quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Médicos cubanos
























Ives Gandra da Silva Martins para O Estado de S.Paulo 

A preferência da presidente Dilma Rousseff pelos regimes bolivarianos é inequívoca. Basta comparar a forma como tratou o Paraguai - onde a democracia é constitucionalmente mais moderna, por adotar mecanismos próprios do sistema parlamentar (recall presidencial) - ao afastá-lo do Mercosul e como trata a mais sangrenta ditadura latino-americana, que é a de Cuba.

A presidente do Brasil financia o regime cubano com dinheiro que melhor poderia ser utilizado para atender às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), dando-lhe maior eficiência em estrutura e incentivos.

Em período pré-eleitoral, Dilma Rousseff decidiu trazer médicos de outros países para atender a população do interior do Brasil, sem oferecer, todavia, as condições indispensáveis para que tenham essas regiões carentes hospitais e equipamentos. Empresta dinheiro a Cuba e a outros países bolivarianos, mas não aplica no nosso país o necessário para que haja assistência gratuita, no mínimo, civilizada.

O cúmulo dessa irracional política, contudo, parece ocorrer na admissão de 4 mil agentes cubanos, que se dizem médicos - são servidores do Estado e recebem daquela ditadura o que ela deseja pagar-lhes -, para os instalar em áreas desfavorecidas do Brasil, sem que sejam obrigados a revalidar seus títulos nos únicos órgãos que podem fazê-lo, ou seja, os Conselhos de Medicina.

Dessa forma, trata desigualmente os médicos brasileiros, todos sujeitos a ter a validade de sua profissão reconhecida pelos Conselhos Regionais, e os estrangeiros que estão autorizados exclusivamente pelo governo federal a exercer aqui a medicina.

O tratamento diferencial fere drasticamente o princípio da isonomia constitucional (artigo 5.º, caput e inciso I), sobre escancarar a nítida preferência por um regime que, no passado, assassinou milhares de pessoas contrárias a Fidel Castro em "paredóns", sem julgamento, e que, no presente, não permite às pessoas livremente entrarem e saírem de seu país, salvo sob rígido controle. Pior que isso, remunerará os médicos cubanos que trabalharem no Brasil em valores consideravelmente inferiores aos dos outros médicos que aqui estão. É que o governo brasileiro financiará, por intermédio deles, o próprio governo de Cuba, o qual se apropriará de mais da metade de seu salário.

Portanto, a meu ver, tal tratamento diferencial fere a legislação trabalhista, pois médicos exercendo a mesma função não poderão ter salários diversos. O inciso XXX do artigo 7.º da Constituição federal também proíbe a distinção de remuneração no exercício de função.

Acontece que pretende o Estado brasileiro esquivar-se do tratamento isonômico alegando que acordo internacional lhe permite pagar diretamente a Cuba, que remunerará seus médicos com 25% ou 40% do valor que os outros médicos, brasileiros ou não, aqui receberão.

É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) de que os tratados entram em nosso ordenamento jurídico como lei ordinária especial, vale dizer, não podem sobrepor-se à Constituição da República, a não ser na hipótese de terem sido aprovados em dois turnos, nas duas Casas Legislativas do Congresso Nacional, por três quintos dos parlamentares (parágrafo 3.º do artigo 5.º da nossa Lei Maior).

Ora, à evidência, o acordo realizado pelo governo brasileiro não tem o condão de prevalecer sobre a nossa Carta Magna, por ter força de lei ordinária especial, sendo, pois, de manifesta inconstitucionalidade. Francisco Rezek, quando ministro do STF, certa vez, a respeito da denominada "fumaça do bom direito", que justifica a concessão de liminares contra atos ou leis inconstitucionais, declarou, em caso de gritante inconstitucionalidade, que a fumaça do bom direito era tão grande que não conseguia vislumbrar o rosto de seus pares colocados na bancada da frente. Para a manifesta inconstitucionalidade do ato a imagem do eminente jurista mineiro calha como uma luva. O tratado do Brasil com a ditadura cubana fere o artigo 7.º, inciso XXX, da Constituição federal.

O que me preocupa, no entanto, é como uma pequena ilha pode dispor de um número enorme de "médicos exportáveis", que, se fossem bons, não deveriam correr nenhum risco ao serem avaliados por médicos brasileiros dos Conselhos Regionais, e não por funcionários do governo federal.

Pergunto-me se tais servidores cubanos não terão outros objetivos que não apenas aqueles de cuidar da saúde pública. Afinal quando foram para a Venezuela, esse país se tornou gradativamente uma semiditadura, na qual as oposições e a imprensa são sempre reprimidas.

E a hipótese que levanto me preocupa mais ainda porque foi a presidente guerrilheira e muitos de seus companheiros de então haviam sido treinados em Cuba e pretendiam impor um governo semelhante no Brasil, como alguns deles afirmaram publicamente.

Tenho a presidente Dilma Rousseff por mulher honesta e trabalhadora, embora com manifestos equívocos em sua política geradora de alta inflação, baixo produto interno bruto (PIB), descontrole cambial e déficit na balança comercial e nas contas externas. O certo, contudo, é que a sua preferência pelos regimes bolivarianos e a sua aversão ao lucros das empresas talvez estejam na essência de seu comportamento na linha ora adotada.

Respeito a presidente da República eleita pelo povo, mas tenho receio de que suas preferências ideológicas estejam na raiz dos problemas que vivemos, incluída a importação de agentes públicos de Cuba que se intitulam médicos.

Como PT e PMDB salvaram Natan Donadon

Publicado originalmente em Reaçonaria

Havia três formas de salvar o deputado presidiário de sua perda de mandato e direitos políticos: Votando pela não-cassação, estando no plenário e deixando de votar e simplesmente não estando no plenário. 

Nunca saberemos quem votou no “NÃO”. Porém, dá para saber quem foi descuidado ao ajudar Donadon. Lá no site Implicante publicaram a lista de todos os que não compareceram, todos os que ajudaram indiretamente a salvar Donadon. 

Vejam a lista dos partidos que mais contribuíram e também os números de outros partidos relevantes:



PT – 17 deputados; 
PMDB – 14 deputados; 
PP – 12 deputados; 
PSD – 9 deputados; 
PSDB – 5 deputados; 
PSB – 4 deputados; 
DEM – 6 deputados; 

Faltaram 24 votos para a cassação de Natan Donadon. Algumas celebridades da Casa que não votaram e precisam explicar a ausência: Vicentinho, Gabriel Chalita, Jandira Feghali Sérgio Guerra, Renan Filho (risos), João Paulo Cunha (risos), Waldemar Costa Neto (risos), Pastor Marcos Feliciano, Leonardo Quintão, Eliseu Padilha, Newton Cardoso e Paulo Maluf. 

Por fim, não se deve esquecer: Essa votação esdrúxula só ocorreu após Dilma nomear dois ministros ao STF que mudaram o placar do entendimento do Supremo quanto à cassação e perda de mandatos.

***


Eis o bizarro discurso do Deputado Presidiário Natan Donadon: 





José Genoíno, João Paulo Cunha e Waldemar Costa Neto, já preparem os seus… 

A impunidade reina no país do faz de conta! Fala sério!


Parabéns para Câmara que criou o primeiro "deputado presidiário" do Brasil, quiçá do mundo. 

Faltaria guilhotina se o povo soubesse o que se passa, de fato, neste covil de ratos. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Campanha “Liberte um cubano”

Estamos diante de uma situação extrema e absurda.

O Governo brasileiro está, sem nenhum pudor, financiando uma ditadura à custa da mão-de-obra de pessoas que vivem sob liberdades e aspirações mínimas. Como cidadãos brasileiros, podemos ajudar os médicos cubanos a serem pessoas plenamente livres e também prejudicar a ditadura cubana. Para isso, tudo o que temos que fazer é libertar um trabalhador desses da chibata comunista.

Em resumo, o que deve ser feito é informar aos médicos cubanos do “Cuban Medical Professional Parole Program“. Espalhe essa imagem, envie ao seu deputado, aos líderes políticos locais, às associações de classe e sindicatos, faça-a chegar aos médicos que não têm acesso à internet e não podem visitar uma  ”Lan House”:






















Mais detalhes em Reaçonaria

Os links todos estão aqui:



Para quem ainda não está motivado, que sirvam de inspiração as boas ideias e palavras de um dos mais honrados brasileiros já surgidos:

“Qual é o princípio do comunismo? É a negação da propriedade individual. O que é a escravidão? É a negação da propriedade a mais individual que existia no mundo – a propriedade de si mesmo. Ora, se alguma coisa se assemelha ao comunismo não vos parece que é a escravidão, comunismo da pior espécie – porque é comunismo em proveito de uma só classe?” 

– Joaquim Nabuco

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Médicos cubanos: negócio bilionário. Não se trata de ideologia ou saúde pública. E, sim, é trabalho escravo

Os médicos de Cuba são o principal “produto” de exportação da ilha. O programa “Mais Médicos” não tem a ver com ideologia ou saúde pública, mas sim com um repasse bilionário à ditadura castrista. Simples assim. Inaceitável assim.

Por Gravatai Merengue para O Implicante



Os fera

Certamente, a maior cortina de fumaça dessa patifaria da importação de médicos cubanos é o truque de circunscrever a discussão nos ambientes ideológicos ou de saúde pública. Seja por má-fé ou simples burrice, os defensores do governo fazem isso para fugir do objetivo central do contrato: repassar bilhões à ditadura de Cuba.
Exportação de gente

O principal produto exportado por Cuba não é agrícola ou mineral, mas sim os médicos. Se alguém duvida, confira aqui. E o país ganha bilhões com isso de uma maneiras espúria e considerada ilegal (ao menos no Brasil): retenção de salários.
Cuba manda médicos para os países que pagam uma fábula DIRETAMENTE AO GOVERNO. A ditadura cubana retém a grana e repassa a menor parte ao profissional. É a típica e clássica “terceirização ilegal”, com requintes de escravidão moderna (falaremos disso mais adiante, para desespero dos relativistas sakamotianos do trabalho escravo).
Notem que não é lorota: a própria vice-ministra da saúde de Cuba reconhece. A MAIOR PARTE DA GRANA FICA COM A DITADURA. Está aqui, para que os defensores desse modelo trabalhista inaceitável não tenham para onde correr – fora simplesmente assumir que se fingem favoráveis a isso porque, se o governo mandar, eles defendem qualquer coisa.
Apenas no Brasil, serão quatro mil cubanos recebendo, por mês, R$ 10 mil. Numa conta BEM conservadora (e irreal, como todos sabemos), o governo ficaria com R$ 6 mil de cada um, perfazendo um valor mensal de R$ 24 MILHÕES.
Em apenas um ano, serão R$ 288 milhões de reais enviados a Cuba. Dinheiro que seria para o salário do trabalhador vai direto para a ditadura. E, vale repetir, essa conta é a mais conservadora (e irreal). Como o valor é muito maior, uma conta mais próxima da realidade seria a seguinte: a ditadura cubana ficará com PELO MENOS R$ 28 milhões, totalizando anualmente R$ 336 milhões. Em três anos, Cuba terá embolsado MAIS DE UM BILHÃO DE REAIS do dinheiro do salário do médico.
Um negócio bilionário. Nada de ideologia ou preocupação com saúde pública, mas sim bilhões de reais para a ditadura “amiga” do partido que governa o Brasil. Um negócio de exportação dessa monta costuma ter intermediários, pois imaginem a comissão…
Acho que agora ficou claro a quem fazia de tudo para passar um pano nesse negócio.
Sim, é trabalho escravo!

Houve uma (não surpreendente) relativização sakamotiana, segundo a qual não se pode chamar esse regime de “escravidão”, pois a lei não inclui tal modalidade nos itens que configuram de fato o trabalho escravo ou análogo à escravidão.
Má-fé pura e sacana. É sim trabalho escravo.
O médico cubano NÃO PODE requerer todo seu salário, NÃO PODE mudar de cidade, NÃO PODE prestar serviços privados, NÃO PODE renunciar a essa vaga para fazer outra coisa, NÃO PODE nem mesmo escolher com quem namorar (seja gay ou hétero).
Escravidão, portanto. Já falei sobre o tema, quando o DCE tentava pateticamente emplacar (juro…) a tese da XENOFOBIA.
O mais BIZARRO é que o regime de trabalho dos médicos cubanos é ainda pior que o dos costureiros bolivianos. São dois casos deploráveis e inaceitáveis, mas os médicos cubanos tem o agravante de serem enviados sob ordens de uma ditadura que retém ela própria parte do salário, ameaçando suas famílias – que permanecem em Cuba – caso o engraçadinho de jaleco resolva pedir asilo.
Não deixa de ser espantoso que o caso mais grave seja DEFENDIDO por alguns governistas que, ao mesmo tempo, atacam violentamente o uso da mão de obra análoga à escravidão nas oficinas de costura.
É aquilo de sempre: primeiro o partido, depois a causa. Mesmo quando a causa é alguma garantia constitucional básica da existência humana. Não importa. Primeiro o partido, depois esses detalhes.
Para provar de uma vez que a bizarrice não tem limites, já existe um PARECER PRONTO da Advocacia Geral da União, segundo o qual os médicos de Cuba não poderão pedir asilo político para fugir da ditadura.
Imagina a cara do Battisti.
E vale lembrar, por fim, que o salário é uma garantia constitucional IRRENUNCIÁVEL. Por mais que uma vítima da ditadura, com medo de levar bala na cabeça, diga que “concorda” em receber apenas parte da remuneração, esse trabalhador NÃO PODE FAZER ISSO.
Sim, não é permitido “abrir mão” do salário. O sujeito pode atear fogo em tudo, mas primeiro RECEBE CADA CENTAVO, assina o recibo, comprova que pegou tudo em suas mãos, daí faz o que quiser (em caso de sequestro de familiares, é claro, não se trata de fazer o que “quiser”, mas sim aquilo que os mantenha vivos).
Resumindo: é sim trabalho escravo. Cada médico cubano é um escravo moderno (não tão moderno assim). Não importa o que diga quem costuma condenar a escravidão, mas agora dá aquela AMENIZADA – só porque agora o senhor de engenho é amigo do partido.
Padilha, o banana

O repasse bilionário para a ditadura cubana faz emergir uma das figuras mais patéticas da política nacional (e olha que a disputa está longe de ser fácil): Alexandre Padilha, o banana que também acumula cargo de Ministro da Saúde.
O ponto alto foi ter dito, de maneira imbecil ou cínica, que os médicos cubanos não estariam submetidos à lei trabalhista brasileira, mas sim À LEI CUBANA. Sim, ele disse isso – e qualquer um do DCE que conheça um pouco de direito fez que não ouviu ou pediu a Deus que não sejam obrigados a defender esse pateta em 2014.
Evidentemente, o trabalhador – mesmo estrangeiro – é regido pela LEI TRABALHISTA BRASILEIRA. Mesmo se for cubano, mesmo se for por meio de um contrato bilionário, mesmo se o ministro ficar chateado. Vale a nossa lei. Ponto.
E, por óbvio, os fiscais e o ministério público do trabalho começarão a aplicar multas e abrir processos tão-logo se inicie o vínculo. Para evitar o cancelamento dos contratos, o governo precisará aprovar medidas para revogar artigos da CLT – e não duvidem que nossos esquerdistas-do-governo também passem a defender isso (um curioso efeito colateral positivo nesse caos de arbitrariedades ditatoriais).
Padilha também protagonizou um momento patético, quando NEGOU a contratação de médicos cubanos e, bom, precisou passar por cima da própria palavra (nada que seja também muito difícil).
Não dá para não lembrar do “VAI PRA CASA, PADILHA!” do Jô Soares (aliás, não achei vídeos desse momento do humor brasileiro, quem tiver poderia colaborar, hein?)
Ah, sim! Há quem considere INCOERENTE ser a favor das mudanças na CLT e, ao mesmo tempo, não aceitar que Cuba possa escapar da lei. Sim, acusaram a mim dessa forma.
É preciso desenhar: ser a favor de uma MUDANÇA LEGAL não significa ser a favor de que APENAS OS AMIGOS DO PARTIDO DO PODER possam passar por cima dessa lei. Ou ela muda para todos, ou todos a cumprem da mesma forma.
Sei que é algo até meio bobo de tão óbvio, mas vivemos em tempos um tanto complicados e é preciso fazer ressalvas aparentemente doidas.
Enfim, é isso: não se trata de ideologia ou preocupação com saúde pública, mas um negócio bilionário em favor da ditadura cubana, pago com nossa grana (impostos). O principal produto exportado por Cuba é a mão-de-obra análoga à escravidão (sim, é escravidão). E Padilha é tapado ou cínico; ou ambos.
ATUALIZAÇÃO: para quem ainda tenta dizer que não se trata de trabalho escravo, peço por que leia isso. E agora?

Na realidade...


Mexendo no problema errado

Por CARLOS BRICKMANN
Não é questão de nacionalidade: um dos maiores médicos do Brasil foi um ucraniano, Noel Nutels, que levou a saúde pública às áreas indígenas da Amazônia. A questão é outra: é que o Governo criou uma enorme polêmica por achar que Saúde é Medicina. E não é: Medicina é a última etapa na luta pela Saúde.
A Saúde começa pela engenharia ─ saneamento básico. A água potável e os esgotos reduzem o número de doentes (e derrubam a mortalidade infantil). Educação é o segundo passo: quem lava as mãos e cuida da higiene básica, mantém o mosquito da dengue à distância, assegura a limpeza dos animais domésticos e cuida de seu lixo tem mais condições de evitar doenças. Condições de vida são importantes: roupas e calçados minimamente adequados, alimentação suficiente, moradia saudável fazem milagres. Se uma pessoa educada, com acesso a saneamento básico, alimentação e moradia, devidamente vacinada, mesmo assim fica doente, então cabe à Medicina cumprir seu nobre e insubstituível papel de cura.
Em resumo, não adianta trazer grandes especialistas mundiais sem que a população tenha condições adequadas de vida. Tem? Não, não tem. E não falemos de periferias: Guarulhos, na Grande São Paulo, segunda maior cidade do Estado, 13ª do país, com 1,2 milhão de habitantes, onde está o maior aeroporto internacional do país, não trata nem metade dos esgotos que lança no rio Tietê.
A propósito: sem seringas, termômetro, um medidor de pressão, um medidor de glicemia, alguns remédios, que é que se espera de um médico? Milagres?

Comentário deste blog:

Solucionar o problema da saúde no interior do Brasil é a última preocupação deste acordo. O interesse principal é transferir recursos do povo brasileiro para o regime ditatorial cubano. 

 E faz todo sentido a hipótese de que, parte desses recursos, retornarão na campanha de 2014

Em suma, importar médicos para locais onde faltam leitos, hospitais, remédios e exames é como querer resolver o problema da fome importando cozinheiros num lugar onde não há comida, nem panelas, nem fogão.

Com a palavra, Princesa Isabel...


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Lista de quem não votou pela CPI da Copa


Destaques negativos: NENHUM Senador do PT votou a favor, todos votaram contra. Antes que venham aqui cuspir dizendo que somos Tucanos, rodem a página para ver a quantidade de posts e manifestações que fizemos pela abertura das contas do metrô, mas que TODOS os senadores do PT, PTB e outros, votaram Não. 

Destaques positivos: TODOS os deputados do PSOL votaram sim, e todos os do PSDB. 

O resto se dividiu. Sabemos que os partidos votam contra ou a favor quando têm interesses partidários na ação, mas o que importa é que eles ignoram o que o POVO quer e precisa em favor de suas alianças políticas. 

NENHUM PARTIDO NOS REPRESENTA. 

Que está claro que estamos lidando com um dos maiores superfaturamentos da história do Brasil está claro, nossas obras para a COPA já ultrapassam os valores das duas últimas copas juntas, e ainda falta MUITO dinheiro rolar. 

Mas quando o deputado federal Izalci jogou a proposta da CPI, não obteve assinaturas suficientes no SENADO (na Câmara sim). 

Então os Senadores são foco mas vale a pena olhar quais deputados não aderiram, pois é uma VERGONHA 

UMA VERGONHA QUE VOTEM POR NÃO JOGAR LUZ NESSE ABSURDO. 

NUNCA MAIS VOTEM em quem votou NÃO pela CPI.

"Quatro mil médicos estavam em estoque, esperando o embarque?", questiona Alexandre Garcia


Por Bruno Brasil para Metro 1

Apesar da medida ter sido anunciada recentemente, os médicos cubanos que serão importados para o Brasil já estavam se preparando há muito tempo. Nesta segunda-feira (26), 460 deles desembarcarão no país com malas prontas e passaportes emitidos. A novidade, entretanto, é a divulgação do sistema de remuneração, que irá repassar ao governo cubano 70% do salário pago pelo Brasil.
                
"Há muito tempo já estava decidida a importação. O dinheiro vai todo para a ditadura cubana. Aliás, todo não. São R$10 mil reais por médico. R$700 ficam com o médico. R$2,3 mil vão para a família do médico em Cuba e R$7 mil serão enviados para a ditadura cubana. Em três anos, o Brasil vai pagar R$1,5 bilhão para Cuba", criticou o jornalista Alexandre Garcia durante comentário para a Rádio Metrópole.

 "Quatro mil médicos estavam em estoque, como mercadoria de exportação, esperando o embarque?", questionou Garcia. 

O que você escolhe: o país do Lobão ou o do Pablo Capilé?




Se você escolheu do Pablo Capilé, pense bem... Você tem certeza?


 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Impecável!

(Para ler o gibi, clique aqui)

Nesse valioso gibi há: a identificação dos problemas, o dignóstico perfeito e, no fim, apresenta a solução para o Brasil. Se você se preocupa com a falta de ética em nosso país, não deixe de ler e compartilhar! 

Parabéns Maurício de Souza e equipe! Cidadania já!    

Escravos, ops, médicos cubanos são os primeiros a fechar acordo com Brasil. Que surpresa!


Por Rodrigo Constantino para Veja
Deu na Folha: Brasil vai receber 4000 médicos cubanos para atender 700 cidades
O Brasil vai receber 4.000 médicos cubanos nos próximos meses, 400 deles imediatamente, dentro do programa federal Mais Médicos.
Segundo informou o Ministério da Saúde nesta quarta-feira (21), eles serão direcionados para 701 cidades que não foram escolhidas por nenhum profissional na primeira etapa do programa, 84% delas no Norte e no Nordeste do país.
O programa Mais Médicos foi lançado em julho pela presidente Dilma Rousseff. Um de seus focos é ampliar a presença de médicos, brasileiros ou estrangeiros, no interior do país e nas periferias das grandes cidades.
Este mês, após a constatação de que o primeiro mês de seleção do programa supriu menos de 15% da demanda por médicos, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) afirmou que o país faria acordos internacionais para alavancar as inscrições no programa.
Ele citou um potencial acordo com Cuba. No início do ano, o governo cubano ofereceu 6.000 profissionais ao Brasil, oferta que gerou polêmica e foi suspensa pelo governo brasileiro.
O acordo com Cuba é o primeiro a ser fechado pelo ministério. Será intermediado pela OPAS (braço da Organização Mundial da Saúde para as Américas), modalidade de acordo nova para os cubanos, que têm parcerias para o envio de médicos com outros países.
A entrada massiva de médicos estrangeiros é rejeitada pelas entidades médicas, que criticam o fato de o governo brasileiro dispensar os médicos formados no exterior da revalidação de seus diplomas.
A Secretaria de Relações Internacionais do PT está organizando o processo pré-seletivo dos bolsistas que estudarão na Escola Latino-Americana de Medicina em Cuba.
Desde 1999, o governo cubano oferece estas bolsas através de várias organizações brasileiras, entre as quais o PT. As bolsas cobrem todos os gastos com o curso, alojamento e alimentação, além de incluírem uma pequena ajuda de custo.
Ficam a cargo do estudante as passagens aéreas, tanto agora como durante o curso. A pré-seleção está sendo feita com antecedência, para garantir maior acesso aos candidatos, especialmente aqueles que não ainda precisam providenciar a documentação exigida.
O PT lembra que este é um processo pré-seletivo. A seleção final será feita pelo governo cubano. Ou seja, a pré-seleção relaciona as pessoas que serão submetidas ao processo seletivo final caso o governo cubano realmente ofereça bolsas em 2006 e caso o número de bolsas seja equivalente ao número de pré-selecionados.!
É o PT criando um exército de “médicos” treinados em Cuba. Ele manda os voluntários, todosmui interessados em realmente aprender medicina, e não socialismo, justamente em Cuba, que tem aquela “fantástica” expertise medicinal que faz com que Fidel Castro precise se tratar com médicos espanhóis e que encanta Michael Moore só nos “documentários”, e depois chama-os de volta para o Brasil, prontinhos para doutrinar o interior do país com a mensagem ideológica.
Sabemos que médicos gozam de credibilidade nessas bandas, nos grotões. O “profissional” estará pronto para, entre a receita de uma aspirina e outra, convencer seus pacientes das maravilhas do sistema comunista. Paranóia? Acho que não… Vejam:

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sem assinaturas suficientes, Senado aborta CPI da Copa do Mundo



Requerimento acabou não atingindo o mínimo de 27 apoios necessários no Senado

EDUARDO BRESCIANI - Agência Estado
BRASÍLIA - A retirada de assinaturas por quatro senadores enterrou a proposta de uma CPI mista sobre a Copa do Mundo. O requerimento acabou não atingindo o mínimo de 27 apoios necessários no Senado e o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), aproveitou a sessão do Congresso Nacional de votação de vetos presidenciais para fazer o comunicado oficial de que a investigação não será realizada.
Autor do pedido, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) afirma que tinha coletado 28 assinaturas no Senado e que Zezé Perrela (PDT-MG), ex-presidente do Cruzeiro, João Durval (PDT-BA), Jayme Campos (DEM-MT) e Clésio Andrade (PMDB-MG) foram os parlamentares que retiraram o apoio e contribuíram para a impossibilidade da investigação. Na Câmara, o requerimento teve apoio de 178 deputados, sete a mais que o necessário.
"O jogo é muito pesado, o governo atuou, os presidentes de partido e as pessoas ligadas ao evento. É desanimador ver que não há preocupação do Congresso com a fiscalização destes gastos", lamentou Izalci.
O objetivo da investigação era de averiguar possíveis irregularidades no uso de recursos públicos federais nas obras para a Copa do Mundo de 2014. O requerimento falava em "superfaturamento de estádios" e de suspeitas em obras de infraestrutura. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Mensalowski...

Rir para não chorar...


A gangue do Foro de São Paulo e as FARC

Esquerda caviar, literalmente!

Cid Gomes / Foto: O Globo

Por Rodrigo Constantino para Veja 
O governador do Ceará, Cid Gomes, do PartidoSocialista Brasileiro, contratou serviço de buffet por R$ 3,4 milhões com recursos públicos. O deputado Heitor Ferrer, do PDT, pede explicações e batizou o caso de “farra do caviar”:
um contrato publicado no Diário Oficial do estado detalhando a contratação de um buffet, no valor de R$ 3,4 milhões, para abastecer a cozinha da residência oficial e o gabinete do governador com iguarias que incluem centenas de quilos do que há de mais fino na culinária.
[...]
De 2010 a julho de 2013, o mesmo buffet recebeu do governo do Ceará R$ 3,5 milhões para garantir a boa mesa a Cid Gomes, sua família e convidados.
Heitor Ferrer, único deputado estadual que faz oposição a Cid Gomes, lista todas as suspeitas que já rondaram o governador no uso do dinheiro público: de gastar R$ 81 milhões com contratação de bandas e megashows de estrelas como Plácido Domingos e Ivete Sangalo; de pagar R$ 67 milhões com frete de aeronaves para levar a sogra e a família para passear em capitais da Europa, do Caribe e dos Estados Unidos; e de pegar carona em jatinhos e iates de empresários.
O cardápio previsto no edital para a contratação dos serviços prevê até 495 pratos diferentes, e se apresenta com uma variação de receitas preparadas com caviar, escargots, bacalhau, salmão, presunto de Parma, funghi, vieiras, frutos do mar, pães exóticos, croissants, toucinho do céu ou trufas. Ingredientes indispensáveis nas cozinhas dos grandes chefs.
Assim é fácil ser socialista, não é mesmo? Prega a igualdade, condena os ricos da boca para fora, e depois usa o dinheiro dos outros para viver como um nababo milionário!
Ciro Gomes, irmão do governador, questionou-me certa vez, em um debate no programa “Conversas Cruzadas” da TVCom gaúcha, se era mesmo possível reduzir em um bilhão os gastos públicos. Um bilhão! Eu comecei a citar as ONGs que recebem repasses bilionários, os ministérios ociosos e desnecessários, quando ele interrompeu: “Dá bilhão?”
Dá, sim. Na verdade, dá para cortar centenas de bilhões do orçamento público! O governo arrecada quase 40% do PIB, e a quantidade de desvio, gasto sem sentido, desperdício, é gigantesca. Poderíamos ter um governo consumindo bem menos recursos, e muito mais eficiente.
Esse caso de Cid Gomes pode ser multiplicado pelo restante do país. Eis um bom começo: cortar as mordomias absurdas que esses governantes socialistas desfrutam com o nosso dinheiro! E então, Ciro: dá bilhão?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

“Ética” em debate no Senado























Instituto Millenium

O compromisso com a ética pode não fazer parte do novo Regimento Interno do Senado, jurado pelos parlamentares na posse do cargo. Depois de retirar da proposta o trecho que determina esse tipo de conduta, o senador Lobão Filho (PMDB-MA), relator da reforma, recuou e decidiu avaliar se deve mantê-lo. 

Cientista político, Paulo Kramer observa que, no Brasil, a ética é apropriada pelos políticos para deslegitimar seus adversários. “Durante muitos anos, a ética esteve presente no discurso da esquerda para atacar a direita. Com a sua ascensão ao poder, o discurso ético foi banalizado, instituindo-se que ela só vale para os outros e que os fins justificam os meios”, analisa. 

Para Kramer, é imprescindível que a palavra seja inserida no regimento dos senadores, desde que não fique apenas no papel. O cientista político comenta que a ética deve orientar a atividade parlamentar, cabendo aos cidadãos atentar para a conduta de seus representantes. 

“Prefiro apostar nessa tendência iniciada com as manifestações de junho, que mostraram um eleitorado mais atento e que cobra, sobretudo, um comportamento ético, e não apenas um discurso ético”, conclui.

Os adoradores dos bandidos de estimação ficam eufóricos quando imaginam que todo brasileiro é ladrão


REYNALDO ROCHA / Reynaldo-BH
“O homem infeliz procura consolo mesclando e misturando as suas penas com as penas de outro.” (Milan Kundera).
Chega a ser surreal a incontida alegria de petralhas, milicianos e militontos com o caso da Siemens envolvendo o governo de São Paulo, objeto de reportagem da Folha de S. Paulo.
Lembra-me o pedófilo que, levado à delegacia por estuprar uma criança de 5 anos, lá descobre outro que estuprou uma de 10. Extasiado, grita: “Somos iguais! Não estou só!”
Não vou analisar os fatos da Siemens, que me parecem dignos de credibilidade, mas a euforia incontida dos ladrões de outra gangue.
Eles, os militontos petralhas, não mostraram a mesma satisfação com a CONDENAÇÂO ─ e não investigação inicial ─ que colocou na cadeia José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha et caterva. Não ficaram tão contentes com as provas irrefutáveis contra Lula sobre o uso de NOSSO dinheiro para bancar a amante Rosemary Noronha! Nem se espantaram quando a OI Telecomunicações pagou R$ 5 milhões ao Lulinha para tornar-se sócia minoritária de uma empresa sem clientes, inovação, produto ou passado.
Não vi enxurradas de posts no Facebook e outras redes quando se descobriu que Antonio Palocci era proprietário do apartamento de R$ 6 milhões onde morava e de outro, calculado em R% 11 milhões. que nem estava à venda ou alugado. Fechado, servia de “reserva técnica”, com uma taxa de condomínio mensal de R$ 4,8 mil.
Fernando Pimentel ganhou R$ 2 milhões para dar consultoria a uma fábrica de tubaína no interior de Pernambuco que foi à falência sem que o conselheiro desse as caras por lá.
São apenas alguns dos incontáveis exemplos.
Estamos em algum campeonato nacional de ladroagem?
Não tenho bandido de estimação. Não obedeço à ordem unida de nenhuma quadrilha. Se morasse num morro deste país abandonado, não protegeria marginais, como acontece tristemente em nossas favelas. Não cultuo marginais. E não preciso de mais ninguém que queira entender isto comigo! Sinto que somos muitos.
A histeria incontrolável dos seguidores de bandido é tão cega que não conseguem, mesmo tateando, entender que o recado é: ¨”VIU? Não são só os nossos que são ladrões! Os SEUS também!”
Erraram, idiotas! Não temos os “nossos”. E vocês demonstram que TAMBÉM não os têm: VOCÊS é que são deles! Assumidamente, declaradamente, sem vergonha e sem medo.
Não sei desenhar! Se algum dos opositores (integrantes dessa oposição quase oficial sem coragem que não diz a que veio) for preso por corrupção, ficarei FELIZ! Tanto como fiquei com a condenação de José  Dirceu e ficarei mais ainda quando cruzar o portão de entrada do presídio.
Lugar de BANDIDO é na cadeia! Simples assim. Se for do PCC, Amigo dos Amigos, Comando Vermelho ou qualquer outra associação, que cumpram PENA na mesma pocilga!
Sei que os adoradores do Escadinha (do Comando Vermelho) vibram quando um outro (como o Beira-Mar do AMA) é preso! Soltam foguetes!
Hoje escuto os rojões da petralhada que perdeu a vergonha, a decência, o rumo e o senso de ridículo! (Não há UMA análise sobre O QUE FOI FEITO! Com repúdio e exigência de punição! Basta imaginar QUEM fez!
O ladrão A será absolvido porque descobriram o ladrão B? Celebrem, lulopetistas adoradores da Era de Mediocridade e incentivadores da apologia da ignorância, da mentira e da desfaçatez.
Mas tentem entender, no meio da bacanal que promovem, que alguém roubou vocês! E a nós! Que tal exigir que sejam punidos?
É absurda a festa pela suposta equalização de bandidos. Que riem juntos do uso que fazem dos OTÁRIOS!
Me incluam fora disto. É só o que eu exijo!
“A desonestidade só se consola com a desonestidade dos outros.” Henri Montherlant 

Âncora do SBT dá uma aula em cadeia nacional para o Senador que não sabe o que é ética


"De fato, a ética de um bandido não é a mesma de um cidadão de bem." — Rachel Sheherazade

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Palavra ‘ética’ é retirada de novo código de conduta dos senadores

Compromisso seria assumido no ato de juramento da posse, mas foi rejeitado pelo relator Lobão Filho


Andreza Matais - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Com hábitos e costumes criticados pelas manifestações populares recentes, o Senado discretamente decidiu retirar da proposta do novo regimento interno da Casa a sugestão para que os senadores sejam obrigados a se comprometer a agir com ética "na atividade política" e como cidadãos. O compromisso seria assumido em juramento no ato da posse, mas foi rejeitada pelo relator das mudanças no regimento, senador Lobão Filho (PMDB-MA).
Veja também:
O senador também excluiu do documento a obrigação para que os parlamentares apresentem, quando empossados, declaração de bens de seus parentes até o segundo grau. A medida evitava os chamados "parentes laranjas" de parlamentares que transferem a nome de familiares parte de seu patrimônio. "Não há como o senador obrigar seus parentes a revelarem os bens que possuem, pois ofenderia o direito à privacidade desses", justificou Lobão Filho.
O Regimento Interno do Senado é de 1970, auge da ditadura militar. Desde então, nunca foi reformado. O texto disciplina desde a atuação dos senadores aos pronunciamentos e tramitação de matérias.
Em 2009, o então senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) relatou a primeira tentativa de alterar as regras da Casa. O relatório do tucano acatou a sugestão do então senador José Nery (PSOL-PA) para incluir no texto do juramento da posse o compromisso dos senadores com a ética. O texto atual diz apenas: "Prometo (...) desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador".
Na proposta de Jereissati, o juramento incluía o compromisso de desempenhar o mandato de forma "honesta" e "sempre na defesa intransigente da ética na atividade política e como cidadão". O tucano, contudo, deixou o Senado sem que o relatório fosse votado.
Como novo relator, Lobão Filho suprimiu a versão que incluía o compromisso com a ética do juramento. No parecer, apresentado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em maio, o senador disse que a sugestão de mudança no juramento merecia ser acatada "parcialmente" para incluir "a expressão honesta", mas não justificou a razão de rejeitar o trecho.
Decoro. Lobão também não acatou emenda que obrigaria a comunicação à Corregedoria de atos incompatíveis com o decoro ou com a compostura pessoal praticados fora das dependências da Casa Legislativa. O atual texto do regimento prevê que a denúncia seja encaminhada quando a quebra de decoro ocorrer dentro do prédio do Senado, o que foi mantido.
Entre as emendas acatadas pelo senador, está a que impede o pagamento de salário aos congressistas que "não compareceram à sessão em virtude de prisão processual criminal".
O texto está pronto para votação na CCJ. O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PB), é do mesmo partido de Lobão Filho - indicado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), quando líder. Se aprovado na CCJ, o texto segue para uma comissão temporária especial, mas há possibilidade de ir direto para o plenário.

Comentário deste blog: Atentos aos apelos das ruas, parlamentares já não precisam mais prestar compromisso ético, nem declarar bens de "parentes laranjas". Liberou geral!

Cego em tiroteio


Rodrigo Constantino para O Globo

Nunca antes na história deste país se viu tantas medidas de governo serem desfeitas em tão pouco tempo. O governo Dilma está perdido, sem rumo, sem saber como reagir ao desabamento de sua popularidade, ao risco inflacionário, ao pífio crescimento. Falta um plano de voo, um mapa correto do território. E falta, naturalmente, conhecimento básico de economia.

O principal problema, creio eu, está na visão equivocada que a presidente e sua equipe têm acerca do funcionamento da economia. Eles são reféns de uma ideologia desenvolvimentista que simplesmente não funciona. Eles erram o diagnóstico dos males que assolam o país, não tendo como acertar na receita. Ficam, assim, ao sabor do vento, do marqueteiro, tateando no escuro, tratando o país como um rato de laboratório.

E qual seria essa visão equivocada? Em resumo, é a crença arrogante de que o governo pode, de cima, controlar os dados econômicos nos mínimos detalhes. Esse tipo de mentalidade denota incrível soberba, pois nem o mais sábio dos sábios seria capaz de substituir milhões de agentes autônomos tomando decisões independentes no livre mercado.

Prêmio Nobel de Economia, o austríaco Hayek mostrou como as informações relevantes para as tomadas de decisão estão dispersas. Cada um, exercendo seu poder de escolha em sua determinada área, acaba levando uma minúscula parcela de informação que irá influenciar os demais. E o mecanismo de transmissão dessa informação toda são os preços.

Mas o governo Dilma desconfia do mercado, desdenha desse poderoso mecanismo “caótico”, sem um controlador no leme, direcionando cada parte importante do todo. Por isso ele pensa ser viável controlar esses preços, com base em decretos estatais. Por isso tanta intervenção na taxa de juros e de câmbio, no preço da energia, no retorno das concessões.

Nada disso é novo, naturalmente. A União Soviética contava com um órgão, a Gosplan, cuja missão hercúlea — e impossível — era justamente administrar milhares de preços da economia. O resultado, como sabemos, foi o lançamento do Sputinik, enquanto faltava papel higiênico para a população. Fantástico!

Essa “arrogância fatal”, para usar expressão cunhada por Hayek, está no cerne de nossos problemas. O governo distribuiu crédito público sem se dar conta da falta de lastro na poupança, mexeu na taxa de juros sem calcular seu impacto na inflação, congelou a gasolina, usou o BNDES para selecionar os “campeões nacionais” (entre eles a EBX, de Eike Batista) etc. O governo seria o mestre do universo!

Só que não, isso não funciona. Mesmo assumindo uma premissa um tanto agressiva, de que Dilma é de fato uma excepcional gestora e que Guido Mantega é o mais inteligente dos economistas, o modelo não entregaria o resultado desejado. Agora vamos relaxar essa hipótese e aceitar premissas mais, digamos, realistas, de que Dilma não foi capaz nem de sustentar uma pequena loja na iniciativa privada e que Mantega é somente um economista medíocre, e teremos a gravidade do quadro.

Foi poder demais concentrado em gente de menos. Não tem como dar certo. E, agora, os mesmos que plantaram as sementes podres olham aturdidos para a colheita maldita. Coçam suas cabeças, buscam bodes expiatórios em todo lugar, e nada. Partem, então, para malabarismos medonhos, no afã de enganar o público, ou para medidas desesperadas e erráticas, gerando enorme insegurança no mercado.

Sem credibilidade alguma, o governo ainda sonha em atrair as dezenas de bilhões que o país precisa para investimento em infraestrutura, um dos nossos maiores gargalos de produtividade. Mas como, meu Deus!, esses investidores vão alocar seus recursos se o governo mexe nas regras do jogo o tempo todo, quer determinar a taxa de retorno abaixo do mercado, altera as tarifas e tudo mais?

A farra toda durou porque leva tempo até o problema emergir. O modelo, que começou ainda na gestão de Lula, foi baseado nos três Cs: Consumo, Crédito e Commodities. Estas pararam de subir, pois a China não tem mais a mesma pujança. E aqueles bateram no limite de crescimento artificial, pois as famílias já se encontram bastante endividadas.

O que fazer? Como reagir? Revertendo essa absurda concentração de poder no Estado. Parando de manipular preços. Cortando gastos públicos. Fazendo as reformas trabalhista, previdenciária e tributária. Adotando, enfim, uma agenda liberal. E esse governo vai seguir nessa direção? Nem nos meus sonhos! Logo, só nos resta torcer que o cego no meio do tiroteio não leve uma bala perdida. Somos dependentes, hoje, da sorte.

Rodrigo Constantino é economista e presidente do Instituto Liberal