quinta-feira, 12 de junho de 2008

Alta nos alimentos assusta o país
Devido à inflação, brasileiro deixa de consumir em supermercados
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Mesmo com o faturamento registrando alta, o volume de vendas dos supermercados começou a cair. O motivo para isso? De acordo com o presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Sussumu Honda, o brasileiro está deixando de consumir determinados produtos devido à inflação dos alimentos.
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"Ele não está propenso a aceitar a inflação e está mais seletivo", afirmou o presidente da Abras. Para se ter uma idéia, as vendas reais dos supermercados brasileiros diminuíram 12,59% em abril, na comparação com o mês anterior.
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Por outro lado, a Abras divulgou que o faturamento real acumulado (de janeiro a abril) do setor supermercadista brasileiro teve aumento de 7,63% na comparação com o mesmo período de 2007.
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Queda nos agregadosConforme disse Honda, o consumidor tem notado o efeito da inflação no bolso e, apesar de ela ser registrada também em produtos básicos, como leite e arroz, a queda nas vendas é mais acentuada em seus derivados, os chamados produtos agregados.
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"A classe C, por exemplo, tinha inserido os lácteos na cesta de compras, como os queijos e iogurtes", afirmou. Agora, com a inflação, estes produtos têm sido deixados para fora do carrinho.
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Ao ser questionado sobre uma possível continuidade da alta de preços, Honda revelou que pode ser verdade. "Algumas cadeias de produção têm o ciclo maior - como o arroz, que tem safra anual -, então, mesmo com intervenções do governo, o preço pode subir", disse, referindo-se ao fato de a produção não acompanhar a demanda.

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InflaçãoOs itens básicos foram os principais responsáveis pela alta dos preços do grupo alimentação, que apresentou variação de 2,33% no IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal).
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Segundo a FGV, esse é o maior resultado do grupo desde a primeira semana de fevereiro de 2004. Entre os 21 itens componentes do grupo, os principais destaques foram: Hortaliças e Legumes (6,65% para 10,20%), Arroz e Feijão (1,41% para 4,57%), Carnes Bovinas (3% para 3,97%) e Aves e Ovos (0,54% para 1,68%).
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Fonte: Infomoney - SP

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