quinta-feira, 29 de maio de 2014

PT barra votação de projeto que impede sigilo nos empréstimos do BNDES para Cuba e outros países































Obedecendo instruções do Palácio do Planalto e do PT, o senador Eduardo Suplicy impediu, na reunião da Comissão de Relações Exteriores, a aprovação do projeto de autoria do senador Alvaro Dias, que extingue o sigilo bancário nas operações de crédito e empréstimos feitos por instituições oficiais brasileiras, como o BNDES, para um outro país. O projeto de Alvaro Dias altera o artigo 1º da Lei Complementar nº 105, e foi, segundo ele, motivado pelas recentes manifestações de indignação da população com a transferência de recursos do país para a construção de um porto em Havana, capital de Cuba. O porto, Mariel, foi construído graças ao empréstimo de US$ 800 milhões do BNDES para o governo cubano, mas como lembrou o senador, nem o Congresso nem a população tem acesso aos detalhes desta operação de crédito, que recebeu a tarja de “sigiloso” do governo brasileiro.

Em seu projeto, o senador Alvaro Dias destaca que o BNDES e outras instituições oficiais de crédito têm recebido vultosos recursos subsidiados do Tesouro Nacional que são repassados na forma de operações de crédito a tomadores finais. Como afirma o senador, os custos do Tesouro Nacional com as emissões que lastreiam esses empréstimos finais têm sido sistematicamente superiores ao retorno que obtém e, o que é mais preocupante, esses custos têm crescido exponencialmente.

“Se existe esse imenso subsídio nas operações de crédito lastreadas em endividamento público, é incompreensível que o benefício seja estendido a outras nações à custa do sofrido contribuinte brasileiro, que sofre cada vez mais com a precária infraestrutura brasileira. Esses são recursos que estão indo para Cuba pertencem aos trabalhadores brasileiros, são retirados da nossa população com juros subsidiados para outros povos de outros países. O governo não tem esse direito. E ainda mais com essa inovação, de fazer com que o empréstimo tenha a tarja de secreto, quando a nossa Constituição institui que deve haver transparência e publicidade dos atos públicos”, afirmou o senador Alvaro Dias, ao apresentar seu projeto.

Na Comissão de Relações Exteriores, o projeto de Alvaro Dias recebeu relatório favorável do senador Pedro Taques (PDT-MT). Apesar do bloqueio governista, o projeto deve voltar à pauta da comissão na próxima quinta-feira (05/6).

PT mostra suas garras


O mesmo assunto ganhou destaque no portal Administradores.com

7 diretrizes aprovadas pelo PT que vão deixar liberais de cabelo em pé

Pontos foram definidos no encontro nacional do partido, realizado no início do mês, e devem orientar campanha eleitoral deste ano e possível segundo governo Dilma


Pela Redação, Portal Administardores.com

O Partido dos Trabalhadores aprovou, em seu encontro nacional, realizado nos dias 2 e 3 deste mês, um documento com diretrizes táticas que devem orientar a postura do partido nas próximas eleições e em um possível segundo governo da presidente Dilma Rousseff. O texto, com um forte tom de ruptura com a política de conciliação ideológica adotada desde que Lula subiu ao poder, traz algumas propostas que vão deixar liberais de carteirinha com os cabelos em pé.
O Administradores.com destacou alguns pontos do documento, que pode ser lido na íntegra no próprio site do PT. Veja abaixo os destaques:

Menos liberalismo econômico

De acordo com o documento, um dos objetivos do PT a partir de 2015 será fazer com que Dilma consiga fazer um segundo mandato superior ao primeiro. E o texto diz como: superando a “herança maldita cujas fontes são a ditadura militar, o desenvolvimentismo conservador e a devastação neoliberal.” E complementa: “Esta herança maldita se materializa, hoje, em três dimensões principais: o domínio imperial norte-americano; a ditadura do capital financeiro e monopolista sobre a economia; e a lógica do Estado mínimo.”

Maior aproximação com a esquerda latino-americana

A superação da tal “herança maldita” citada no documento é vista como “uma tarefa simultaneamente nacional e regional” e deve se dar com “o aprofundamento da soberania nacional, a aceleração e radicalização da integração latino-americana e caribenha, uma política externa que confronte os interesses dos Estados Unidos e seus aliados”. Hoje, quase todas as economias da América Latina são governadas por líderes que, no espectro político, se posicionam do centro para a esquerda.

Aprofundamento de políticas sociais

Se os atuais programa de bolsas do governo e outros mecanismos de assistência social já despertam a ira dos liberais, um possível segundo mandato liderado pelo PT deve gerar ainda mais críticas. O documento afirma que para dar continuidade aos objetivos do partido, será necessário, entre outras coisas, ampliar “as políticas públicas universalizantes do bem estar-social”.

Reaproximação com os movimentos sociais

Dilma deu menos atenção aos movimentos sociais do que Lula e uma das condições impostas para a unificação do PT em torno de sua reeleição foi justamente uma mudança nesse sentido. Uma reaproximação deve acontecer em um possível segundo mandato, segundo o documento aprovado no congresso do partido. “A continuidade – e, sobretudo, o avanço – do nosso projeto está vinculada à nossa capacidade de fortalecer um bloco de esquerda e progressista, amparado nos movimento sociais, na intelectualidade e em todos os setores comprometidos com o processo de transformações econômicas, políticas, sociais e culturais implementadas pelos governos Lula e Dilma”, diz o texto.

Maior influência dos sindicatos no governo

Os sindicatos e centrais devem ter maior influência nas decisões de um possível segundo governo Dilma. “O 14º Encontro Nacional do PT destaca a importância da candidatura Dilma acolher a ‘Pauta da classe trabalhadora’, apresentada pela CUT e as centrais sindicais”, diz o documento.

Constituinte exclusiva para a reforma política

Criticada pela oposição e por intelectuais liberais, a convocação de uma Constituinte Exclusiva por meio de consulta popular para fazer a reforma política, proposta por Dilma durante os protestos de 2013, deve ser levada a cabo a partir de 2015, como bandeira do PT e do próprio governo. “A proposta feita pela presidenta Dilma ao Congresso Nacional, de um plebiscito para convocar uma Constituinte Exclusiva pela Reforma Política, proposta encampada pelo PT, movimentos sociais, centrais sindicais, partidos políticos, organizações da sociedade, deve fazer parte destacada da ação eleitoral da militância e de nossas candidaturas. A luta pela reforma política deve estar no centro de nossa tática eleitoral e dos programas de governo nacional e estaduais”, diz o texto.

Implantar o socialismo

Nada aterroriza mais um liberal do que o governo do seu país se comprometer com a implantação do socialismo. Mas é esse compromisso que o PT espera de Dilma, segundo o documento. “Nosso grande objetivo é, através das vitórias que obtemos nos espaços institucionais, democratizar o Estado, inverter prioridades e estabelecer uma contra-hegemonia ao capitalismo, capaz de construir um projeto de socialismo radicalmente democrático para o Brasil”, diz o texto.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Serginho Groisman faz terapia de grupo com pichadores revolucionários? Vai ter BBB dos marginais também?

Quando você acha que nada pode descer ao nível do Esquenta, vem Serginho Groisman e diz:



Quando você acha que vão aparecer pichadores algemados pela polícia na delegacia, falando qualquer besteira depois rebatida por um delegado sério, vem o quadro do “Altas Horas” e…


…apresenta a terapia de grupo do Tio Serginho.
O que não se faz pela audiência dos jovens, não é mesmo?
Pichadores revolucionários relembram e justificam alegremente seus crimes, mostrando seu orgulho da marginalidade e sua ideologia barata, até que o vocalista Rogério Flausino, do Jota Quest, felizmente detona o vídeo e chama todos de idiotas, deixando o apresentador sem palavras, com cara de um.
Não é a primeira vez que Tio Serginho promove pichadores em seu programa. Será que ele vai comandar um BBB dos marginais também? Ou só, quem sabe, terapias de grupo semanais com ladrões, estupradores e assassinos? Até onde poderá descer a TV brasileira?
Assista à sessão de sábado, que transcrevo e organizo por temas, com destaque para a frase: “A gente resolve na tinta, entendeu?” Pois é. Na falta de leis de verdade para deixar os bandidos presos e apresentadores de TV minimamente responsáveis para não fazer deles interlocutores comuns, a gente resolve no controle remoto, entendeu?

Memórias da infância:
“A gente começa pichando o nosso quarto, depois a parede, o corredor…” “A escola depois…” “Aí é o caminho, né…”
Os crimes favoritos:
“O mais difícil que eu pichei foi um prédio lá em Osasco, que só o Di tinha pichado, que é um pichador histórico, nossa maior inspiração.”
“Foi uma escalada na 23 de maio. Foi muito complicado, tenso e… emocionante.”
“Eu fui reprovado e expulso, porque pichei a faculdade.” “Ele levou 30 pichadores para pichar no TCC dele.”
“A mais difícil mesmo foi uma escalada na São João, onde eu invadi ali por dentro, e tive que dar fuga nele descendo, um segurando a perna do outro. E na fuga eu tive que pular dentro do estacionamento dos polícia [sic] pra ter que sair fora.”
A concorrência criminosa:
“A rivalidade acontece em toda a cidade. Eu faço um lugar mais alto, outro quer me superar e fazer um lugar mais alto que eu.”
A concorrência legal:
“O parâmetro de respeito na rua é o da transgressão. Se o grafite foi feito de forma ilegal, a gente respeita. Se não foi, a gente já não é obrigado a respeitar.”
“O problema do grafite-moralismo, que é esse grafite que tomou conta da cidade, é que ele virou um antídoto contra a pichação. Mas é assim: a gente resolve na tinta, entendeu?”
As justificativas imbecis:
“O muro é uma agressão física. O picho é uma agressão estética. É uma disputa no espaço público: seu muro, meu picho.”
“Quando vão construir um prédio, um estádio, um shopping, ninguém consulta a população. Então as pessoas não têm participação na construção da cidade e ficam revoltada com o picho que é uma intervenção efêmera. Um prédio vai durar pra sempre. Um prédio na frente da janela da sua casa, nunca mais vai bater o sol lá. Agora o picho, não. O picho pode ser facilmente removido.”
O coitadismo idiota:
“A pessoa vê a gente na janela, ela vê um dano na janela dela, ela não vê uma pessoa…”
As confissões dos marginais:
“Eu sempre tive um tipo de revolta, alguma implicância assim, então eu sempre procurei descontar na sociedade.”
“O pichador é um artista, mas é um artista diferente dos outros. Nós somos artistas libertários, artistas transgressivos e revolucionários.”
“A gente é da rabisqueira, a gente gosta de rabiscar, seja lá o que for.”
O reconhecimento no crime:
“O reconhecimento que a gente busca é pela marginalidade.”
“Quando a gente participou da Bienal, que a gente invadiu, depois voltou convidado… Ali a gente estava sendo reconhecido pela marginalidade do picho, pela transgressão, pelo que o picho é mesmo.”
“Eu sei que lá na Barra Funda tá sujo pra mim.”
“Muitos pichadores sonham em ser de uma união dessa. Então tem essa questão de busca. É igual futebol: você começa jogando no time pequeno, depois quer jogar no time grande.”
A reincidência no crime:
“É uma pena de prisão que é substituída, você tem o benefício, porque é delito leve. As cadeias estão cheias. Tem uns amigos nossos que ficaram um mezinho presos aí, pra quitar tudo que deviam, mas depois voltaram pra ativa.”
Rogério Flausino detona:
“Esse vídeo aí não me acrescentou absolutamente nada, eu só consegui ter a certeza de que são uns idiotas, entendeu? São uns idiotas! Está claro que são idiotas! Você vê os caras falando, o cara não consegue concluir… O mais próximo que ele chegou de alguma coisa que talvez fosse… ok, ‘estamos fazendo um protesto, neguinho constrói um prédio na frente da minha casa, o sol não bate mais aqui, vou pichar tudo’. Tá bom. Quem vai limpar? Quem vai pagar pra limpar? Quem vai tirar? Cara, o cara faz um grafite, uma arte maneira, às vezes por conta própria, porque pediu a liberação da prefeitura ou não, enfim, uma arte legal. Aí você vai lá e rabisca tudo? Nêgo entra numa galeria de arte e pinta em cima de quadros que os artistas fizeram? Com que direito você estraga um quadro que alguém pintou? Qual é, bicho? Quem é você? Por que você acha que você pode fazer isso? Isso é ridículo! O cara foi expulso da faculdade, porque pichou a faculdade? É um idiota! Todo mundo aí é um idiota. Sinceramente, não me acrescentou em nada.”
Felipe Moura Brasil - http://www.veja.com/felipemourabrasil

Vá pra Cuba que o pariu...




Cuba, uma das piores seleções nas eliminatórias das Américas do Norte e Central (apenas 1 ponto em seis jogos, eliminada em último em seu grupo), aparece com destaque no clipe oficial da Copa, que conta com a cantora brasileira Claudia Leite, além do rapper Pitbull e da americana Jennifer Lopez. A bandeira cubana aparece sendo agitada por torcedores em quatro momentos do clipe. 

(Eduardo - Assessoria do Sen. Álvaro Dias via Facebook)


Pois é… Propaganda terrorista do PT ganha nova leitura, e o partido é que vira alvo

Por Reinaldo Azevedo 

Sabem aquela propaganda terrorista do PT? Ganhou uma nova leitura. Vejam.



Comento

O maniqueísmo tem dessas coisas: quando se quer dividir o mundo entre o Bem e o Mal, não é?, tudo se transforma numa questão de mero ponto de vista.

 A sacada, convenham, é muito boa!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O despertar dos artistas


BRANCA NUNES para a Coluna do Augusto Nunes
“Tinham três coisas que a gente fazia quando era garoto que a gente mais se amarrava: andar de skate, ouvir Rock n’Roll e falar mal do governo”, anunciou Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, durante a apresentação do grupo no Rock in Rio 2011. “Na verdade, os anos foram passando e a gente descobriu que gostava de falar mal de qualquer governo. Fosse ele de esquerda ou de direita. Todos são iguais. Essa aqui é para as oligarquias que ainda parecem dominar o Brasil. Essa aqui é para o Congresso brasileiro, em especial para o José Sarney”. A fala que precedeu a música Que país é esse? não foi apenas o estopim para o grito contido na garganta de milhões de brasileiros. Ela marcou também o despertar de artistas e intelectuais diante daquela que é, segundo definiu Adélia Prado no programa Roda Viva, uma das épocas mais cinzentas da história brasileira. “Nós vivemos uma ditadura disfarçada”, lamentou a poeta. “Os poderes da República estão como comida envenenada”.
Em 2013 foi a vez de Lobão, massacrado pela esquerda depois do lançamento do livro Manifesto do Nada na Terra do Nunca. “Temos uma presidenta que é uma anta, que fala mal, que pensa mal”, desabafou o cantor na entrevista a esta coluna. “Nós temos que sair desse atoleiro”.
A mesma raiva despejada sobre Lobão foi desferida na última semana contra Roger, vocalista do Ultraje a Rigor, e Ney Matogrosso. Ney entrou no rol dos inimigos da pátria depois de fazer, durante uma entrevista à emissora portuguesa RTP, a pergunta que se fazem todos os brasileiros decentes: “Se existia tanto dinheiro disponível para gastar na Copa, por que não resolver os problemas do nosso país?”. Criticado pelo twitter, Roger contra-atacou ao vivo, durante um show no último dia 10: “Fui atacado porque, segundo a lógica distorcida desses cretinos, eu estaria aceitando dinheiro de um governo que não apoio para tocar hoje aqui, e que isso não seria coerente. Pois bem, quem está me pagando hoje não é um partido que se considera dono do Brasil”. E terminou com a constatação que tanto os cidadãos quanto o governo — um por ignorância, outro por esperteza — parecem esquecer: “Quem está me pagando é o povo, do qual eu faço parte”.

Dinho Ouro Preto:

Adélia Prado:


Lobão:


Roger:


Ney Matogrosso:

quinta-feira, 15 de maio de 2014

No país do futebol, quem se importa com a educação?

De vez em quando a verdade escapa...

A esperança vai vencer o medo. Ou: Medidas impopulares são melhores do que medidas populistas

















O PT abriu a Caixa de Pandora e soltou a praga populista, mas a esperança é a última que morre!


O PT, desesperado com o risco maior de perder as eleições, e com ela o poder e milhares de boquinhas penduradas em enormes tetas estatais, partiu para o ataque, como recomendou Lula. O marqueteiro João Santana preparou um vídeo em que a estratégia do medo fica escancarada: se “eles”, da oposição, vencerem, então todas as “conquistas” obtidas pelo PT estarão ameaçadas, e o desemprego será inevitável.
Justificando-se, o marqueteiro do PT alega que há, de fato, o risco de desemprego, pois a oposição fala em “medidas impopulares”. Ele cita, além do salário mínimo que deixaria de subir tanto, os subsídios do BNDES, cujo presidente Luciano Coutinho chamou as críticas dos economistas de “envenenadas” e “irracionais”. Coutinho, o mesmo que na década de 1980 aplaudia e implementava medidas como a Lei da Informática, responsável pelo atraso tecnológico do país.
O governo atual é dominado pelo marketing. Tudo visa apenas às eleições. Mas o povo não será bobo a ponto de cair nessa. Há uma gigantesca diferença entre medidas impopulares e medidas populistas, e no final do dia, estas são muito mais prejudiciais aos mais pobres do que aquelas. Mas somente um governante sério diria aos cidadãos que medidas duras precisam ser tomadas para evitar o pior. O PT não é sério.
Comecemos pelo salário mínimo. Se aumentá-lo por decreto é tão positivo para os trabalhadores mais pobres, por que não colocá-lo logo de uma vez em R$ 5 mil? O que impede? Ora, até mesmo um economista petista pode compreender que uma medida populista dessas seria catastrófica para o país. Qual a razão? Simples: o desemprego iria explodir, assim como a informalidade. Ninguém iria contratar pagando um valor arbitrário muito acima do de mercado, ou seja, daquele fruto do encontro entre oferta e demanda.
Há vários países mais ricos sem salário mínimo, como muitos escandinavos, e nem por isso os trabalhadores vivem mal. Ao contrário: ganham muito mais do que os brasileiros. Como? Porque o salário não depende da boa vontade de patrões, da pressão sindical, ou de decretos estatais, e sim da produtividade do trabalho em um ambiente de mais concorrência entre os empregadores. Mas o PT finge não saber disso (e alguns realmente não sabem), para continuar enganando os trabalhadores com a falácia de que ele, o governo, é quem garante ganhos salariais ao povo.
O que dizer dos subsídios do BNDES? Uma piada de mau gosto, claro. O maior programa de transferência de renda dos pobres para os ricos, o Bolsa Empresário. O BNDES desembolsa R$ 200 bilhões por ano a taxas abaixo da de mercado, sendo que 60% vai para grandes empresas. Esse orçamento paralelo tem impacto na inflação, aquele imposto cruel que pune os mais pobres. Mas os acionistas de grandes frigoríficos, assim como Eike Batista, agradecem ao PT e, como prova de afeto, doam milhões para sua campanha. Realmente, acabar com essa farra seria catastrófico… para os ricaços amigos do PT!
Em 2002, o marqueteiro Duda Mendonça, aquele que confessou ter recebido do PT em paraíso fiscal, cunhou o slogan “a esperança venceu o medo”. É irônico ver o mesmo PT, hoje, apelando para o contrário: “o medo venceu a esperança”.  Verissimo, o filho de Erico, com a sutileza de um elefante numa loja de porcelana, escreveu uma coluna hoje sobre a volta de Hitler, fazendo clara alusão ao risco que ronda o país com o avanço da “direita”. Mas não era justamente Hitler quem dava tanta importância e poder ao homem do marketing?
A verdadeira ameaça de retrocesso está em manter o PT no poder. O Brasil corre o risco de virar uma nova Argentina ou Venezuela, pois o PT declara abertamente seu amor pelo bolivarianismo. Suas medidas populistas geram apenas inflação, sendo que vários preços se encontram represados, o que o ministro Guido Mantega nega (prova de que estão, e muito). O PT está conseguindo minar a esperança dos brasileiros em um futuro melhor, mais radiante e próspero, sem tanta corrupção.
Mas a esperança é a última que morre, e vai vencer o medo. Os eleitores vão se dar conta de que o discurso do PT é resultado de muito desespero, não por receio de retrocesso para o país (que retrocesso pode ser maior do que a destruição institucional que o próprio PT vem realizando?); mas, como alfinetou Aécio Neves, pelo pânico de perder seus próprios empregos.
O aparelhamento da máquina estatal por petistas foi algo sem precedentes na história de nossa república. Foi exclusivamente o medo de perder essas mamatas que fez com que o partido adotasse essa patética estratégia de marketing, incutindo medo na população. Não vai dar certo. Os brasileiros vão enxotar os petistas do poder nas urnas, justamente para manter viva a esperança em um Brasil melhor e mais justo.
Rodrigo Constantino