quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Changing Education Paradigms

Autoritarismo de tribunal reflete a falta de transparência do futebol brasileiro













Manifestação da torcida do Atlético-MG, que exibiu um mosaico com as cores do Fluminense e a inscrição “CBF” de cabeça para baixo

Por José Antônio Lima
No futebol chinês, os gritos de torcida parecem saídos do jardim da infância. “Nosso time é melhor que o seu” e “China, jogue bem” são algumas das manifestações ouvidas nos estádios da China. Viver num mundo assim talvez seja o sonho dos comandantes do futebol brasileiro. Alguns deles, inclusive, estão agindo para tentar tornar o esporte tão autoritário quanto o governo chinês.
A reta final do Campeonato Brasileiro escancarou uma onda despótica. No dia 29, durante partida entre Náutico e Atlético-GO, no estádio dos Aflitos, no Recife, o árbitro Leandro Vuaden atrasou o início do jogo em 15 minutos por conta de uma faixa erguida pela torcida pernambucana: “Não irão nos derrubar no apito!!!”, diziam os torcedores, indignados com o que, avaliavam, eram erros contra o Náutico. Vuaden só autorizou o pontapé inicial depois de a torcida, orientada pela polícia, retirar a faixa.
No último domingo 21, foi a vez da torcida do Atlético-MG protestar. No estádio Independência, em Belo Horizonte, onde o clube recebeu o líder Fluminense, a torcida fez um mosaico com as cores do time carioca e com a inscrição CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de cabeça para baixo. Era uma insinuação de que o Fluminense estaria sendo beneficiado pela arbitragem e por decisões do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O árbitro não reclamou do mosaico atleticano. Coube ao procurador do STJD, Paulo Schmitt, essa tarefa. “Esta manifestação levantando a hipótese que existe corrupção na CBF, ela tem de ser levada ao Tribunal pelo menos”, disse Schmitt ao canal ESPN Brasil.
Não é preciso ser um constitucionalista para entender que as duas atitudes ferem o direito de se manifestar livremente, garantido a todos os brasileiros. No estádio de futebol, ao que consta, vigora a Constituição, e não um estado de exceção. Para Vuaden e Schmitt talvez seja difícil entender isso, afinal ambos integram um sistema com características semelhantes às do governo chinês (onde a torcida é dócil): autoritarismo, falta de transparência e a recusa de dar explicações ao público.
A reação de Vuaden é fruto da carta branca que os árbitros têm da CBF. Os árbitros são, na maioria das vezes, figuras que podem errar à vontade sem sofrer punição. Isso só ocorre quando prejudicam clubes especiais, os que não podem ser prejudicados. Em grande medida livres de punição, os árbitros se tornam pequenos ditadores. O autoritarismo está expresso até na postura de alguns deles. Há quem mostre o cartão em frente ao rosto do jogador. Outros gesticulam de forma histérica. A face mais clara do autoritarismo são as punições mais severas ao atleta que questiona a autoridade do árbitro do que ao que coloca a integridade física do colega em risco.
O caso de Schmitt é mais grave. Ao levar o protesto da torcida atleticana ao STJD, o procurador está agindo como advogado da CBF e do próprio STJD. Tivesse Schmitt independência, ele estaria investigando as denúncias contra a CBF, ou o estranho caso do auditor do STJD Jonas Lopes Neto, que no início do mês puniu (por uma jogada perigosa) a principal estrela do Atlético-MG, Ronaldinho Gaúcho, ao mesmo tempo em que manifestava hostilidade ao jogador numa rede social.
Schmitt não tem independência porque a Justiça desportiva brasileira funciona como o governo chinês. Ela é montada para não ser isenta ou transparente. Os nove membros do Tribunal Pleno do STJD, instância máxima da entidade, são indicados por CBF (2), federações (2), atletas (2) e árbitros (1) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (2). Os membros do pleno elegem o procurador e indicam os 25 membros das comissões disciplinares. A CBF paga todas as contas do STJD e fica com o dinheiro arrecadado pelas multas impostas pelo tribunal. Como se vê, ao contrário do estado brasileiro, onde Executivo, Judiciário e Ministério Público desfrutam de independência, no futebol a CBF, o STJD e a Procuradoria-Geral são parte de um mesmo todo, como ocorre nos países autoritários. Também como ocorre nas ditaduras, quem diverge do poder estabelecido está à mercê da Justiça. Por isso, não causam estranheza as diversas denúncias de favorecimento de clubes contra a CBF e contra o STJD que se acumulam ano a ano. Elas são, no mínimo, plausíveis.
Esse sistema obscuro se perpetua pois não há interesse em modificá-lo. A CBF, que fatura milhões com a seleção brasileira e nada investe no futebol local, não tem interesse em criar uma Justiça desportiva independente. Nenhum dos presidentes antigos do STJD manifestou a necessidade de reformas serem feitas. O atual presidente do tribunal, Flavio Zveiter, filho de Luiz Zveiter, um ex-presidente conhecido pelos inúmeros processos disciplinares que responde no Conselho Nacional de Justiça, também não parece ter essa intenção. Tudo conspira para que as coisas fiquem como estão. Está claro que a ação contra a torcida do Atlético-MG é apenas uma parte do buraco negro que se tornou o futebol brasileiro.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Em breve...


O livro mais esperado do ano já tem capa! 
Privatize Já, próximo grande lançamento da editora LeYa, 
vai sacudir o Brasil em novembro. 

Quanta falta esse indivíduo nos faz...


Imagem publicada originalmente pelos Libertários, via Ser Libertário

PT vai retomar pressão por censura à imprensa no Brasil

Ante repercussão das condenações de petistas de proa no STF, sigla avisa: passada a eleição, retomará 'debate' sobre controle dos meios de comunicação


Veja (com Agência Estado)













A imprensa ideal do PT: sob o comando do partido
O encerramento das eleições deste ano vai marcar a volta de uma antiga obsessão do PT: o controle dos meios de comunicação. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário de Comunicação do Partido, deputado André Vargas, afirmou que o debate sobre a regulação do setor de comunicação no país - termo utilizado pelos petistas para mascarar uma intenção bastante clara: controlar o que é veiculado pela imprensa brasileira – será retomado após o segundo turno dos pleitos municipais. "É uma agenda do PT e das esquerdas. O debate vai ser retomado", afirmou.
Não é de hoje que o partido se esforça para censurar a imprensa - afinal, os meios de comunicação se transformaram no principal alvo de um partido que enfrenta uma oposição cada vez mais enfraquecida. Em setembro do ano passado, no Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), realizado em Brasília, o partido aprovou proposta que trata daregulamentação da imprensa. Diz o texto: “A crescente partidarização, a parcialidade, a afronta aos fatos como sustentação do noticiário preocupam a todos os que lutam por meios de comunicação que sejam efetivamente democráticos. Por tudo isso, o PT luta por um marco regulatório capaz de democratizar a mídia no país”. Desde então, o partido vinha pressionando o governo a aprovar o projeto de lei sobre o marco regulatório das comunicações - que traz na raiz o embrião autoritário da censura. A pressão perdeu força diante da rejeição da presidente Dilma Rousseff. Mas será retomada assim que encerradas as eleições. 
Os petistas, que insistem no tema do controle social da mídia, consideram que os meios de comunicação exageram no volume de informações publicadas a respeito da condenação da cúpula do partido durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última semana, os ex-presidentes do PT José Dirceu e José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soaresforam condenados por corrupção ativa no julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal.
Ou seja, diante das claras evidências de que os sucessivos achaques ao Supremo Tribunal Federal e os ataques à imprensa livre não foram suficientes para que tivesse êxito a ofensiva lulopetista lançada para desmontar a "farsa do mensalão" - maior escândalo de corrupção da história política do Brasil -, o partido agora endurece a retórica. O presidente do partido, Rui Falcão, chegou até mesmo a tratar as condenações de petistas no STF como um "golpe"contra o PT. Como é de praxe no partido, Falcão culpou a "elite" e a "mídia". Segundo ele, tudo não passou de uma armação dos opositores que exercem controle sobre o Judiciário e sobre a imprensa.
Vale lembrar que foram justamente os petistas, liderados por Lula, que tentaram controlar os rumos do julgamento no Supremo. A estratégia incluiu, até mesmo, uma clara chantagem ao ministro Gilmar Mendes, que denunciou a ação de Lula. A mais alta corte do país, contudo, resistiu às pressões, numa demonstração de que instituições republicanas não se curvam às vontades imperiais de políticos recordistas de popularidade. No partido, há críticas também sobre a transmissão ao vivo das sessões do Supremo Tribunal Federal do julgamento do mensalão. "O Brasil é o único país do mundo que transmite sessão do STF ao vivo", criticou Vargas.

Pele de cordeiro

Por Dora Kramer para O Estado de S.Paulo

Logo após ser condenado, José Dirceu entrou de mansinho em cena na reunião do diretório nacional do PT. Aconselhou os companheiros a deixar de lado, por enquanto, o julgamento do mensalão e concentrar seus afazeres na eleição, notadamente em São Paulo.
Tanta amenidade causou certo estranhamento. Não houve a esperada ordem à reação aguerrida contra as sentenças nem um chamamento a ataques ao "tribunal de exceção", como levavam a crer declarações de simpatizantes e militantes desde que se desenhou a condenação.
Dirceu limitou-se a fazer dois discretos discursos orientando o partido a adiar quaisquer atos de contra-ataque até a conclusão das eleições municipais. "Agora o que interessa é o segundo turno, vamos às ruas, à luta", conclamou.
Nada há de estranho na atitude que, antes, revela destreza e estratégia.
Dirceu percebe que o PT corre o risco de afugentar o eleitorado se hostilizar o Supremo Tribunal Federal nesse momento. Se contestar com virulência, desconfiança e desqualificação uma instituição que vem sendo celebrada como instrumento de redenção à ancestral impunidade e lançar suspeitas sobre ministros tratados nas ruas como heróis, flertará com o perigo de despertar sentimentos fortes de antipetismo adormecido.
Pode levar o eleitor a perceber o PT como aquele anterior à Carta aos Brasileiros que, com suas posições agressivas, radicais e sectárias, perdeu três eleições presidenciais.
Duas medidas. Quando começar o julgamento do processo em que o tucano Eduardo Azeredo figura como beneficiário de esquema de financiamento ilegal de campanha, haverá gritaria e confusão.
O Supremo Tribunal Federal será cobrado por mercadoria que não pode entregar: isonomia total em relação ao julgamento de agora.
Há o traço base de união entre os dois casos: Marcos Valério Fernandes de Souza no papel de operador de arrecadações públicas e privadas em troca de trânsito livre ao tráfico de influência.
Valério fez primeiro para Eduardo Azeredo na tentativa frustrada da reeleição ao governo de Minas, em 1998. Eleição perdida, os ilícitos ficaram restritos à campanha.
Talvez se tivesse vencido Valério usasse as mesmas companhias para implantar em Minas e que viria a executar sete anos depois no plano federal.
Com a derrota, não se materializou esquema de compra de apoio parlamentar ao Executivo nem foram gerados os conflitos que em 2005 levariam Roberto Jefferson a quebrar a lei da Omertà e denunciar a existência da organização ora condenada como criminosa.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Dilma e a vassourada na ética


























Por Guilherme Fiúza para a Época

Enquanto o mensalão continua em cartaz como um filme de época, com exclamações indignadas sobre aqueles tempos terríveis, os herdeiros do esquema vão muito bem, obrigado. A plateia do julgamento ainda está se perguntando: será que Lula sabia? Então o PT comprou mesmo apoio político? Ora, vamos apressar esse filme velho. O final é o seguinte: deu tudo certo, e os mensaleiros da novíssima geração governam o Brasil.

Nem é preciso escutar horas de Joaquim Barbosa, depois horas de Lewandowski dizendo que não foi bem assim, para entender o esquema que tomou de assalto (com duplo sentido) o Estado brasileiro. Vale mais, neste momento, prestar atenção a um ex-ministro do Supremo. O que aconteceu afinal com Sepúlveda Pertence?

É simples: ele acaba de abandonar a Comissão de Ética da Presidência da República, por causa de um novíssimo escândalo. Ou seria mais correto dizer, um novo capítulo do velho escândalo.

A sucessora boazinha de Lula, que não tem nada a ver com os aloprados do padrinho e ainda faz faxina duas vezes por semana, cassou na mão grande dois membros da Comissão de Ética.

Enquanto a plateia se distraía com o faroeste do mensalão, Dilma Rousseff sacou mais rápido e executou a sangue-frio os conselheiros Marília Muricy e Fábio Coutinho. Qual teria sido o pecado da dupla fuzilada?

Um pecado mortal: levantar o tapete e mostrar a sujeira guardada pela faxineira. Marília foi quem propôs a demissão do ministro bufão Carlos Lupi, que Dilma tentava manter a todo custo, com sua grande família de ONGs companheiras. O esquema de Lupi no Ministério do Trabalho, de que Dilma era madrinha, nada mais era do que um dos muitos filhotes gordos do mensalão. O DNA do valerioduto estava lá: fabricação de contratos e convênios fantasmas para sugar dinheiro público para o partido que sustenta o governo. A mesmíssima compra e venda de apoio político que arrepia o país na oratória de Joaquim Barbosa.

Como se sabe, o voto de Marília Muricy foi o empurrão que faltava para a demissão de Carlos Lupi, para Dilma não ter mais como segurá-lo. E, como também se sabe, na ocasião a presidente jurou de morte a Comissão de Ética da Presidência. Só esperou o momento certo para cortar a cabeça da conselheira sem chamar a atenção.

Fábio Coutinho, o outro decapitado, cometeu pecado ainda mais grave: mexeu com o companheiro de fé Fernando Pimentel, amigo e irmão camarada da presidente, atual ministro vegetativo do Desenvolvimento. Fábio não entende nada de ética companheira. Achou que as milionárias consultorias fantasmas de Pimentel à Federação das Indústrias de Minas Gerais não eram corretas. O desavisado conselheiro não sabia que, conforme a tecnologia mensaleira, incorreto é não aproveitar o poder para encher o caixa da revolução.

Às vésperas das eleições municipais, Dilma mandou o pecador para a vala. Preservou, assim, a ficha mais ou menos limpa do guerrilheiro consultor, que é cacique petista nas urnas de Belo Horizonte e precisa estar livre para a missão de todo maquinista companheiro: catar votos e preservar cabides.

A operação cala-boca que revoltou Sepúlveda Pertence e o levou a pedir demissão foi muito bem feita. Dilma deixou por algum tempo os dois conselheiros marcados para morrer na geladeira. Retardou a dupla substituição já decidida, para melar as reuniões da Comissão de 27 de agosto e 3 de setembro – período chato para tratar de ética, com eleição a caminho e mensalão em cartaz. Sepúlveda renunciou à presidência da Comissão, e a plateia não deu a menor bola para ele. Gol dos companheiros. Como disse Lula sobre o mensalão, o que importa agora é a eleição. É o momento de os 4 quadros” petistas que engordaram em cargos de nomeação irem à luta dos cargos eletivos. O professor Márcio Pochmann, especialista em adestramento progressista de dados, interventor da revolução popular no Ipea, concorre a prefeito de Campinas. A grande aposta, até o fechamento desta edição, era o príncipe do Enem Fernando Haddad, que prometia fazer com São Paulo o que fez com os vestibulandos de todo o Brasil.

Como se vê, o esquema vai de vento em popa. Os condenados no STF não precisam se preocupar. Seus herdeiros poderosos haverão de saber recompensá-los.

Petistas corsários e o jogo sujo na internet...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Já se sabia desde o século XIX...

Salvo raríssimas exceções, é tudo igual...

Carta em defesa de Yoani Sánchez


por Rodrigo Constantino

Venho, por meio desta, manifestar meu total repúdio ao regime ditatorial cubano, que acaba de fazer mais uma vítima inocente: Yoani Sánchez. O único “crime” da blogueira foi criticar uma ditadura assassina que está no poder faz meio século. Sua prisão demonstra, uma vez mais, que Cuba ainda vive na era feudal, e que a família Castro trata os 11 milhões de cubanos como escravos particulares.

Não há a liberdade mais básica em Cuba, aquela de manifestar os próprios pensamentos e ideias. Todos devem ser subservientes ao ditador, e aceitar calados as mentiras do regime. Yoani Sánchez simplesmente se negou a ser tratada como gado. Ela é um ser humano e tem o direito de criticar o governo. Direito este usurpado por um grupo de bandidos no poder.

Venho ainda manifestar minha repulsa a muitos “intelectuais” e artistas brasileiros, que defendem publicamente este regime cruel e opressor instalado em Cuba. Saibam que vocês são cúmplices destes crimes! Saibam que vocês colaboram com a manutenção de uma ditadura que asfixia as liberdades elementares dos pobres cubanos!

Alguns desses “intelectuais” assinam manifestos em defesa de José Dirceu, que foi treinado em Cuba e mantém relação próxima com os ditadores da família Castro. Dirceu é réu acusado de “chefe de quadrilha” no Brasil. Será que ele merece defesa, mas Yoani Sánchez merece seu silêncio? “Tudo que é necessário para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam”, disse Burke. O silêncio de vocês sobre as atrocidades cubanas é ensurdecedor!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Castrolândia



































Por Rodrigo Constantino para O GLOBO

Michael Moore, Jack Nicholson, Oliver Stone, Steven Spielberg, Francis Coppola, Robert Redford, Danny Glover e Sean Penn: o que todos eles têm em comum, além da fama e da fortuna? São bajuladores da mais longa, cruel e assassina ditadura do continente.

Cuba ainda desperta fortes emoções em muito inocente útil mundo afora. Por isso devemos celebrar o lançamento, pela Leya, do livro “Fidel: O tirano mais amado do mundo”, de Humberto Fontova.

Exilado em Miami, Fontova é também autor de “O Verdadeiro Che Guevara”. Não deve ser fácil ver os gringos tratando como heróis esses que dizimaram e escravizaram seus familiares, transformando sua nação em um feudo miserável.

A reverência ao meio século de totalitarismo cubano mostra que alardear boas intenções vale mais do que atos concretos. A retórica “altruísta” dos revolucionários serve como salvo-conduto para todo tipo de crime comum. Em nome da utopia socialista, vale tudo. Os “nobres” fins justificam os meios mais nefastos.

Muitos falam dos “avanços sociais” na saúde e na educação. Como se isso, mesmo que fosse verdade (não é), absolvesse todos os crimes hediondos do ditador adulado por Hollywood.

Cuba não era um prostíbulo americano antes de 1959. Era um país com ampla classe média, com o terceiro maior consumo de proteína no hemisfério ocidental, a segunda renda per capita da América Latina (maior que a Áustria e o Japão), e a taxa de mortalidade infantil mais baixa da região.

Sua taxa de alfabetização já era de 80% em 1957, e o mais importante: os cubanos tinham cerca de 60 opções de jornais diários para escolher. Compare-se a isso a realidade hoje, com um único jornal, monopólio estatal, que reproduz somente aquilo que o ditador deseja. Nas salas de aula, os alunos “aprendem” sobre as maravilhas do socialismo, e depois precisam enfrentar a realidade infernal da ilha-presídio. Educação?

Em 1958, Cuba tinha nove cassinos, e apenas 5% do capital investido no país eram americanos. Se muitos turistas buscavam diversão na ilha, vários cubanos também viajavam para Miami. Hoje, milhares de cubanos estão dispostos a nadar no meio de tubarões para tentar a liberdade nos Estados Unidos, tudo para fugir do “paraíso” socialista onde “nenhuma criança dorme na rua”.

Para piorar o quadro, Havana recentemente passou Bangcoc como “capital do sexo infantil no mundo”. Possui ainda as maiores taxas de suicídio e aborto da região, fruto da miséria e do desespero. Isso apesar dos mais de US$ 100 bilhões de subsídios que a antiga União Soviética mandou para Fidel. Chávez assumiu a mesada, mas fica tudo concentrado na “nomenklatura” escolhida pelo Líder Máximo.

Há também uma segregação racial na ilha, com 80% dos presos sendo negros, contra menos de 1% da cúpula do poder. Homossexuais são perseguidos. Os “progressistas” da esquerda caviar não suportariam viver um dia sequer em “A Ilha do Doutor Castro” (outra leitura recomendada). Cuba virou importante rota de tráfico de drogas, com claros sinais de envolvimento do governo, assim como um quintal para terroristas antiamericanos.

Raúl Castro escreveu em 1960: “Meu sonho é jogar três bombas atômicas em Nova York”. Seu irmão chegou a arquitetar planos para efetivamente lançar bombas na cidade, que felizmente fracassaram.

Fidel, retratado como humanitário pelos idiotas, já demonstrava sua paixão pela violência desde jovem. Em seu livro “Cuba sem Fidel”, Brian Latell diz: “Já com 20 anos de idade, Fidel considerava a prática de assassinatos e a provocação de situações caóticas meios justificáveis e aceitáveis para ver materializados seus interesses pessoais”.

Mas eis que o tirano ainda conquista corações ingênuos por aí. Alguns podem alegar que a Guerra Fria acabou, que o socialismo morreu, e que digo o óbvio. Nelson Rodrigues sabia que “somente os profetas enxergam o óbvio”.

O leitor duvida? Então por que ainda temos partidos que pregam o socialismo, enaltecendo o regime cubano, como faz o PSOL de Chico Alencar e Marcelo Freixo? Por que nossa presidente chama Cuba de “país-irmão” na ONU, criticando o embargo americano (parece que ser “explorado” pelos ianques é algo bom, afinal), mas é incapaz de fazer uma crítica ao regime ditatorial dos Castro?

Não se engane. A esquerda carnívora ainda vive, e tem em Fidel um guru. Aguardem o dia de sua morte para ver a patética comoção. Daí a importância do livro de Fontova, um antídoto para essa doença que ainda encontra terreno fértil abaixo da linha do Equador, com a ajuda dos nossos “intelectuais” e dos famosos de Hollywood.

Pode isso Arnaldo?

Irmão de Genoino diz que PT regulará “mídia” à força 

Por Exilado para Implicante / blog



Em entrevista gravada para o site do PT, o deputado federal José Guimarães (PT-CE), irmão do réu do mensalão José Genoino, disse que após as eleições o partido iniciará o processo de “regulamentação das comunicações”, “quer queiram, quer não queiram”. A declaração pode ser vista no vídeo que publicamos acima.
De acordo com o parlamentar, o partido foi vítima de uma “ação orquestrada pela mídia”. A crítica referia-se à reportagem publicada pela revista Veja que associou Lula ao crime do mensalão. Guimarães disse ainda que a situação “foi além do limite”, e que, por causa disso, o PT teria que enfrentar a questão.
Pra quem não se lembra, Guimarães ficou conhecido nacionalmente em 2005, quando seu então assessor foi detido no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, carregando R$ 200 mil em uma mala e US$ 100 mil na cueca.
O deputado também é alvo de uma ação deflagrada pela Polícia federal que investiga desvios de mais de R$ 100 milhões do Banco do Nordeste.
Como vocês podem perceber, “regulamentar a mídia” é, acima de tudo, uma questão de sobrevivência para os ilustres petistas.

Petralhada alopra porque maioria do Supremo contrariou Lula e confirmou que o Mensalão existiu



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net 
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net  
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net 

Luiz Inácio Lula da Silva e sua companheirada sofreram ontem a maior derrota até agora no julgamento do Mensalão. Seguindo a tese do relator Joaquim Barbosa, a maioria dos ministros ratificou que existiu compra de apoio político, derrubando a insustentável tese defensiva de que o “mensalão não existia” e que tudo não passava de um “crime de caixa 2 já prescrito”. Conclusão: a petralhada aloprou geral no trigésimo dia do julgamento da Ação Penal 470, porque o STF sacramentou a existência do Mensalão.

O ponto alto da sessão de ontem foi o voto do decano do Supremo. O ministro Celso de Mello falou exatamente aquilo que cada brasileiro honesto gostaria que fosse verdade: “Se impõe a todos os cidadãos dessa República um dever muito claro: o de que o Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe e nem admite o poder que se deixa corromper”. Melhor seria se tal retórica correspondesse à realidade, no Brasil em que tudo parece dominado pelo Governo do Crime Organizado...

Celso de Mello foi além no discurso que confirmou a prática do uso da máquina pública para fins delitivos: “Este processo criminal, senhor presidente, revela a face sombria daqueles que, no controle do aparelho de Estado, transformaram a cultura da transgressão em prática ordinária e desonesta de poder, como se o exercício das instituições da República pudesse ser degradado a uma função de mera satisfação instrumental de interesses governamentais ou desígnios pessoais”.

Momento super aguardado

A grande expectativa é para a sessão de hoje. Se der tempo, o relator Joaquim Barbosa, começa a apresentar ainda hoje seu voto sobre réus do alto-comando do exército de militantes Petistas: José Dirceu de Oliveira e Silva (apontado injustamente como o único chefe da organização criminosa), José Genoíno (ex-presidente do partido e agora assessor especial do Ministério da Defesa) e Delúbio Soares (ex-tesoureiro petista).

Os três são acusados de corrupção ativa, no ítem 6 do julgamento.

Dirceu teria arquitetado o plano de compra de apoio, Delúbio teria indicado a Valério quem deveria receber os recursos e Genoino teria sido o interlocutor político – conforme acusações da Procuradoria-Geral da República.

Prova torrencial contra Dirceu

O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, voltou a repetir ontem que existem provas suficientes para condenar José Dirceu por crime de corrupção ativa e como chefe da organização criminosa do Mensalão:

Na verdade, o que eu tenho dito sempre é que não se pode exigir em relação a ele o mesmo tipo de prova direta que nós temos em relação a algumas outras pessoas, mas é uma prova indiciária, abundante, torrencial mesmo, e que respalda integralmente a acusação feita no sentido de que ele é o chefe da quadrilha. Por exemplo, um batedor de carteira é ato direto. É diferente quando se fala de crime organizado”.

Filosofia necessária

As palavras de Celso de Mello deviam servir como manual de conduta para os políticos no Brasil, se aqui fosse uma República de verdade:

A conduta dos réus, notadamente daqueles que ostentam ou ostentaram funções de governo, maculou o próprio espírito republicano. Em assuntos de Estado ou de governo, nem o cinismo, nem o pragmatismo, nem a ausência de senso ético e nem o oportunismo podem justificar práticas criminosas, como as ações de corrupção do alto poder executivo ou de agremiações partidárias. É nesse contexto que se pode dizer que a motivação ética é de natureza republicana. Isso passa pela virtude civil do desejo de viver com dignidade. E pressupõe-se que ninguém poderá viver com dignidade em uma República corrompida”.

O decano do STF fechou com chave de ouro o raciocínio sobre a filosofia republicana:

O conceito de República aponta para o consenso jurídico do governo das leis e não do governo dos homens, ou seja, aponta para o valor do Estado de Direito. O governo das leis obstaculiza o efeito corruptor do abuso de poder, das preferências pessoais dos governantes por meio da função equalizadora das normas gerais, que assegura a previsibilidade das ações pessoais e, por tabela, o exercício da liberdade”.

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva.

Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 2 de Outubro de 2012.