sexta-feira, 9 de abril de 2010
Foto: Elespectador
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Divulgação: Fórum da Liberdade
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RODRIGO CONSTANTINO
Civilização e Barbárie
Nos dias 12 e 13 de abril se realizará em Caracas a reunião da Quinta Internacional Socialista, proposta pelo presidente venezuelano Hugo Chávez. A iniciativa tem como objetivo reagrupar forças da esquerda do mundo todo, na esperança de que o socialismo é possível. A Venezuela representa o novo ícone do “socialismo do século 21”, que nada mais é do que o velho socialismo requentado. As receitas continuam as mesmas – concentração de poder no Estado – e os resultados também: muita miséria e escravidão.
Concomitantemente, nos mesmos dias ocorrerá em Porto Alegre o XXIII Fórum da Liberdade, organizado pelo Instituto de Estudos Empresariais. Trata-se de um evento com excelentes debates e palestras, além de pluralidade de idéias, já que esquerdistas também são convidados para expor seus pontos de vista. A pluralidade tão propagada pela esquerda e tão pouco respeitada de fato por ela é um importante pilar liberal, justamente porque os liberais acreditam no diálogo e no poder de seus argumentos, dispensando a tática da violência.
De um lado, as FARC terroristas, que seqüestram e fazem tráfico de drogas em nome da causa; do outro, intelectuais defendendo o direito de propriedade privada. De um lado, os bandoleiros do MST, que depositam na invasão e depredação suas armas de “persuasão”; do outro, empresários demonstrando como geram riqueza e empregos com suas iniciativas ousadas. De um lado, governantes autoritários que lutam para calar a imprensa a cada dia; do outro, jornalistas que colocam a liberdade de expressão como um princípio inegociável. De um lado, o mercantilismo da ALBA; do outro, a defesa do livre comércio. De um lado, parasitas do esforço alheio; do outro, produtores do progresso capitalista, que vem retirando milhões de seres humanos da miséria.
Em suma, de um lado temos a barbárie representada pelos socialistas, que mudaram um pouco a roupa, mas mantiveram a essência; do outro, a civilização, representada pelos liberais defensores de uma economia de mercado e um Estado de direito, com igualdade de todos perante as mesmas leis.
fonte: Rodrigo Constantino
quarta-feira, 7 de abril de 2010
ESTADO DE MINAS
Governistas montam estratégia para barrar Ficha Limpa
Por Alessandra Mello, Ivan Iunes e Josie Jerônimo
A bancada governista na Câmara dos Deputados tem uma manobra traçada para barrar a aprovação do projeto da Ficha Limpa prevista para esta quarta-feira, em plenário. Se o projeto for aprovado, ficarão inelegíveis por oito anos todos os condenados em segunda instância por crime graves. A proposta dificilmente sairá da Câmara sem ser retalhada. Contrários a várias regras previstas no texto, partidos como PT, PMDB e PR pretendem protelar a tramitação do projeto e alterar o texto substancialmente, tornando-o inócuo. A movimentação derrubaria a estratégia do presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), de capitalizar o bônus eleitoral da aprovação.
A manobra dos deputados contrários à proposta foi traçada terça-feira, durante reunião de líderes governistas. O roteiro definido tem como primeira ação recusar o pedido de urgência para votação em plenário. Sem um prazo definido para votar, os deputados forçariam o retorno do Ficha Limpa à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para resolver supostas lacunas do texto. Lá, ele seria desfigurado por uma série de emendas. “A ideia é constitucional, mas tem impropriedades, está confusa, cria uma instância, o órgão colegiado, que não existe”, criticou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Se a posição oficial é melhorar o texto, nos corredores, o naufrágio do projeto seria um golpe dirigido ao DEM e ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Ambos sonham usar a aprovação do projeto como bandeira em outubro. Para Temer, a proposta é uma oportunidade de reunir mais bônus eleitorais para o posto de vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT). O plano ideal traçado pelo presidente da Câmara passa pela aprovação do Ficha Limpa.
De mãos dadas com Temer, o DEM tem interesse em bancar a proposta para alvejar a própria imagem, desgastada depois da Operação Caixa de Pandora no Distrito Federal. “Sem regime de urgência, o projeto vai para a CCJ e aí não vota este ano”, pressionou o relator do projeto, Índio da Costa (DEM-RJ). O líder do partido, Paulo Bornhausen (SC), acusou os governistas de planejarem sepultar o projeto: “As bancadas estão manobrando para não aprovar a proposta, protelá-la, mas a estratégia só beneficia quem tem ficha suja”.
As estratégias, tanto governista quanto de Temer e do DEM, jogam com a força da opinião pública sobre o Congresso Nacional. A Ficha Limpa foi apresentada por iniciativa popular, escorada em 1,6 milhão de assinaturas colhidas pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
Pesquisa com deputados
Pesquisa divulgada terça-feira pelo Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que reúne todas as entidades engajadas na aprovação do Ficha Limpa, mostra que não vai ser fácil levar a proposta adiante, principalmente porque se for aprovada passará a valer para as eleições de outubro, impedindo diversas candidaturas, inclusive de cerca de 30% do integrantes do Congresso Nacional.
Durante 18 dias, o MCCE tentou saber a posição dos 513 deputados sobre o projeto, mas somente 77 responderam à pesquisa, o que representa 15% da Câmara. Desse total, 73 afirmaram apoiar o projeto e quatro disseram estar indecisos. Dos 53 deputados mineiros, apenas 16 responderam à pesquisa e se declararam a favor da proposta. As perguntas sobre a posição dos parlamentares em relação ao projeto foram enviadas por e-mail. Posteriormente todos os 513 foram procurados por telefone para se manifestar sobre o assunto, mesmo assim à adesão ao levantamento foi pequena.
fonte: Uai
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