quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Caixa & Corinthians: impostos, pão e circo...



Como é triste ver esse (des)governo, através de um banco público, patrocinar tamanha picaretagem. Goste você ou não de futebol, no fim, é você quem paga a conta. E viva o país da mentira, da Delta, da Rosemary, dos mensaleiros que não perdem o mandato, e por aí vai...

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Enfim, a casa caiu...


Em depoimento à PGR, Valério envolve Lula no mensalão, diz jornal


Operador do mensalão tenta obter proteção e redução de pena.
Procuradoria da República não decidiu se abre nova investigação.

Do G1, com informações do Bom Dia Brasil

Condenado a mais de 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como operador do mensalão, Marcos Valério afirmou em depoimento prestado em setembro à Procuradoria-Geral da República que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou os empréstimos dos bancos Rural e BMG para o PT com a finalidade de viabilizar o esquema do mensalão, segundo reportagem na edição desta terça-feira (11) do jornal "O Estado de S. Paulo". De acordo com a reportagem, o dinheiro do esquema também foi usado para pagamento de "despesas pessoais" de Lula. O PT negou, segundo o jornal, ter arcado com honorários do advogado do Marcos Valério.

O Instituto Lula informou ao G1 que ele não pretende se manifestar sobre a reportagem. Mas, segundo a assessoria do instituto, se mudar de ideia, Lula se manifestará por meio de nota oficial.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta terça-feira (11), por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar sobre o assunto até o final do julgamento do mensalão pelo STF. A PGR já havia informado que novas informações repassadas por Marcos Valério não seriam incluídas na ação do mensalão, mas sim poderiam abrir um novo processo em primeira instância, por exemplo.

Segundo o jornal, o depoimento de Valério foi enviado ao STF, mas os ministros receberam as informações com cautela e alertaram que as declarações não mudam o julgamento do mensalão, que se encontra em fase final.

Durante os quatro meses de julgamento, o Supremo concluiu que o mensalão foi um esquema articulado de pagamento de uso de recursos públicos e privados para pagamento a parlamentares em troca da aprovação no Congresso de projetos de interesse do governo Lula e condenou 25 dos 37 réus. Segundo a denúncia da Procuradoria Geral da República, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado a mais de dez anos de prisão, foi o "chefe" do esquema, o que ele nega.

"O Estado S. Paulo" informa que teve acesso às 13 páginas do depoimento de três horas e meia dado por Marcops Valério no último dia 24 de setembro. De acordo com o texto, Valério procurou voluntariamente a Procuradoria-Geral após ter sido condenado pelo STF pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Em troca do novo depoimento e de mais informações sobre o esquema de desvio de dinheiro público para o PT, Valério pretende obter proteção e redução de sua pena.

Segundo o jornal, o depoimento é assinado pelo advogado do empresário, o criminalista Marcelo Leonardo, pela subprocuradora da República Cláudia Sampaio e pela procuradora da República Raquel Branquinho.


O jornal informa que, aos procuradores, Marcos Valério disse que esteve com o então presidente Lula no Palácio do Planalto, acompanhado do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, sem precisar a data, e afirmou que Lula deu "ok" aos empréstimos do Banco Rural e do BMG para o PT. Valério também disse no depoimento, ainda segundo o "Estado de São Paulo", que repassou R$ 100 mil para despesas pessoais de Lula, por meio da empresa Caso, de Freud Godoy, então assessor da Presidência da República.

A CPI dos Correios, conhecida como CPI do Mensalão, comprovou recebimento de depósito de R$ 98,5 mil de Marcos Valério para a empresa Caso, segundo a reportagem do jornal. Ao investigar o mensalão, a CPI dos Correios detectou, em 2005, um pagamento feito pela SMPB, a agência de publicidade de Valério, à empresa de Godoy. O depósito foi feito, segundo dados do sigilo quebrado pela comissão, em 21 de janeiro de 2003.

A reportagem do jornal afirma ainda que, no depoimento, Marcos Valério disse que o então presidente Lula e o então ministro da Economia, Antônio Palocci, fizeram gestões junto à Portugal Telecom para que a empresa repassasse R$ 7 milhões ao PT. Esses recursos teriam sido enviados por empresas fornecedoras da companhia, por meio de publicitários que prestavam serviço ao PT. Segundo a reportagem do jornal, as negociações com a Portugal Telecom estariam por trás da viagem a Portugal, em 2005, de Valério, seu ex-advogado Rogério Tolentino e o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri.

De acordo com o relato da reportagem, Marcos Valério disse aos procuradores que o PT pagou as despesas de R$ 4 milhões com os advogados dele no processo do mensalão.

No depoimento, segundo o texto, Valério contou que soube, em conversa com o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, que o empresário Ronan Maria Pinto vinha chantageando Lula, Dirceu e e Gilberto Carvalho, ministro de Lula e do atual governo da presidente Dilma Rousseff, em razão do assassinato de Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André. Outro empresário amigo de Lula, José Carlos Bumlai, teria pago R$ 6 milhões para comprar 50% do jornal "Diário do Grande ABC", que vinha publicando reportagens sobre o assunto.
Ainda de acordo com a reportagem, Valério acusou outros políticos de terem sido beneficiados pelo chamado valerioduto, entre eles o senador Humberto Costa (PT-PE).

A reportagem relata ainda que Marcos Valério disse ter sido ameaçado de morte por Paulo Okamotto, atual diretor do Instituto Lula e amigo do ex-presidente. "Se abrisse a boca, morreria", disse o empresário no depoimento à Procuradoria-Geral da República. "Tem gente no PT que acha que a gente devia matar você", teria dito Okamotto a Valério, em encontro num hotel em Brasília, em data não informada pelo depoente, segundo o jornal.

Procurada pelo G1, a assessoria do Banco Rural informou que avalia se divulgará nota sobre o depoimento. O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, afirmou ao G1 que vai se pronunciar após ler a reportagem. As demais pessoas mencionadas pela reportagem do "Estado de São Paulo" negaram as declarações.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Energia no palanque

Aécio Neves para a Folha de S. Paulo

Pouco antes das últimas eleições, a presidente Dilma Rousseff anunciou, em rede de rádio e TV, a decisão de reduzir em 20%, em média, a conta de luz dos brasileiros. Por mais que ficasse claro o viés eleitoral de uma medida a ser implementada apenas seis meses depois, ela mereceu aplauso de todo o país. A grande surpresa veio com a edição da medida provisória 579, que altera radicalmente o marco regulatório do sistema elétrico nacional.

Graves equívocos permeiam a proposta. A começar por reduzir a poucos gabinetes a responsabilidade por mudanças tão profundas, ignorando o Congresso, as empresas do setor, especialistas e vozes qualificadas do seu próprio partido e do governo, alijadas do processo.

A retórica não conseguiu esconder o alto risco que as mudanças carregam. Entre os que se levantam para alertar o governo está a voz corajosa do professor Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras no governo Lula. Ele, como todos nós, concorda com a necessidade de redução do custo da energia, mas alerta que as medidas anunciadas não conseguirão alcançar esse objetivo; que a capacidade de investimento das empresas (leia-se ampliação da oferta, qualidade e segurança dos serviços) ficará comprometida, havendo o risco de desemprego no setor. Ou seja, no fim, quem vai pagar a conta --alta-- é a população. A energia mais cara é aquela que o país não tem.

Com dificuldades de enfrentar críticas e o debate à luz do dia, o PT optou, mais uma vez, pela conveniência de torcer a realidade para que ela ganhe os contornos que lhe interessam. Sem argumentos, preferiu estimular a desinformação criando um mantra a ser repetido com ferocidade pela claque Brasil afora: "O PT quer baixar a conta de luz e o PSDB não deixa!"

Mentem. Na velha tese de que os fins (a permanência do partido no poder) justificam os meios, legitimam a mentira como arma do embate político e desrespeitam os brasileiros, em nome de quem dizem agir.

Pouco importa a desconfortável constatação de que governos do PSDB, como São Paulo, Paraná e Minas Gerais, pratiquem a isenção de impostos nesta área em patamares superiores à de governos do PT. Em Minas, metade das famílias não paga ICMS nas contas de luz. Tampouco que as oposições venham há muito cobrando redução dos cerca de dez tributos federais incidentes sobre a conta de luz.

É o velho PT agindo como sempre fez. Em época de crise, invente um inimigo e desvie a atenção dos seus problemas. Aí está, de novo, o discurso do nós --os bons-- contra eles --os maus. O governo começou a tratar esta questão, tão séria e complexa, em cima de um palanque e, infelizmente, ainda não desceu dele. O país não merece isso.

Dilma, Nossos Empreendedores Entraram É EM GREVE!

Hoje, a grande discussão econômica em Brasília é porque com juros baixos, incentivos fiscais, câmbio favorável, nossos empresários gananciosos que são, não seguem os seus "espíritos animais", segundo Keynes, e investem adoidados.
O que não passa pela cabeça de ninguém em Brasília, é que nossos empreendedores, inovadores, criadores, acabativos, inventores, angels, investidores, administradores, contadores, pequenos e médios empresários sem acesso a benesses do BNDES, estão lentamente desistindo, entrando em GREVE.
Esta possibilidade foi descrita por Ayn Rand, num livro de 1242 páginas (A Revolta de Atlas) que vendeu mais de 12 milhões de cópias no mundo inteiro, mais do que qualquer outro livro de filosofia ou ética, onde ela descreve uma sociedade que se torna disfuncional porque os empreendedores entraram em greve.
Graças a ela, isto nunca ocorreu nos Estados Unidos, mas está ocorrendo no Brasil.
Estes grupos estão desistindo, cansados de serem abusados literalmente por economistas, jornalistas, sindicalistas, juízes de trabalho que acham que eles fazem o que fazem por serem "animais". 
Meu amigo Celso Ming, até pergunta porque "não saem do armário", com todos estes incentivos macro-prudenciais, mostrando que homofobia e empreendofobia coexistem impunemente neste país.
Cansaram de serem demonizados, chamados de "endinheirados", "burgueses", "capitalistas", "insensíveis".
Cansados de pagarem uma carga tributária escravizante, agora antecipadamente sob o eufemismo de "substituição tributária".
Cansados de verem as contas de suas mães, esposas, e as próprias, serem todas "penhoradas", por causas trabalhistas de suas empresas, como se não pagassem salários por maldade, e não por dificuldade.
Graças a Ayn Rand, os Estados Unidos sempre respeitaram o empreendedor.
Os jornais têm cadernos de "Business", o que significa "estar ocupado", e não cadernos de "Economia", onde nunca se fala dos problemas de falta de capital de giro, taxação do lucros reinvestidos, um absurdo, do custo de capital, do conluio Banco Central = Bancos, enfim, dos problemas que afetam as nossas empresas. 
Em 1992, propus a Revista Exame, 42 indicadores como "benchmarking", algo que seria útil para as empresas, e a resposta foi a necessidade de reduzir custos, foi quando eu desisti.  


Portanto Dilma, achar que empreendedores são mulas  que correm na direção das cenouras que colocam na frente é um insulto a todos os empreendedores, inovadores, criadores, acabativos, inventores, angels, investidores, administradores, contadores, pequenos e médios empresários sem acesso a benesses do BNDES deste país.
Steve Jobs não fez o que fez por "espíritos animais". Trabalhou 5 anos por um salário de US$ 1,00 por ano.
Nem Eike Batista que sabe que jamais poderá gastar os seus bilhões, como também sabem Warren Buffet e outros.
Achar que empreendedores, inovadores, criadores, acabativos, inventores, angels, investidores, administradores, contadores, pequenos e médios empresários sem acesso a benesses do BNDES são motivados exclusivamente pelo lucro, é um atraso de vida.
Eles querem fazer algo na vida, querem ser úteis, querem ter o prazer de ver pessoas comprarem seus produtos a um preço maior do que foi produzido, quem diria, porque obviamente consumidores veem valor no que compram. 
Algo que aqueles que dão tudo de graça jamais terão certeza.
Dilma, comece a ler o meu artigo Administradores de Esquerda, meu derradeiro artigo na Veja, e perceba quão afastada a Sra. está com alguns avanços da administração.
Depois se cerque de empreendedores, inovadores, criadores, acabativos, inventores, angels, investidores, administradores, contadores, pequenos e médios empresários sem acesso a benesses do BNDES, e não destes empresários que mamam nas tetas do governo.
São estes que a Sra. deveria ouvir, para o bem deste país.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

21 empresas laranjas receberam R$ 545 milhões da Delta nos últimos 5 anos

É preciso investigar a fundo o que foi levantado na CPMI do Cachoeira, 
21 empresas laranjas receberam R$ 545 milhões da Delta nos últimos 5 anos. 
Precisamos saber mais sobre esta operação que é 3x maior que o mensalão 
em recursos desviados. #pizzanao


Grupo cede para evitar pizza na CPI do Cachoeira

O relator está disposto a incorporar no texto um pedido para o Ministério Público investigar 21 empresas laranjas que receberam R$ 545 milhões da Delta nos últimos 5 anos


Cachoeira: parlamentares querem evitar que a CPI 
seja concluída sem um relatório final

Brasília - Na tentativa de evitar que a CPI do Cachoeira termine em pizza, o grupo de parlamentares chamado de "independentes" está decidido a votar a favor do relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG). Integrado pelos deputados Miro Teixeira (PDT-RJ), Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR) e pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT), o grupo tem divergências em relação ao parecer do petista e estuda apresentar um voto em separado, mas não descarta aprovar o texto de Cunha para evitar que a CPI seja concluída sem um relatório final.

Para conquistar os votos do grupo, o relator está disposto a incorporar no texto um pedido para o Ministério Público investigar 21 empresas laranjas que receberam R$ 545 milhões da empreiteira Delta nos últimos cinco anos. Os votos dos independentes são essenciais para o relatório de Cunha, apresentado em sua primeira versão há duas semanas, ser aprovado.
Parte da base aliada, em especial do PMDB, se uniu ao PSDB para retirar do parecer o pedido de indiciamento do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo; e do dono da Delta Construções, Fernando Cavendish; além da investigação das transações feitas pela empreiteira. No relatório final, Cunha recomenda ao Ministério Público que investigue 117 empresas, incluindo a Delta, que movimentaram R$ 84 bilhões nos últimos dez anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O crime nosso de cada dia...


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

No país da Operação Porto Seguro, MEC aplica uma prova que traz uma tirinha retratando sexo oral! É o Brasil assombrando o mundo!

Por Reinaldo Azevedo

Há muito tempo, como vocês sabem, venho alertando para a progressiva delinquência intelectual das provas oficiais aplicadas pelo MEC e seus entes subordinados. Há dias, apontei – e ainda falta tratar de outras questões da prova – a patrulha ideológica explícita, arreganhada, no exame do Enade (o provão) para os estudantes de jornalismo. A prova de redação do Enem era pura feitiçaria dita “progressista”. Também tenho destacado a obsessão dos examinadores por tirinhas de jornal, charges, quadrinhos…  Trata-se de uma suposta tentativa de modernizar a linguagem das provas de seleção ou de avaliação, na suposição de que se está a usar o “universo do educando”. É uma das heranças malditas de Paulo Freire na educação brasileira. Não é o único lixo intelectual que ele deixou, não, que ajuda a manter a educação brasileira no buraco. Há outros.  Pois bem. Some-se a tudo isso o ódio que os fazedores de prova têm ao capitalismo, à propaganda e à “mídia” e acrescentem-se pitadas de, deixem-me ver como chamar, “moral alternativa”. A mistura é explosiva. Cedo ou tarde se chegaria ao que aconteceu na prova da seleção do Instituto Federal de Educação do Espírito Santo (IFES). Uma tirinha, de maneira inequívoca, clara, insofismável, retrata o… sexo oral. Vejam.















Se as provas de história e geografia já viraram terra de ninguém (pode-se perguntar qualquer coisa sob o pretexto de incentivar o “espírito crítico”), nada se equipara, no entanto, ao que está em curso nas provas de língua portuguesa. As questões sobre “interpretação de texto”, como é o caso, costumam apelar ao mais escancarado proselitismo. E o próprio instituto confessa isso. Pais e estudantes protestaram contra a questão. A escola emitiu a seguinte nota oficial, que combina várias formas de delinquência intelectual. Prestem atenção (os destaques em vermelhito são meus).
Quanto ao “Texto 02” da prova de Língua Portuguesa do Processo Seletivo para Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes, realizado neste domingo (2), a Banca Elaboradora da prova esclarece que os quatro textos selecionados, bem como as questões de 1 a 15, abordavam estratégias publicitárias e mensagens textuais utilizadas pela propaganda, questionando a influência dessas.A Banca afirma que não viu a tirinha selecionada com “olhar pornográfico”, mas deteve-se no foco textual, que faz uma crítica a algumas abordagens realizadas pela Publicidade. Nas palavras da Banca Elaboradora, “o último quadro é uma sequência dos primeiros, que sugerem o tipo de leitura pretendido”.

A Gerência de Processos de Seleção do Ifes esclarece que as questões de prova dos processos seletivos são elaboradas por profissionais do quadro efetivo do Instituto, indicados pela coordenadoria (setor que reúne docentes de uma mesma área de conhecimento) responsável pela disciplina da prova em questão. Após a elaboração, as questões são encaminhadas à Gerência de Processos de Seleção apenas para formatação da prova, tendo em vista a necessidade de manter o conteúdo restrito ao menor número possível de servidores, para garantir o sigilo dado às provas até o momento de sua aplicação.

O Instituto Federal do Espírito Santo está analisando quais são as providências possíveis neste caso.

Voltei
Entendi. Nada menos de 15 questões são dedicadas ao ódio ao capitalismo e à publicidade. Boa mesmo era a Alemanha Oriental, onde só existia a propaganda oficial. Sociedades comedidas, sem esse apelo ao consumo, são Cuba e a Coreia do Norte, por exemplo. Por lá o ideal de equilíbrio e sobriedade da civilização se realiza.
Mais: essa crítica à propaganda, feita de modo tão bucéfalo, Deus meu!, é velha, ultrapassada, da década de… 60! A publicidade, hoje em dia, ao contrário da caricatura estúpida feita acima, descobriu a eficiência da metalinguagem. Ela deita um olhar crítico sobre si mesma. É, com raras exceções, politicamente correta a mais não poder. Uma propaganda de desodorante que está no ar, diga-se, mostra, sim, um monte de mulheres aos pés do rapaz. Trata-se, evidentemente, de uma peça de humor, que brinca com o ridículo. Os publicitários são bem mais inteligentes do que esses pterodáctilos de esquerda, que ficam atormentando nossos jovens nas escolas públicas e privadas e nas universidades.
A coisa mais parecida com os esquerdistas infiltrados no ensino é o Taleban…
Despropósito
Essa prova é destinada a alunos que pretendem fazer o curso técnico integrado ao ensino médio. Foi aplicada, então, também a quase crianças, que acabaram de sair do ensino fundamental. Voltem à nota estúpida. Segundo o instituto, a prova seria séria porque, afinal, foi aplicada por gente séria… Ah, bom! A direção do IFES, no entanto, se isenta de qualquer responsabilidade.  
Diz o IFES que a banca que elaborou o exame não viu o sexo grupal e oral com “olhar pornográfico”. Ah, bom! Só existe pornografia quando a imagem busca o deleite. Quando se faz uma crítica ao capitalismo e à sociedade de consumo, então o que se tem é só exercício da inteligência.
Penso no mais recente escândalo do Brasil, com suas peripécias que misturam assuntos públicos, embargos e desembargos de alcova e ladroagem… Tudo bem pensado, por que o MEC não aplicaria uma prova com uma tirinha retratando sexo oral? Faz sentido!
Não será fácil tirar a educação brasileira do abismo em que se encontra. À diferença do que imaginam alguns, o problema principal não é a falta de recursos, mas a estupidez militante que tomou conta da área. Todos os “inimigos do capitalismo” – amigos do próprio rancor e da própria incompetência – se juntaram nesse nicho. Destroem gerações de alunos.
A área sempre foi ruim. Com a chegada do petismo ao poder, atingiu-se o estado da arte. As bestas ao quadrado estão convictas de que o socialismo no Brasil começará pela… educação!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Ministro da Justiça abusa da desfaçatez e afirma que PF não fez escutas telefônicas na Porto Seguro


  
Conversa mole – Como antecipou o ucho.info, o Palácio do Planalto, a perceber o grau de envolvimento de Lula no escândalo descoberto na Operação Porto Seguro, tratou de subtrair do inquérito da Polícia Federal os 122 trocados entre o ex-presidente e Rosemary Nóvoa de Noronha, que se apresentava como namorada do petista.
Escalado pelo governo para ir ao Congresso para dar explicações sobre a operação da Polícia Federal, o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, eloquente e escorregadio que é, está enrolando os parlamentares que participam de audiência na Câmara dos Deputados.
Orientado para não revelar a verdade, Cardozo disse que durante as investigações a Polícia Federal não quebrou o sigilo telefônico de Rosemary Nóvoa de Noronha, como se os policiais envolvidos fossem inexperientes ou estreantes.
Se José Eduardo Cardozo não sabe, é importante que alguém lhe informe que qualquer investigação policial, em especial da competente Polícia Federal, nenhum delegado ou agente deixa de começar o trabalho por escutas telefônicas.
Ou seja, Cardozo, que deseja enganar o povo brasileiro, só faltou afirmar que mais uma vez o abusado Luiz Inácio da Silva é vítima de um golpe arquitetado pela oposição e pelos setores conservadores do Judiciário.
Tudo bem, ministro, vamos fingir que somos todos idiotas e que o Partido dos Trabalhadores é uma agremiação que reúne inocentes com gênios.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Faz sucesso nas mídias socias...


Corrupção: Ao lado do ex-presidente Lula, Rose conheceu 24 países

Ex-chefe de gabinete da Presidência em SP era figura constante em comitivas presidenciais até 2011. Em uma das viagens, negociou indicação da filha à Anac

Notícia publicada em Veja

Indiciada pela Polícia Federal por envolvimento em um esquema de tráfico de influência e venda de pareceres técnicos no governo federal, a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha, a Rose, era presença constante nas comitivas presidenciais durante os dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para se ter uma ideia, ela conheceu, ao lado de Lula, 24 países entre os anos de 2003 e 2010. É o que mostra levantamento da ONG Contas Abertas divulgado nesta terça-feira. A partir de 2011, ano em que Dilma Rousseff assumiu a Presidência, Rose fez apenas uma viagem com as despesas pegas pela União: a Brasília, em setembro deste ano.
Foi justamente em uma das viagens ao lado de Lula que Rose negociou com o ex-presidente a nomeação de sua filha, Mirelle, para um cargo na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Tanto a viagem não oficializada quanto a negociação do cargo para a filha estão registrados em e-mails interceptados pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, deflagrada na sexta-feira. A operação derrubou Rosemary e Mirelle de seus cargos na administração pública. A filha pediu exoneração nesta segunda-feira. Rosemary foi demitida no sábado, depois de ser indiciada pelo seu envolvimento com os irmãos Paulo e Rubens Vieira, presos provisoriamente e indiciados por utilizar seus cargos de hierarquia elevada em agências reguladoras para fraudar procedimentos e promover negócios escusos.
De acordo com o levantamento, o ano em que Rose viajou ao maior número de localidades foi 2009. A ex-assessora esteve em missões oficiais com o presidente ou o vice-presidente na Alemanha, Portugal, França, Grã-Bretanha, Catar, El Salvador, Guatemala, Costa Rica, Paraguai, Ucrânia e Venezuela. Nesse ano, Rosemary recebeu 13.300 reais em diárias.
Em 2008, viagens presidenciais levaram Rosemary a Gana, Peru, Espanha, Portugal, El Salvador e Cuba: 9.500 reais foram pagos em diárias nesse exercício. Já em 2010, os valores das diárias chegaram a 15.000 reais. Apesar do montante, apenas sete países foram visitados: México, Cuba, El Salvador, Rússia, Portugal, Moçambique e Coréia do Sul. Também está na lista da “volta ao mundo” de Rose a Bélgica.
Rose usava o nome de Lula para fazer tráfico de influência, indicam escutas telefônicas feitas pela PF durante a Operação Porto Seguro. A investigação da PF começou há mais de um ano. Rosemary foi flagrada negociando suborno em dinheiro e favores, como uma viagem de cruzeiro (que ela depois reclamou não ser luxuoso o suficiente) e até uma cirurgia plástica. Na última conversa dela gravada antes da deflagração da operação, a ex-assistente de Lula pediu 650 000 reais pelos serviços prestados.
Segundo a investigação, o papel dela era fazer a ponte entre empresas que queriam comprar pareceres fraudulentos de órgãos do governo e as pessoas do governo que poderiam viabilizar a emissão dos documentos. Rosemary foi nomeada por Lula para esse cargo em 2005 e, desde então, esteve muito próxima ao petista. O fato de assessorar o ex-presidente fez com que ela própria se tornasse uma pessoa politicamente articulada. Assim, foi capaz de influir na nomeação de homens do alto escalão de agências do governo, como os irmãos Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), e Rubens Carlos Vieira, diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ambos presos pela PF.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mais um super-herói social

Guilherme Fiúza para O Globo
José Dirceu acertou uma: disse que o populismo chegou ao Supremo Tribunal Federal. E chegou mesmo. Não no mérito do julgamento do mensalão, que é o que Dirceu quer desclassificar. Mas nas maneiras e nos discursos afetados dos ministros, em especial o presidente que a Corte acaba de empossar, Joaquim Barbosa — o novo herói brasileiro.
O presépio está ficando completo: a “presidenta”, afilhada do ex-operário, que indicou o negro para a elite do Judiciário. Negro como Barack Obama, o presidente da nação mais rica, que ganhou o Nobel da Paz sem fazer nada — não por seus belos olhos, mas pela cor da sua pele. O mundo politicamente correto é racista.
Depois do Nobel “étnico”, Obama começou a trabalhar e mostrou enfim quem era: um líder fraco, canastrão, tentando se equilibrar entre o conservadorismo americano e seu símbolo de defensor dos fracos. Não agradou verdadeiramente a ninguém. Conseguiu uma reeleição apertada contra um dos piores candidatos republicanos dos últimos tempos. E já saiu anunciando aumento de impostos para os “ricos” — a única coisa que os populistas sabem fazer: garfar quem produz e quem investe para engordar a burocracia estatal.
Claro que Obama não vai produzir bem-estar social nenhum desse jeito, sangrando uma economia asfixiada a pretexto de distribuir renda. Os esquerdistas que emergiram na Europa panfletando contra o rigor fiscal alemão já começaram a dar com os burros n’água. As sociedades cresceram demais, e o que pode salvá-las é mais dinamismo, e não mais impostos e gastos estatais. Mas o mito do governante bonzinho que vai salvar a todos parece indestrutível.
O Brasil vive esse sonho de ter um governo mais humano por ser presidido por uma mulher. As pessoas acreditam em qualquer coisa. Basta ver os argentinos dando corda para os delírios autoritários de Cristina Kirchner (o presépio progressista tinha que ter uma viúva profissional). Cristina e Dilma são irmãs gêmeas em certas decisões maternais, como a redução na marra das tarifas de energia. O desastre decorrente dessa bondade já se consumou na Argentina, e começa a se consumar no Brasil, com as ações das empresas do setor desabando vertiginosamente. É comovente como o populismo arruína as estruturas de um país sem perder a ternura.
Enquanto a propaganda do oprimido funcionar, o governo sabe que não precisa governar. A última pérola é a campanha publicitária da Infraero. Como se sabe, o governo Dilma não planeja nada (não dá tempo), e aí vem a Copa do Mundo jogar um holofote nos remendos da infraestrutura. O que faz então o governo? Propaganda. Após anos de escárnio no Aeroporto Internacional do Galeão, onde já se viu até passageiro arrastando bagagem pela escada por falta de elevador, o contribuinte tem que ouvir agora a mensagem de que a Infraero está trabalhando pelo seu conforto etc. Podem zombar, os brasileiros não ligam.
Nem se importam que o ministro da Justiça faça comício contra as prisões brasileiras, quando seus companheiros mensaleiros se encaminham para elas. José Eduardo Cardozo disse que preferia morrer a ir preso no Brasil. Aparentemente, também prefere a morte a ter que descer do palanque e administrar as prisões. Com a crise de violência em São Paulo, um preposto do ministro apareceu para declarar que ofereceu uma maleta detetora de celulares ao governador paulista. O mais importante era avisar à imprensa que o governo tucano não respondera à generosa oferta. Em meio à onda de mortes, a estratégia do governo popular era fazer pegadinha partidária.
Cardozo disse que as prisões brasileiras são medievais. Em seguida, por coincidência, Dias Toffoli, o ministro do PT no Supremo, declarou que as penas de prisão para os mensaleiros são medievais. Os brasileiros não se incomodam de ter um juiz partidário fingindo que julga seus companheiros, e aí ficam achando que o que julga de verdade é herói.
Onde está o heroísmo de Joaquim Barbosa? Ele foi o relator de um processo julgado sete anos depois do fato — e nesse intervalo o partido dos réus fez a festa em três eleições. A estratégia petista de fazer o mensalão sumir no retrovisor só não deu certo porque a imprensa gritou contra o escândalo do escândalo — e praticamente empurrou o STF para o julgamento.
Joaquim fez bem o seu trabalho. Mas também fez bravatas, mostrou pouca serenidade em bate-bocas com colegas (tivera um embate público quase infantil com Gilmar Mendes), se empolgou às vezes com sua própria mão pesada, mostrou-se intolerante e preconceituoso ao dizer a jornalistas que eles estavam fazendo “pergunta de branco”. Tomou posse no STF com discurso militante, para delírio dos progressistas que o veneram por sua origem pobre e pela cor da sua pele.
O Brasil mimou o ex-operário e não aprendeu nada com isso. Continua em busca do seu super-herói social. Os parasitas da nação agradecem. Eles se saem muito bem no reino da fantasia.
Fonte: O Globo, 24/11/2012

Odair Cunha, o estafeta da turma da vendeta, está isolado; só petistas aceitam aprovar suas insanidades


O relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), está de parabéns! Raramente se viu tamanho isolamento de alguém na sua função. Exceção feita aos petistas, ninguém aceita aprovar o seu relatório insano. Entre servir ao país e se comportar como mero estafeta dos petistas que querem vingança, fez a escolha errada — ou “certa”, quando se é do partido…
Nunca se viu nada assim. O pedido de indiciamento do jornalista Policarpo Júnior, da VEJA, por exemplo, foi decidido pelo comando do PT — por gente que nem mesmo participou da comissão. Júnior não foi nem investigado nem ouvido. O partido também exigiu que Roberto Gurgel fosse incluindo no relatório. Nos bastidores, Cunha admite que se comporta mesmo como pau-mandado. É um escracho e um acinte.
Leiam o que informa Chico Gois, no Globo:
A CPI do Cachoeira corre o risco de chegar ao fim sem ter um relatório aprovado. Integrantes da comissão, de todos os partidos, demonstram, em público e nos bastidores, que se sentem incomodados com o texto final preparado pelo relator, o deputado Odair Cunha (PT-MG). Alguns argumentam que não concordam com o indiciamento do jornalista Policarpo Júnior, da “Veja”, nem com investigação sobre atos do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Outros, sem alarde, discordam do indiciamento de Fernando Cavendish, ex-dono da construtora Delta, embora, publicamente, digam o contrário. Líderes do PMDB diziam que o partido votará contra o relatório.
Nesta quinta-feira, Odair Cunha — que acrescentou os pontos polêmicos em seu parecer após sofrer pressão da cúpula do PT — percebeu que uma maioria se formava na CPI contra seu texto. Por isso, pediu o adiamento da leitura para a próxima quarta-feira. Disse que desejava dialogar com seus colegas para que o relatório reflita o pensamento da maioria da comissão. Mas observou: “Tenho limites no diálogo”.
Disse que está disposto a retirar nomes ou incluir outros, sem citar nomes. A decisão do adiamento da leitura do relatório final surpreendeu os parlamentares. Ao chegar à CPI, Odair Cunha disse que leria o documento. Depois, ausentou-se por cerca de 20 minutos e, na volta, anunciou sua intenção.
“Estamos trabalhando para derrotar o parecer do relator. Este relatório não dá para salvar”, disse o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ). O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) já adiantou que votará contra o parecer de Odair Cunha: “Devíamos aprofundar as investigações, a quebra de sigilos. É um relatório insano”.
Na avaliação de alguns parlamentares, mesmo que Odair Cunha retire as menções ao jornalista e ao procurador-geral, haverá dificuldades para votar o parecer. Um deputado, que não quis se identificar, disse que alguns de seus colegas viram no indiciamento de Policarpo e no pedido de investigação contra Gurgel a desculpa para votar contra o relatório, embora o que desejam impedir é o indiciamento de Cavendish.
Os parlamentares que conversaram com o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), foram orientados a não apoiar o relatório. A alegação é que o partido foi surpreendido pelo teor do texto e não foi consultado sobre o indiciamento do ex-dono da Delta. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) discordou do adiamento: “A investigação foi pessoal, direcionada e restrita. Só foram poupados os aliados, e atacados com veemência aqueles que a sanha persecutória do ex-presidente Lula determinou. Vamos adiar por quê? Não tem segurança para lê-lo?”
(…)


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Senado sacramenta mamata



Editorial do Estadão - 22/11/2012
Brasília é o hábitat natural da elite da classe política, representada pelos nobres parlamentares federais. Vivem ali muitos desses ilustres representantes do povo - pelo jeito, a maioria - numa espécie de mundo da fantasia que construíram para seu deleite, apartado da realidade cotidiana e frequentemente conflitante com o senso comum. Vivem indiferentes ao fato de, do outro lado da Praça dos Três Poderes, o Judiciário dar inequívocas demonstrações de que o País está perdendo - se já não perdeu - a paciência com o comportamento ominoso e ultrajante dos maus homens públicos que se julgam no direito de inventar uma nova "ética" no trato da coisa pública. E cometem, sem o menor pudor, nova e escandalosa afronta à probidade, jogando a conta do abuso no colo do contribuinte.
O leitor atento certamente se dará conta de que já leu o texto acima. É verdade. Foi o que escrevemos neste espaço há menos de dois meses, no dia 30 de setembro, sob o título Enquanto isso, no Senado..., quando a Mesa Diretora da Casa, à frente o notório José Sarney, anunciou a intenção de pagar ela mesma - ou seja, transferindo o prejuízo para o contribuinte - o calote de R$ 11 milhões aplicado pelos senadores no Imposto de Renda (IR). Na terça-feira passada os caloteiros sacramentaram a mamata. Confirmaram a escandalosa notícia de setembro.
É inacreditável, para dizer o mínimo, a insensibilidade com que os 84 senadores jogam um balde de água fria no entusiasmo e no sentimento de alívio com que o cidadão brasileiro comemora uma decisão histórica do Poder Judiciário que parece sinalizar o fim da ancestral impunidade dos poderosos. Impecável e impassivelmente envergando seus colarinhos brancos, os 84 senadores, alguns por habitual esperteza, outros por covarde omissão, não precisaram mais do que um minuto, 60 segundos, para se calarem, olharem para o outro lado, fingirem que nada estava acontecendo e permitirem a ratificação do abominável Ato n.º 14 da Comissão Diretora da Casa. Dispõe a medida, em seu artigo 1.º: "O Senado Federal, na condição de responsável tributário, procederá ao pagamento do Imposto de Renda incidente sobre os valores percebidos pelos senadores a título de ajuda de custo, referentes aos exercícios financeiros anteriores à edição do presente Ato, respeitada a prescrição quinquenal".
Chama a atenção a maneira, digamos, sutil, como o texto do Projeto de Resolução ora aprovado expõe a matéria. Não há nenhuma referência explícita, direta, ao fato de que o Senado vai pagar o IR que deveria ter saído do bolso dos senadores. A referência é indireta, ao Ato n.º 14, de setembro último, que decidiu pelo pagamento e que "regula o entendimento sobre a natureza jurídica da parcela prevista no art. 3.º do Decreto Legislativo n.º 7, de 1995". Foi esse decreto que criou os salários extras extintos em setembro.
Para lançar o prejuízo na conta da viúva, a Mesa do Senado recorre a uma série de argumentos, inclusive uma decisão da Segunda Turma do STJ, prolatada em fevereiro do ano passado, que dá apoio à tese de que os chamados 14.º e 15.º salários que até recentemente eram pagos aos parlamentares (sobre os quais não foi recolhido IR) têm caráter indenizatório e por este motivo sobre eles não incide Imposto de Renda. A matéria talvez seja discutível do ponto de vista legal. Mas isso não elide a responsabilidade eminentemente política do Senado Federal, a quem a Constituição atribui funções legiferantes e fiscalizadoras. E ter responsabilidade política significa, entre outras coisas, dar o bom exemplo.
Não é, portanto, sensato, nem justo, e muito menos democrático - para não falar em decente -, que aqueles sobre cujos ombros recai a responsabilidade de legislar o façam em benefício próprio, especialmente quando se trata do pagamento de impostos. E justo num país cuja máquina arrecadadora é implacável com os cidadãos comuns e tem uma das mais pesadas cargas tributárias do planeta. A manifestação dessa ignominiosa esperteza - a de legislar em causa própria para transferir para o contribuinte o ônus da sonegação fiscal -, esse cínico dar de ombros à probidade por parte de quem deveria zelar por ela, isso é tudo o que a cidadania precisa para se desencantar de vez com as instituições republicanas.

Da realidade para a ficção – Seriado americano liga PT a fraudes




Por Reinaldo Azevedo


Xiii… Será preciso mobilizar o Marco Aurélio Garcia, o Antônio Patriota, as agências de publicidade, lobistas etc. O Partido dos Camaradas Companheiros, o PT, entrou no radar dos seriados americanos. Um deles, informa Cristina Tardáguila, no Globo, levou ao ar um episódio em que o partido aparece envolvido em fraudes.

O petista de destaque nesse episódio se chama “Hector Campos”… Hector??? No Brasil??? Acertaram no partido, mas erraram no idioma, hehe. Não adianta! Eles acham mesmo que, do México para baixo, só se fala espanhol. Não perdem dois minutos consultando o Google… Leiam o texto publicado no Globo online.
*
Nem o boom econômico nem o julgamento do mensalão conseguiram evitar que a política brasileira deixasse de ser tachada como corrupta em produções de origem americana. No capítulo do seriado “Person of interest” exibido no Brasil na última quarta-feira pela Warner Channel, a protagonista era Sofia Campos, filha de um diplomata brasileiro que sempre se atrasa para eventos oficiais e que pretende concorrer à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo o episódio, que usa reportagens fictícias escritas em português como imagens de apoio para dar corpo à trama, o grupo político que está no poder no país desde 2002 está envolvido em fraudes eleitorais e tem membros suscetíveis a subornos.

A série “Person of interest” faz sucesso desde o ano passado ao narrar a história de um bilionário misterioso que desenvolveu um programa de computador capaz de vigiar indivíduos e antecipar sua participação em crimes — seja como vítima, agressor ou testemunha. Em cada capítulo, o espectador acompanha a solução de um único caso.

No terceiro capítulo da segunda temporada, exibido na americana CBS no dia 18 do mês passado, os políticos brasileiros estão na mira. A morena Sofia Campos, interpretada pela mexicana Paloma Guzmán, é a filha indomável de Hector Campos — diplomata destacado para atuar no fictício consulado de Nova York e que é candidato à presidência do Brasil pelo PT.

“Sofia foi aceita em Oxford” — explica a voz do misterioso milionário em off já no segundo minuto da trama. “E o partido político do pai dela foi acusado de fraude na última eleição. Sequestros políticos não são incomuns no país dela”.

E, enquanto apresenta a protagonista, o seriado usa como imagens de apoio matérias fictícias publicadas por sites brasileiros sobre o PT. Numa delas, o título é claro: “DEM acusa de fraude o comitê eleitoral do PT”. No corpo da matéria, informa-se que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investiga o partido.

Quando Hector Campos entra em cena, a voz do milionário volta ao off e destaca que o diplomata não aprova o namoro de Sofia com um “mauricinho” de Nova York chamado Jack. “A campanha política de Hector salienta igualdade socioeconômica para todos. Enquanto isso, sua filha passeia pela cidade com um cara rico”.

Enquanto Sofia se envolve com narcotraficantes, o seriado levanta a hipótese de uma conexão entre a máfia e a política brasileira. E Sofia não colabora. “Ela já teve mais de seis seguranças este ano, ninguém consegue acompanhá-la” — explica o pai, ao contratar mais um brutamontes. “Nem os seguranças do consulado?” — questiona ele. “Não. Eles são brasileiros. Suscetíveis ao suborno político, à espionagem, a vazar fofocas para a imprensa.”

Chega! Ninguém suporta mais tanto imposto

Comentário deste blog ao post anterior 

Passou da hora do brasileiro saber quanto paga de impostos. Carregamos nas costas um estado obeso e ineficiente. Pagamos tributos escandinavos e recebemos serviços públicos de péssima qualidade. Ontem mesmo, saiu a notícia que o salário de servidores da Câmara dos Deputados sofreu reajuste de 40%, saltando de 6 mil reais para 10 mil reais. Servidores esses sem nível superior, como por exemplo, motoristas. Pergunto, além dos privilegiados funcionários públicos, alguém nesse país teve reajuste salarial nesse patamar?  
Ora, Brasília, a ilha da fantasia, que não produz nada de tangível, nenhuma indústria sequer, nenhum pólo de turismo, agropecuária, petróleo e gás, tecnologia; apenas serviços alavancados pelo  funcionalismo público. A ilha da fantasia ostenta o surreal título de "a maior renda per capita" do país. 
Lá é comum ver Porshes e Ferraris circulando pelas ruas. Chama a atenção a concentração de lanchas de luxo no Lago Paranoá. E nós todos pagando a farra, sem dar a devida atenção para o absurdo da situação. 
Tiradentes, coitado, morreu lutando contra o quinto dos infernos, ou seja, 20% de tributos. Hoje, pagamos o dobro, 40%. Mas nossa metrópole já não está além mar, mas sim, no Planalto Central.    
Segundo cálculos da entidade Contas Abertas, de R$100 que chegam à Brasília menos de R$10 voltam para a sociedade em forma de investimentos públicos. Os outros R$90 são consumidos pela máquina inchada, repleta de cabides de emprego; pela burocracia; pelos privilégios que só o setor público pode garantir e, claro; pela corrupção sem fim.  
Portanto, cabe ao cidadão de bem pressionar para que esse Projeto de Lei, seja sancionado pelo Senado e pela "Presidenta" Dilma. 
Se a iniciativa privada é obrigada a informar, de forma clara e transparente ao consumidor quais os valores que estão sendo cobrados (para tudo), porque o estado está isento de informar o quanto arrecada em cada transação comercial? 
Avante nação, agora é hora de divulgar a causa e pressionar. 
Como rege a Constituição: "Todo poder emana do povo, e em seu nome será exercido."      

p.s.: Em breve, devido post sobre a soltura de Carlinhos Cachoeira e as manobras da CPI para tirar a Delta do foco das investigações. Vale ressaltar, que a Delta, a construtora do PAC, está envolvida em licitações suspeitas, superfaturamentos nas obras e em um gigantesco esquema de corrupção, até mais grave que o mensalão. O Sr. Carlinhos Cachoeira é apenas a ponta do iceberg. 

Câmara aprova discriminação de impostos na nota fiscal


Brasileiro terá de ser informado da carga tributária incidente nas mercadorias e serviços; se aprovada pela presidente, medida entra em vigor em seis meses



Valor aproximado de nove impostos terá de ser discriminado nas notas fiscais. São eles ICMS, ISS, IPI, IOF, IR, CSLL, PIS/PASEP, Cofins e Cide

O consumidor brasileiro terá de ser informado do montante de impostos pagos na compra de mercadorias e serviços. Projeto de lei que fixa essa diretriz foi aprovado nesta terça-feira pela Câmara dos Deputados, obrigando a discriminação em notas e cupons fiscais dos preços de bens e serviços adquiridos e, em separado, do valor aproximado dos impostos que incidem sobre eles. A nova regra vale para impostos e contribuições federais, estaduais e municipais. Apresentada ao Congresso em 2006, com mais de um milhão de assinaturas, a proposta já foi aprovada pelo Senado e agora irá à sanção presidencial.
Nove impostos – Pelo projeto, as novas regras passarão a valer dentro de seis meses. A proposta prevê que sejam computados globalmente nove tributos que incidem sobre produtos e serviços: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre Lucro Liquido (CSLL), PIS/PASEP, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
Além da nota fiscal, a informação da carga tributária incidente sobre o produto poderá constar de painel fixado em lugar visível do estabelecimento ou ainda divulgada por qualquer outro meio eletrônico ou impresso.
Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) revela que a carga tributária incidente sobre a gasolina, por exemplo, chega a 53%. O sabão em pó tem 41% de impostos, enquanto sabonete e pasta de dente chegam a 37%. Ao comprar uma camisa ou um vestido, o consumidor paga 35% de impostos, taxas ou contribuições.
Sem a discriminação na nota fiscal, que ainda pode ser vetada pela presidente Dilma Rousseff, o brasileiro paga elevadas taxas de imposto sem saber simplesmente ao consumir. São tributos, até o momento, 'invisíveis'.





"A informação vai despertar nas pessoas o sentimento de pagador de impostos. Vai tornar visível o que está sendo pago", afirmou o líder do PSD, deputado Guilherme Campos (SP), relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Segundo ele, a nota fiscal deverá trazer o valor da mercadoria ou serviço e separadamente o valor em real ou o porcentual relativo ao total de impostos. "O consumidor pagará o valor total da mercadoria, mas saberá pela nota quanto é de imposto", explicou Campos. "Agora sabendo o quanto paga de imposto, a população pode cobrar melhorias nos serviços do governo", disse o deputado Cesar Colnago (PSDB-ES).
Derrota do governo – O governo era contra a proposta e tentou fazer uma manobra para aprovar outro projeto, que ainda precisava ser votado no Senado. Mas diante da pressão dos deputados, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), concordou com a votação. Ele fez, no entanto, uma ressalva de que o projeto deveria ter sido precedido de ampla discussão sobre o sistema tributário brasileiro.

Privatize Já!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pena dos hermanos...





















O patrimônio da família Kirchner aumentou de cerca de 7 milhões de pesos argentinos para aproximadamente 82 milhões de pesos argentinos (3 milhões a 35 milhões de reais), entre 2003 e 2011, segundo matéria publicada nesta segunda-feira pelo jornal argentino La Nación.

Segundo o jornal, que cita números apresentados apresentados pelos Kirchner à Secretaria Anticorrupção, o patrimônio de 89,3 milhões de pesos argentinos é reduzido por uma dívida de quase 7 milhões contraída com uma empresa da qual a presidente Cristina Kirchner é acionista, a companhia que controla um hotel de luxo na Patagônia. O patrimônio inclui 12 apartamentos, seis casas, seis terrenos, ações e depósitos em dinheiro, entre outros bens.
A publicação afirma que o patrimônio seria ainda maior se os imóveis fossem declarados com o preço atual de mercado – algumas residências em Río Gallegos, região natal da família, foram declaradas com valores entre 4 mil e 5 mil pesos argentinos (algo entre 1,72 mil e 2,15 mil reais).
O grande salto no patrimônio dos Kirchner foi registrado em 2008, aponta o jornal. Naquele ano [primeiro do primeiro mandato de Cristina como presidente] o casal passou a declarar 63,5 milhões (contra 26,5 milhões do ano anterior).
Desse total, 14 milhões resultaram da venda de propriedades que antes haviam sido declaradas a preços irrisórios. Foi também o período em que foram criadas as duas empresas dedicadas ao ramo da hotelaria.
A maioria das propriedades foi adquirida entre os anos de 1977 e 1982, durante a ditadura militar, quando estudavam direito. Os Kirchner eram representantes de bancos e financeiras dedicadas a realizar cobranças extrajudiciais, lembra o La Nación.
O patrimônio cresceu de maneira exponencial graças aos dividendos provenientes das propriedades do casal, principalmente oriundos de aluguel. Durante o governo de Néstor Kirchner, o casal adquiriu 18 propriedades em Santa Cruz [província do sul da qual Río Gallegos é a capital].
Meses antes das eleições de 2007, quando Cristina sucedeu o marido, outros dez apartamentos foram comprados pelo casal em Río Gallegos. Pouco depois das eleições, 14 imóveis foram vendidos.
Em uma palestra em Harvard, em outubro, ao ser questionada sobre o aumento de seu patrimônio [algo dificílimo de ocorrer em seu país, porque Cristina não concede entrevistas à imprensa], a presidente disse que ele resulta de seu passado como “advogada de sucesso” e de seu presente como “mandatária de sucesso”.
Enquanto isso, censura à imprensa e nas ruas, "panelaço", inflação galopante, desabastecimento, aumento do desemprego e greves gerais assolam o país: 


INSATISFEITOS -- "Basta de mentiras, K", lê-se no cartaz da manifestante em panelaço do dia 13 passado, em Buenos Aires. A letra "K" é uma referência ao sobrenome da presidente Cristina Kirchner