quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Ministro defende mais impostos

ATITUDE LAMENTÁVEL
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Temporão vê com 'bons olhos' possibilidade de novo tributo para Saúde
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Afirmação foi dada por Temporão após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.Disse que recriação do tributo é "uma possibilidade", apesar das negativas do governo.
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O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta quinta-feira (17), após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ver com "bons olhos" a possibilidade de instituição de um tributo permanente, sobre a movimentação financeira, destinada ao financiamento do setor.

"A posição do governo é que não encaminhará essa questão ao Congresso Nacional. Agora se o Congresso construir uma saída que dê ao setor Saúde a base de financiamento estruturante que ele necessita, eu vejo com bons olhos. Agora vamos aguardar e ver na prática, na volta do ano Legislativo, como as coisas caminham", disse ele a jornalistas nesta quinta-feira (17).

Temporão lembrou que alguns parlamentares da base governista se manifestaram a favor da recriação da CPMF e sua destinação para a Saúde. "É uma possibilidade. O governo não discutiu isso e não tem posição", acrescentou.

O ministro da Saúde ouviu de Mantega que o fim da CPMF, e os subsequentes cortes necessários para ajustar o orçamento à perda de R$ 40 bilhões neste ano, são "ruins" para a Saúde. "Significa que vai haver cortes na Saúde", explicou. O plano do governo é cortar R$ 20 bilhões do orçamento, obter R$ 10 bilhões com o aumento de tributos (IOF e CSLL dos bancos) e o restante (R$ 10 bilhões) com o crescimento da economia - que eleva a receita de impostos.

Segundo Temporão, estão comprometidos, com o fim da CPMF, o reajuste da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), do teto dos estados, a criação das unidades de pronto atendimento 24 horas e a retomada das obras previstas nos hospitais. "Os recursos adicionais do PAC da Saúde estão comprometidos", resumiu ele.
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