segunda-feira, 23 de novembro de 2009


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Mahmoud Ahmadinejad
Mais um míope que odeia o capitalismo, a democracia e a liberdade
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É incrível a habilidade da diplomacia brasileira em apoiar ditadores, tais como o sudanês Omar al-Bashir, que tem uma ordem de captura internacional por crimes contra a Humanidade, o ditador líbio Muamar Kadafi e agora, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad em visita ao Brasil, reeleito num pleito sob suspeita de fraude. O absurdo argumento usado por Ahmadinejad de que o Irã é uma cultura milenar não pode ser aceito para justificar a opressão, a pesada censura na sociedade iraniana, negar o holocausto, a existência do Estado de Israel, dentre outros conceitos absurdos que não seriam aceitos nem na era medieval.
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O presidente norte-americano Barack Obama, em recente visita à China, ao menos teve a coragem de criticar a falta de liberdade naquela nação. Parece que por aqui, qualquer um que condene o capitalismo ganha o apoio imediato do governo brasileiro.
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Além das estreitas relações com o regime dos irmãos Castros, com o ditador antiamericanista Hugo Chávez, com os bolivarianos Evo Morales, Rafael Corrêa e Cristina Kirshner e a eminente concessão de anistia ao assassino italiano Cesare Battisti, só falta ao Brasil para completar a trupe dos notáveis inimigos da liberdade, demonstrar apoio e concordância de idéias ao perturbado ditador da Coréia do Norte, Kim Jong-il.
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Enquanto as mazelas dos países em desenvolvimento são justificadas pela paranóica exploração dos países desenvolvidos, vamos nós, ao invés de aprender com a democracia, meritocracia e livre mercado que fizeram prosperar Espanha, Cingapura, Irlanda, Nova Zelândia, Chile, dentre tantos outros bons exemplos... Vamos nós apoiar e levantar bandeiras antiamericanistas, xenófobas e carregadas de rancor, nefasto coletivismo e repúdio às liberdades individuais.
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Ao analisar a equivocada postura das relações internacionais do governo brasileiro, em paralelo à obra "O Caminho da Servidão", de Hayek escrita em 1944 parece que a mesma foi escrita para os dias de hoje. Os erros do passado que fizeram necessária a construção do muro de Berlim, são os mesmos erros que estão sendo cometidos hoje, em pleno ano de 2009.
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O que nos resta é o compromisso com a difusão dos valores democráticos, de liberdade e respeito máximo a menor minoria de todas: o indivíduo. Por isso, como pode Ahmadinejad condenar o capitalismo se o próprio não respeita nem seu próprio povo? Essa pergunta nunca será respondida, pois provavelmente seria censurada.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009


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PUBLICADO NO GLOBO
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'Bolsa Celular': alô, alguém acredita nisso?'
Artigo do leitor Silvio Teles
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Venhamos e convenhamos, o populismo do presidente Lula está indo longe demais. Demasiadamente criticado pelo "Bolsa Família" que, se por um lado tem mudado a face da economia do Nordeste - dando-lhe, maior dinamicidade em virtude do fator consumo -, por outro tem aprisionado o povo ao comodismo de uma renda atrelada a uma condição não produtiva nem educacional - o que perpetua a miserabilidade e a dependência -, Lula e sua equipe pensam agora na concessão, para as 11 milhões famílias do Bolsa Família, de um novo benefício: o Bolsa Celular.
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Essa novidade - que mais parece uma piada - está sendo planejada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa. Ele afirmou já ter entrado em contato com algumas empresas de telefonia móvel. A idéia é conceder às famílias das classes D e E um telefone celular com R$ 7 (sete reais) mensais de crédito, tudo de graça. As empresas fariam isso e, em troca, não seriam taxadas pelo Fundo de Fiscalização das Telecomunicações, imposto devido sempre que uma empresa incorpora um celular à sua rede. Ou seja, o governo abriria mão de uma receita que, em dois anos, pode somar R$ 2 bilhões. Logicamente, por fora, devem estar sendo acertados os valores das "doações" para a campanha de 2010.
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Sinceramente, não falta mais nada no Brasil. Como já estamos num patamar excelente de saúde, educação e segurança pública, vale mesmo a pena pensar num projeto social como esse "Bolsa Celular". Já que ninguém morre no Brasil por falta de saneamento básico, pelo desabamento de barracos em morros e encostas, já que não temos mais vitimados por doenças medievais como dengue ou diarreia, não há mais filas nos postos de saúde, ninguém mais morre de fome, nem de sede ou desnutrição, e como não há mais crianças nos semáforos, vá lá, Lula, apoiamos o seu "Bolsa Celular".
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Digo mais, presidente: agora que o senhor não sabe mais o que fazer com o nosso dinheiro, eis algumas sugestões: que tal uma "Bolsa Chapinha" para ajudar no visual? Seria muito legal também uma "Bolsa Massageador" pAra tirar o estresse, não acha? No verão, uma "Bolsa Profiteróles"! E uma "Bolsa Playstation 3" para a garotada! Outra que vai "bombar" é a "Bolsa Academia". Ah! Como pode haver sedentarismo, que tal uma "Bolsa Spa", para impedir a obesidade? Agora, se o senhor quer mesmo eleger a Dilma Rousseff, um conselho: crie a "Bolsa 51"! Uma boa idéia, não é? Com a caninha, o senhor "poca" qualquer urna!
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Sabe, presidente, eu até estou pensando em deixar meus empregos e me incluir na classe E. Parece ser mais vantajoso... Pense comigo: lá não vou precisar trabalhar, nem estudar, nem fazer nada para ganhar, do senhor, quase tudo: casa, comida, roupa, assistência médica e funerária e, agora, até celular! Para que acordar cedo, enfrentar o trânsito caótico, trabalhar penosamente o dia todo, aguentando o chefe mal-humorado e, no fim do dia, ainda quebrar a cabeça na faculdade? É melhor ficar em casa ou no boteco, gastando o que receberei do senhor...
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Por fim, presidente, para um operário, trabalhador e torneiro mecânico (como o senhor faz questão de dizer que foi), bem que vossa excelência gosta de dar moleza ao povo. Mas parece que somente aos desocupados. Porque, para quem trabalha, o transporte público falece e os impostos sufocam. Para quem estuda, as escolas públicas sucumbem. Até a restituição do IR está atrasada. Para quem produz e toca o Brasil para frente, não tem moleza, nem celular de graça. Mas o senhor é inteligente: é mais fácil, mesmo, manter o cabresto e garantir o voto de quem depende exclusivamente da sua bondade. Além do mais, senhor presidente, essa política de premiar o ócio é a sua cara, companheiro! Alô?
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Fonte:
O Globo