segunda-feira, 25 de agosto de 2008


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O bom...
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A entrevista de Gilmar Mendes (foto), presidente do Supremo Tribunal Federal, encheu de esperanças aqueles que acreditam no Império da Lei. O jurista teve a coragem de dizer ao país que o governo não pode tudo. Ele chamou atenção para a normalidade com que são tratadas algumas infrações e a não penalização dos infratores. Movimentos ditos sociais invadem prédios públicos e instalações privadas sem que ninguém seja preso e sequer admoestado. As palavras do presidente do STF representam a voz dos que acreditam que essas invasões fazem parte do quadro de normalidade é porque incorporamos o patológico na nossa mente. Não faz muito tempo, um indivíduo que é persona grata ao Palácio do Planalto (Bruno Maranhão), chefiou uma invasão ao Congresso sem sofrer penalização.
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O uso dos cartões corporativos por companheiros sem respeitos limites e a confecção de “dossiês” como forma de chantagem são recursos de quem aparelha o Estado.
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A utilização de funcionários da Polícia Federal e da Receita para invadir a vida particular dos cidadãos que desaprovam as idéias ou ações do governo é agressão ao Estado de Direito. A interdição de estradas, as invasões de reservas florestais e a destruição de laboratórios privados são crimes capitulados na legislação. Gilmar Mendes informa ao presidente que ele não é um imperador. O discurso deve servir de advertência às ONGs que apóiam movimentos criminosos, como é o caso do MST. Invadem e paralisam estradas sem que as polícias estaduais se mobilizem, prendendo manifestantes que se oponham ao exercício democrático do direito de ir e vir.
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O mau...
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A Polícia Federal (foto) levantou acusações sobre o uso de propinas em financiamentos concebidos pelo BNDES. A quadrilha que operava o sistema desviava, a título de prestação de serviços – preparação do projeto – 3 a 4% do valor do empréstimo. O pior é que o coordenador interno do esquema é o advogado Ricardo Tosto, membro do conselho de Administração do banco, indicado para o posto por sindicalistas e pela deputada Paula Pereira da Silva.
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Até agora não se tinha verificado qualquer ilicitude nas operações do BNDES , apesar de que o banco, sendo oficial, recebe permanentemente pressões para liberar recursos para os “amigos do governo”.
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A Polícia Federal, no deflagrar da operação, observou um desvio de R$10 e 15 milhões. A operação que orientou a Polícia Federal na investigação se deu com relação à prefeitura de Praia Grande. Um dos presos na operação é o engenheiro Boris Timmer, consultor das Lojas Marisa. O consultor assinava projetos que justificam a solicitação de empréstimo da empresa, que fazia seu acompanhamento junto ao advogado e conselheiro Ricardo Tosto.
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Aprovada a operação, o consultor recebia 3% do valor liberado e repassava a maior parte dos recursos aos quadrilheiros. Estes últimos utilizavam esquema de corrupção, através de prostitutas encarregadas de entreter os futuros clientes (prefeituras e empresas).
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e o feio
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Infelizmente, até o momento não apareceu nenhum órgão do governo que informe ao grande público – afinal, o pagador – quais são as regras para o uso do cartão corporativo. A única defenestrada até agora foi Matilde Ribeiro. Orlando Silva devolveu o dinheiro usado, em parte, para pagar tapiocas. Como resultado do vazamento das informações oriundas de um dossiê preparado pelo “grupeto” da “mãe do PAC”, Dilma Roussef , o grande público ficou sabendo dos gastos de D. Ruth Cardoso e FHC, com recursos públicos. Nenhuma autoridade veio a público, até agora, para explicar os limites ou a falta de limites para o uso desses cartões. Os funcionários públicos que usam cartões corporativos gastaram milhões somente em finais de semana. R$ 3,8 milhões foram sacados na boca do caixa. Tudo aprece indicar que os cartões corporativos dão a seus titulares um salário extra, sem desconto de Imposto de Renda.
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O mais deprimente nesse episódio dos cartões foi a constatação de seu uso por dois reitores de universidades. O primeiro, mais notório, por omissão, foi o reitor Timothy Mulholland (foto), responsável pelo uso de R$350 mil na decoração de seu apartamento funcional. O reitor da FEESP, Ulysses Fagundes Neto, declarou acreditar que o cartão corporativo não tinha qualquer limitação de uso. É este o exemplo feio que dois professores e doutores, no ponto máximo de suas carreiras, deixam à população.
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Fonte Revista Banco de Idéias -
www.institutoliberal.org.br

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