terça-feira, 16 de agosto de 2011

Escândalos em série
Paulo Passos fala hoje no Senado sobre escândalos nos Transportes ; Novais vai à Câmara explicar denúncias no Turismo

BRASÍLIA - Um mês e meio depois da divulgação das primeiras denúncias de irregularidades que derrubaram o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e outros 26 integrantes do ministério e de órgãos ligados à pasta, a Comissão de Infraestrutura do Senado irá ouvir as explicações do atual ministro, Paulo Sérgio Passos. A audiência tem início marcado para as 9h desta terça-feira. Na Câmara, está marcada, a partir das 14h30, a audiência do ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), para explicar denúncias de corrupção e desvio de verbas públicas envolvendo a pasta. O ex-ministro Alfredo Nascimento, presidente do PR, também deve ir à tribuna do Senado, nesta terça-feira, para reafirmar a posição de independência do partido, que ficou descontente com a "faxina" promovida nos Transportes..

INFOGRÁFICO :
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A fala de Paulo Passos é uma das mais aguardadas pela oposição. Ao contrário de outros ministros que foram ao Congresso falar sobre indícios de irregularidades e corrupção em suas pastas - como o da Agricultura, o peemedebista Wagner Rossi, ou o das Cidades, Mário Negromonte (PP) - que contaram com total apoio de seus partidos, o ministro dos Transportes não deverá ter apoio do PR. Depois de deixar a pasta, Nascimento foi à tribuna do Senado e destacou que as irregularidades denunciadas pela mídia ocorreram em 2010, quando ele se ausentou do ministério para participar de campanha política, na gestão de Passos.

O ministro, no entanto, deverá contar com o apoio de líderes e senadores aliados do governo Dilma Rousseff. Paulo Passos será questionado principalmente pelo aumento de 154% na liberação de termos aditivos para obras federais em todo o país em 2010. Em entrevistas, Passos vem repetindo que os procedimentos em sua gestão foram normais e feitos dentro da legalidade e da Lei de Licitações.

No caso de Novais, o PMDB deverá apoiar o depoimento nesta terça-feira, como fez com Rossi. O próprio líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN) afirmou na semana passada que Novais estaria à disposição dos parlamentares para esclarecer as denúncias de desvios de verbas em seu ministério.

No último dia 9, a Polícia Federal prendeu 35 pessoas na operação Voucher, que investiga desvios de recursos relacionados a convênios de capacitação profissional no Amapá. A investigação apura a existência de um esquema de corrupção dentro do ministério. Um grupo de servidores e empresários é acusado de desviar R$ 4 milhões em um dos três convênios assinados entre o ministério e a ONG Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável).

Fonte:
O Globo

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