiros do governo. Mas isso não está no horizonte.
 
Fonte: Estadão

domingo, 6 de novembro de 2011



OPINIÃO

A degradação da UNE

O Estado de S. Paulo

Quase um ano depois de ter recebido R$ 30 milhões do governo Lula para construir sua sede na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, a União Nacional dos Estudantes (UNE) até agora não conseguiu ir além da pedra fundamental, que foi lançada pelo presidente Lula da Silva em dezembro do ano passado. A concessão desse valor foi justificada por Lula como pagamento de indenização devida pelo Estado brasileiro pelos danos patrimoniais à entidade durante o regime militar.


Como a UNE não é uma entidade pública, o governo não podia transferir dinheiro dos contribuintes para custear as obras. A indenização por danos patrimoniais foi o expediente encontrado pelo governo Lula para contornar essa proibição legal. Primeiro, o governo reconheceu a responsabilidade da União na destruição do prédio da entidade, que foi incendiado em 1.º de abril de 1964. Em seguida, Lula autorizou a União a promover uma "reparação" no montante equivalente a seis vezes o valor de mercado do terreno.

É muito dinheiro, mas nada garante que os dirigentes da UNE terão a competência necessária para a obra sem precisar pedir mais dinheiro público, em troca de apoio político aos governantes de plantão.

Ao contrário do que ocorreu no passado, quando lutou efetivamente, tanto contra a ditadura Vargas quanto contra a dos militares, a UNE é hoje uma força auxiliar do governo e um reduto do PC do B. Desde a ascensão de Lula ao poder, em 2003, a UNE age como um órgão chapa-branca, apoiando todas as iniciativas administrativas e políticas do Palácio do Planalto.

Pelos serviços prestados, ficou com o direito de indicar antigos dirigentes da entidade para o Ministério do Esporte - vários deles envolvidos no escândalo de repasses irregulares de recursos públicos a ONGs fantasmas - e ganhou polpudas verbas tanto da administração direta como da indireta, sob a justificativa de divulgar programas dos Ministérios da Educação, da Saúde, da Cultura e da Igualdade Racial, promover "caravanas da cidadania" em universidades federais, realizar jogos estudantis e organizar ciclos de debates.

Só do Ministério do Esporte, a UNE ganhou um total de R$ 450 mil, entre 2004 e 2009, para promover eventos de "esporte educacional" e capacitação de gestores de esporte e lazer. Ao que parece, como os dirigentes da UNE transformam-se, em geral, em estudantes profissionais que não costumam frequentar salas de aulas, o lazer se converteu em sua principal "especialização".

Desde 1995, quando começou a obter verbas governamentais, a UNE já recebeu mais de R$ 44 milhões dos cofres públicos. Do montante acumulado nesses 17 anos, 97,4% foram desembolsados durante os oito anos de governo do presidente Lula. Os 2,6% restantes foram repassados pelo governo do presidente Fernando Henrique. Os números foram coletados pelo site Contas Abertas, com base no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).

A exemplo do que está ocorrendo com a maioria das ONGs financiadas pelo Ministério do Esporte, a maneira como a UNE gasta o dinheiro dos contribuintes também é, no mínimo, perdulária. Depois de identificar recibos frios e gastos com restaurantes de luxo e bebida importada nas contas da entidade, o Ministério Público Federal pediu as cópias das prestações de contas da entidade aos Ministérios e empresas públicas e sociedades de economia mista com que mantém convênios. E, no dia 6 de agosto, a Procuradoria-Geral do Ministério da Fazenda lançou a UNE como inadimplente no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).

Procurados para esclarecer o atraso da construção de sua sede com dinheiro público, os motivos das suspeitas do Ministério Público Federal e o que levou à inadimplência no Ministério da Fazenda, os dirigentes da entidade limitaram-se a afirmar que as obras da nova sede começarão em 2012 e que as verbas recebidas do governo têm sido gastas em "congressos e bienais da cultura". Isso mostra a que nível de degradação política chegou a UNE.

Fonte: Estadão

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Com a UNE filiada ao governo, eles bebem e você paga

O TCU investiga repasses de dinheiro do governo à UNE. Já descobriu que parte dos recursos foi usada em festas e na compra de uísque, vodca, cerveja...

Fundada em 1937, a União Nacional dos Estudantes (UNE) foi protagonista de inúmeros episódios de luta por ideais republicanos. Na década de 40, combateu a influência do fascismo europeu no Brasil. Durante os anos mais trevosos do regime militar, seus principais líderes empunharam armas para reivindicar democracia. Essa gloriosa história pertence ao passado. A moçada agora quer sombra, uísque, gelo e água fresca grátis em troca de servidão automática ao governo. Contestação é coisa de otário. Os líderes da principal entidade estudantil brasileira dissipam sua náusea burguesa com garrafas de vodca, uísque, gelo e caixas de cerveja pagos com nosso dinheiro. Compram tênis e bolsas Puma, Nike ou Adidas, símbolos do “imperialismo”, e mandam a conta para os proletários brasileiros que trabalham e pagam impostos.

A atuação pelega da UNE de hoje envergonha seus heróis do passado. Dominada por parasitas do PCdoB desde os primórdios, a entidade perdeu a força, a voz — e o pudor. Desde 2003, recebeu 42 milhões de reais de dinheiro tomado pelo governo dos proletários brasileiros e entregue aos pequeno-burgueses que fingem estudar. O Tribunal de Contas da União (TCU) resolveu esmiuçar a aplicação desses recursos e deparou com gravíssimos indícios de irregularidades.

Despesas injustificáveis, descritas em notas fiscais suspeitas, amontoam-se nas prestações de contas investigadas.

Somente em um convescote da UNE de 2008, apelidado de Caravana Estudantil da Saúde, o TCU suspeita que mais de 500.000 reais tenham sido roubados. Essa foi a quantidade de dinheiro que sobrou depois que todas as despesas previstas foram pagas. A UNE devolveu os recursos? Não. Como todo militante adulto da corrupção, a entidade dos jovens mandou avisar que gastou o dinheiro do povo com “assessorias”. “Não tenho conhecimento de irregularidades", diz Daniel Iliescu, presidente da UNE que assumiu há quatro meses. "Se houver e formos notificados pelo TCU, vamos corrigi-las”. Notas fiscais analisadas pelo tribunal mostram que a “revolução pela garrafa” é a nova palavra de ordem da UNE. Sob a fachada de promover Atividades de Cultura e Arte da UNE, em 2007, os pequeno-burgueses da UNE beberam caixas e caixas de cerveja, garrafas de uísque escocês e de vodca. Diz o procurador do TCU Marinus Marsico: “É evidente o descaso da UNE com o patrimônio público. Fico estarrecido de ver tanto dinheiro do povo usado sem obediência aos princípios da moralidade”. Continuem assim, jovens revolucionários da garrafa, um ministério os espera.

Fonte: Veja

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CAMPANHA

Lula, vai se tratar no SUS

Este blog não costuma desejar a morte dos outros, ainda que inimigos na esfera política. Por isso mesmo, gostaria de engrossar a campanha que circula pelas redes sociais: Lula, vai se tratar no SUS! Afinal de contas, o ex-presidente merece um tratamento decente. E foi ele mesmo quem disse que a saúde pública no país está quase perfeita. Foi ele também que recomendou ao presidente Obama replicar o SUS nos Estados Unidos, por sua qualidade. Lula é um "homem do povo", um metalúrgico que sempre enalteceu esta proximidade com os trabalhadores pobres. Não seria adequado agora ele gastar uma nota preta (ou melhor, uma nota afrodescendente) no hospital mais caro de São Paulo, onde apenas os ricos têm acesso. Eis a grande oportunidade para Lula demonstrar coerência e buscar os cuidados da rede pública hospitalar. Boa sorte, presidente (quer dizer, ex-presidente). Estamos com você nessa, orando por sua recuperação rápida, para que você possa logo retornar às suas atividades políticas que tanto têm feito pelo povo brasileiro (vide a qualidade do SUS como exemplo).



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

DEMÉTRIO MAGNOLI

Orlando na Estação Finlândia


A Igreja da Libertação anunciou uma opção preferencial pelos pobres. O PCdoB definiu uma opção preferencial pelo esporte. Brasil afora, nas esferas federal, estadual e municipal, o partido almeja o controle do Ministério e das Secretarias do Esporte. Não é o Homem Novo, mente sã em corpo são, que os comunistas fiéis à herança stalino-maoísta pretendem fabricar. A preferência obsessiva obedece a uma estratégia centralizada de financiamento do aparato partidário com dinheiro público. O jogo funciona assim: os gestores públicos do partido repassam recursos a ONGs de fachada, administradas por militantes subordinados ao partido, que pagam pedágio ao partido. Orlando Silva não é uma ilha isolada, mas apenas o ponto focal de um arquipélago assentado sobre uma vasta plataforma submarina. 

O Ministério do Esporte funciona como duto de desvios ilegais de dinheiro público para recipientes particulares. As eventuais responsabilidades criminais do ministro só podem ser estabelecidas no curso de um processo, mas suas responsabilidades políticas estão à vista de todos. Por menos caíram os ministros Antônio Palocci (PT), Wagner Rossi (PMDB), Pedro Novais (PMDB) e Alfredo Nascimento (PR). Qual é o motivo da longa sobrevida de Orlando Silva? 

O governo cedeu à máfia chamada Fifa no principal, que é a legislação de licitações, mas simula uma resistência em temas periféricos, como a meia-entrada e as proibições estaduais à venda de cerveja nos estádios. O PCdoB e a camarilha de porta-vozes informais financiados pelo lulismo na internet exibem Orlando Silva como um paladino da luta contra Joseph Blatter e seus asseclas nativos. A patética encenação só ilude os tolos: se Dilma Rousseff quisesse proteger a soberania nacional das forças de ocupação da Fifa, bastaria declarar que as leis do País não estão em negociação. 

Agnelo Queiroz comandou o Ministério do Esporte, tendo seu correligionário Orlando Silva como secretário executivo, antes de trocar (ao menos formalmente) o PCdoB pelo PT e se eleger governador do Distrito Federal. Toda a meada do esquema de desvios de recursos, cujas raízes se encontram na gestão de Queiroz, poderia ser desenrolada a partir da demissão do atual ministro. Nos bastidores circulam ameaças de exposição do governador na trama de seu antigo partido. A extensão das repercussões do escândalo é uma causa circunstancial, secundária, da resiliência de Orlando Silva. 

O PT inscreveu-se na paisagem política brasileira como desaguadouro recente da tradição da esquerda. A marca de origem, sua fonte insubstituível de legitimidade, reflete-se na aliança histórica com o PCdoB, o único remanescente significativo da árvore do “socialismo real” no País.

Hoje o PT faz coligações com qualquer partido conservador disposto a intercambiar seu apoio ao projeto de poder petista por cargos no aparato estatal. Contudo, justamente por compartilhar os palácios com Sarney, Barbalho, Calheiros, Collor et caterva, o PT precisa conservar a narrativa mitológica que desempenha funções identitárias cruciais. Os congressos petistas devem mencionar o “socialismo” com ênfase tanto maior quanto mais próximo do grande empresariado estiver o governo. A aliança com o PCdoB deve ser preservada mesmo à custa da imagem de “faxineira da corrupção” construída pela presidente em desgastantes atritos com o PMDB e o PR. As motivações simbólicas são a liga do sólido alicerce que sustenta Orlando Silva. 

Uma conferência estadual do PCdoB no Rio de Janeiro, sexta-feira passada, serviu como palco para a articulação partidária em torno da defesa do ministro. No evento, em meio a cartazes de protesto contra a “mídia golpista”, o presidente do partido, Renato Rabelo, comunicou que recebera um telefonema no qual Lula transmitiu o grito de guerra: “Vocês têm que resistir, o ministro tem que resistir”. O ex-presidente expressou solidariedade prévia a todos os ministros afastados do governo Dilma sob suspeitas de corrupção, mas em nenhum dos casos anteriores operou como agitador público. No affaire Orlando Silva, ele não age em proveito de uma personalidade ou um partido, mas no interesse de um princípio político. 
A corrupção estatal tem a finalidade invariável de produzir fidelidades políticas, soldando um bloco de poder. No Brasil, a corrupção tradicional realiza-se na moldura arcaica do patrimonialismo, transferindo dinheiro dos cidadãos para o patrimônio de particulares. O lulopetismo aprendeu a conviver harmoniosamente com esse padrão de corrupção, mas tende a desprezá-lo. Poucas vozes se ergueram em defesa de Palocci, suspeito de traficar influência para multiplicar seus bens privados. Em compensação, o poder lulopetista estimula uma nova modalidade de corrupção: a transferência de recursos públicos para partidos e entidades que prometem conduzir o povo ao porto do futuro. Segundo a tese implícita, a administração do Estado deve se subordinar ao primado da política, traduzida como um movimento rumo à realização de uma verdade histórica superior. Obviamente, as engrenagens da corrupção de novo tipo também enriquecem operadores tradicionais, mas tal fenômeno é interpretado como um dano colateral indesejável, ainda que inevitável. 

De volta do exílio, em abril de 1917, Lenin desembarcou do vagão de um trem na Estação Finlândia, em Petrogrado, para anunciar a chegada da revolução proletária. Há tempo o PCdoB renunciou de fato ao socialismo.

Entretanto, fatos não importam nos domínios da mitologia política. Numa mensagem à conferência do PCdoB, Orlando Silva mencionou a guerrilha do Araguaia e citou uma carta do poeta stalinista Pablo Neruda ao PC chileno: “Neste momento, me sinto indestrutível, porque contigo, meu partido, não termino em mim mesmo”. O ministro faz parte dos homens da Estação Finlândia. Por isso o lulopetismo tentou declará-lo “indestrutível” e sua demissão decorreu da intervenção do STF.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011



SAIU NA CAPA DA VEJA

O custo da corrupção no Brasil: R$ 82 bilhões por ano!!!

A VEJA desta semana traz uma reportagem de Otávio Cabral e Laura Diniz sobre o custo da corrupção no Brasil: R$ 82 bilhões por ano — ou 2,3% do PIB. É uma soma estratosférica, e isso nos coloca, certamente, entre os países mais corruptos do mundo. Ou melhor: isso coloca o poder público do Brasil entre os mais corruptos do mundo. Leiam um trecho:

(…)

Nos últimos dez anos, segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foram desviados dos cofres brasileiros R$ 720 bilhões. No mesmo período, a Controladoria-Geral da União fez auditorias em 15.000 contratos da União com estados, municípios e ONGs, tendo encontrado irregularidades em 80% deles. Nesses contratos, a CGU flagrou desvios de R$ 7 bilhões - ou seja, a cada R$ 100 roubados, apenas R$ l é descoberto. Desses R$ 7 bilhões, o governo conseguiu recuperar pouco mais de R$ 500 milhões, o que equivale a 7 centavos revistos para cada R$ 100 reais roubados. Uma pedra de gelo na ponta de um iceberg. Com o dinheiro que escoa a cada ano para a corrupção, que corresponde a 2,3% de todas as riquezas produzidas no país, seria possível erradicar a miséria, elevar a renda per capita em R$ 443 reais e reduzir a taxa de juros.

(…)

As principais causas da corrupção são velhas conhecidas: instituições frágeis, hipertrofia do estado, burocracia e impunidade. O governo federal emprega 90.000 pessoas em cargos de confiança. Nos Estados Unidos, há 9.051. Na Grã-Bretanha, cerca de 300. “Isso faz com que os servidores trabalhem para partidos, e não para o povo, prejudicando severamente a eficiência do estado”, diz Cláudio Weber Abramo, diretor da Transparência Brasil. Há no Brasil 120 milhões de pessoas vivendo exclusivamente de vencimentos recebidos da União, estados ou municípios. A legislação tributária mais injusta e confusa do mundo é o fertilizante que faz brotar uma rede de corruptos em órgãos como a Receita Federal e o INSS. A impunidade reina nos crimes contra a administração pública. Uma análise de processos por corrupção feita pela CGU mostrou que a probabilidade de um funcionário corrupto ser condenado é de menos de 5%. A possibilidade de cumprir pena de prisão é quase zero. A máquina burocrática cresce mais do que o PIB, asfixiando a livre-iniciativa. A corrupção se disfarça de desperdício e se reproduz nos labirintos da burocracia e nas insondáveis trilhas da selva tributária brasileira.

Fonte: Tio Rei

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Margareth Thatcher não estava errada

Para análise e reflexão

Sabe quantos países com governo socialista restam agora em toda a União Européia?

Apenas três:

1. Grécia

2. Portugal

3. Espanha.

Os 3 estão endividados até o pescoço.

Porquê será, hein?

A esquerda não diz que o socialismo é a solução p/ o mundo?

Como bem disse Margaret Thatcher quando 1ª Ministra da Grã-Bretanha:

"o socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros"

A frase abaixo foi dita no ano de 1931, por Adrian Rogers

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade.

Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.

O governo não pode dar para alguém aquilo que tira de outro alguém.

Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.”

Adrian Rogers, 1931

sexta-feira, 14 de outubro de 2011



Ética já!

Como diria Martin Luther King: "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons."

Hoje, o que ocorre é que o cidadão de bem já não aguenta mais tanta corrupção e impunidade. O fato é que pagamos uma das cargas tributárias mais altas do mundo, e a contra partida é pífia. A infraestrutura no país é precária. A saúde pública agoniza, bem como a segurança e a educação. Em paralelo, as manchetes diárias de escândalos de corrupção demonstram que a classe política já não se envergonha mais com tamanha putrefação dos valores éticos e morais. Eles, corruptos, sequer sentem algum remorso. Há sempre um bando de parasitas bajulando corruptos e corruptores. Vivemos uma crise profunda de valores. 

A impressão é que antigamente, a corrupção causava certo espanto. O Collor caiu por um Fiat Elba. Hoje, o mensalão, maior esquema de corrupção nunca antes existente na história deste país, tende a cair na impunidade. Os esquemas de corrupção saltam aos olhos diariamente, centenas, milhares. E se ficamos sabendo da existência deles, não é porque o governo utiliza da transparência na gestão pública, mas sim, porque os dissidentes dos esquemas denunciam a existência dos mesmos. O sujeito acha que está mamando pouco e denuncia. Teve até uma manchete em que uma promotora corrupta entrou na justiça para reaver o montante subtraído. Pode? 

Político usa jatinho de empreiteira e acha o fato normal. E quando a Polícia Federal coloca algema em um corrupto ela é linchada por sensacionalizar o fato. Palhaço é pouco para descrever o cidadão honesto neste país. 

Outro fator absurdo é o injusto pacto federativo, que destina 70% dos impostos pagos nos estados para a esfera federal, privilegiando Brasília com o surreal título de maior renda per capita do país. Mesmo sem a capital federal abrigar setores produtivos da indústria, dos serviços, da agropecuária, tecnologia, trurismo, etc. É o mercado de luxo mais evidente e pujante do país. Ora, Tiradentes deve estar se remoendo no túmulo. Lutou contra a Coroa Portuguesa contra o quinto dos infernos. Hoje, pagamos dois quintos do infernos em extorsivos impostos. Porém, a metrópole já não é mais Portugal, e sim a esfera federal e seus podres poderes que concentram renda e distribuem ineficiência, nepotismo e corrupção. 

O que foi descrito até então é o quadro no Brasil. Porém, felizmente vivemos uma revolução mundial. É a vitória da liberdade. A internet é uma nova forma de comunicação que democratizou os processos. Se antes os veículos de massa atingiam milhares em via de mão única, agora eles coexistem com uma gigantesca rede que permite que qualquer indivíduo coloque suas opiniões, suas ideias, seus valores de forma livre na internet. Foi no Facebook que a Primavera Árabe nasceu. Os protestos em Wall Street também nasceram na internet. E os brasileiros também se mobilizam. Os cidadãos honestos de Brasília, que já não suportam mais ostentar o título de "morador da cidade da corrupção" invadem as ruas para mostrar ao resto do país que nem todo brasiliense é conivente com a roubalheira que paira sobre o Planalto Central. 

E se aqueles que deveriam representar seus eleitores insistem no voto secreto, na manutenção de uma carga tributária sufocante, na impunidade, a sociedade agora tem a internet para se organizar. E a reforma política proposta pelos políticos é uma piada. É como colocar cachorro tomando conta das salsichas. Se hoje somos poucos nas ruas, amanhã seremos muitos. A revolução, pacífica e ordeira está apenas começando. Os parasitas que se cuidem. Quem quiser lidar com dinheiro público deverá ser transparente e responsável. A internet é um caminho sem volta. O projeto Ficha Limpa, iniciativa popular não passou, ainda, pela barreira dos que detêm o monopólio do Estado. Entretanto, fichas sujas que se cuidem. Seu lugar não é gerindo dinheiro público, mas vendo o sol nascer quadrado. A sociedade acordou. Os protestos estão apenas começando. E se acham que vão nos calar com pão e circo (Copa e Olimpíadas), tirem o cavalinho da chuva. Ou matamos esse câncer chamado corrupção, ou esse câncer mata o Brasil. 

Ética já!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

AUGUSTO NUNES

O porão dos fracassos insepultos

Sempre lançados com pompas, fitas e discurseira, sempre atribuídos ao brilho incomparável do inventor do Brasil Maravilha, programas e projetos federais nunca morrem oficialmente. Nunca ─ nem mesmo quando viram cadáveres em adiantado estado de decomposição. É o caso do Fome Zero, do Primeiro Emprego, do PAC da Copa, do PAC da Olimpíada, do Segundo Tempo ou do terceiro aeroporto de São Paulo. Morreram de inépcia, de corrupção, de inoperância, de politicagem, ou da soma dessas moléstias tropicais. Mas permanecem no porão dos fracassos insepultos, para que os brasileiros que pagam todas as contas não enxerguem os naufrágios que financiaram.

Na edição desta terça-feira, uma reportagem do Globo comprovou que a coleção de mortos-vivos foi ampliada pelo ProJovem. Nascido em 2007, o programa foi apresentado pelo presidente Lula ─ escoltado pelos ministros Fernando Haddad, Carlos Lupi e, claro, Dilma Rousseff ─ como a salvação dos moços à procura de escola e emprego. Passados quatro anos, o Tribunal de Contas da União fez um balanço do desastre retumbante. Ainda incompleto, é desoladoramente repulsivo. Variadas formas de ladroagem engoliram a maior parte da verba de R$ 3 bilhões. O número de jovens atendidos é insuficiente para eleger um deputado em Roraima. Em vez de providenciar-lhe um enterro cristão, o governo promete ressuscitar o morto em 2012. Com injeções de dinheiro, naturalmente.

Os corruptos não perdem o apetite, confirma o texto reproduzido na seção Feira Livre. Os brasileiros honestos é que precisam perder a paciência com a impunidade dos ladrões.

Fonte: Veja