sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Líder de movimento sem teto, mas com carrão de quase R$ 100 mil


Líder do Movimento Moradia para Todos, grupo “sem teto” que invade propriedade privada, tem um senhor carrão! Essa gente é muito cara de pau mesmo! Vejam o vídeo:


Sabem quanto custo o carrinho da moça, ex-camelô que faz uns bicos e lidera o movimento sem teto? Quase R$ 100 mil! Isso mesmo. Esse é o preço do modelo novo. Vejam aqui:


Não sei quanto ao leitor, mas estou de saco cheio dessa gente que prega altruísmo e fala em nome dos pobres enquanto só usufrui do bom e do melhor, no maior luxo burguês. Como cansa essa hipocrisia…

Comentário deste blog:

Tente você, cidadão de bem que respeita a propriedade alheia, 
pegar um financiamento para casa própria na Caixa. 
Brasil, um país de tolos!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Ideli Salvatti usa helicóptero do Samu para aparições públicas



Entregas de casas, inauguração de obras, lançamento de projetos e até participação em formatura de bombeiros foram apenas alguns dos eventos que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), participou fazendo o uso do único helicóptero da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina. Pré-candidata ao Senado nas eleições de 2014 neste Estado, o meio de transporte utilizado por Salvatti é conveniado ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e foi originariamente equipado com uma maca, tubo de oxigênio e materiais de primeiros socorros. No entanto, segundo informações do Correio Braziliense, para que a ministra possa ter mais espaço nessas viagens que proporcionam aparições públicas em toda Santa Catarina, os equipamentos foram retirados e a escala de atendimento de urgência suspensa.

Fonte: Metro 1

Comentário deste blog:

Enquanto eu, você e todos os brasileiros de bem, com o mínimo de vergonha cara, trabalhamos feito burros de carga para manter o ineficiente, inchado, burocrático e muitas vezes corrupto estado brasileiros, esses parasitas (sim, essa senhora é uma parasita) se acham no direito de usufruir de todo tipo de mordomia, regalia, privilégio (coisas do Brasil império), mesmo que um acidentado, uma vítima das estradas assassinas que temos precise da aeronave em questão para salvar sua vida. 

Como se todos os outros problemas no Brasil fossem menos importantes. E que o investimento feito para essa senhora deslocar-se pelos ares fosse mais importante que todos os outros graves problemas que temos.

Leitores, quando virem essa mulher, aponte-a para seus filhos e diga: 

"Estão vendo filhos, essa mulher quem nos rouba diariamente, essa mulher quem é responsável por faltar leitos de hospitais, por faltar estradas decentes, por faltar água no sertão. Essa mulher quem usufrui dos impostos que todos nós pagamos, que deveriam ser investidos em nós. Mas não, nossos recursos vão para ela ficar passeando de helicóptero como uma rainha passeava de carruagem. 

Sintam nojo dela, é isso e nada mais que ela merece de vocês."

Transposição do São Francisco: O Populismo Jeca do Governo Dilma



















Por Regina Brasília 

Imagine a fabricação de uma roda de trator. Agora, imagine a mesma fábrica construindo uma asa de avião. Prontas as duas partes, estão à sua disposição uma roda de trator e uma asa de avião, então, o que poderá fazer com ambas? Qual a aplicação prática e real das duas peças distintas, sem o restante do trator, e sem o restante do avião? E mais importante, qual a utilidade delas na sua vida? Em quê uma roda de trator e uma asa de avião podem, isoladamente, melhorar a sua vida? Pois assim pode-se descrever as obras que diferem um governo sério, capaz, com planejamento e competência, das obras de um governo populista. Projetos faraônicos, geralmente lançados ao mesmo tempo, que, pelo vulto da proposta e da propaganda que se faz, causam impacto. Mas que, cada qual sendo um pedaço apenas, não oferecem nenhum tipo de solução para a população. Nenhum benefício. 

A base ideológica da história do PT deu-se sobre o marxismo stalinista, mas este apenas alçou o poder com a primeira eleição de Lula em 2002, no momento em que despiu-se da roupa de eterna luta do trabalho contra o capital e internalizou Joãozinho Trinta, com sua máxima: "quem gosta de pobre é intelectual". Começou aí a travestir-se do velho populismo de outras eras ao defender que o povo é feliz se consumir supérfluos, porque é bom, a que custo for. Populismo mascarado outrora, recentemente oficializado como slogan de pré-campanha da reeleição de Dilma: "Do povo, para o povo, pelo povo". 

Se uma ideologia marxista já seria por demais contrária ao desenvolvimento do país, o marxismo populista de Lula e Dilma nos brindam com a roda de trator e a asa de avião: um dos melhores exemplos é a transposição do Rio São Francisco, projeto do Governo Federal sob a responsabilidade do Ministério da Integração Nacional. A obra pretendia assegurar a oferta de água para 12 milhões de habitantes de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Tempo verbal passado, porque uma obra parada, inacabada, com o que já existe deteriorando-se e o que ainda haveria de ser feito sequer tem um planejamento, não oferece tem razão de ser no presente, e é incógnita total para o futuro.

A transposição do Rio São Francisco é a maior obra de infraestrutura hídrica sendo executada pelo governo Dilma, cujas características não fogem à regra do seu desgoverno populista: mais de dois anos de atraso, e um custo acima do previsto já na ordem de R$ 3,5 bilhões. Assim, a população que vê morrer a terra, o gado, a vida ao seu redor, e morre de sede aos poucos todos os dias, não tem "as águas". Nesta terça-feira, 8, justamente no Dia do Nordestino, o jornal O Tempo traz uma matéria ampla, crua e dura exatamente como é a cruel realidade da vida na seca sem as águas do São Francisco. Que o próprio sertanejo "transpõe":
"Já há pelo menos dois anos que o aposentado Severino Pereira de Lima, 68, reclama de dores nas pernas e na coluna que o acompanham na lida da roça dia após dia. O problema de saúde, talvez, pudesse ser amenizado se ele mesmo não precisasse puxar uma carroça pesada por cinco quilômetros para buscar água para a família. Com a simplicidade de quem sempre viveu na zona rural de Pernambuco, Severino se define como “um homem que virou jumento”. Ele abriu mão do animal por não ter condição de dar de comer e de beber ao bicho." É A Transposição do Descaso. Clique aqui para ler a íntegra da reportagem.
O somatório do altíssimo e descontrolado custo da obra mais os anos de incompetência do Ministério da Integração Nacional na gestão do projeto caem direto no colo do presidenciável Eduardo Campos, proprietário do PSB, dono do feudo desse Ministério. No governo do PT há 10 anos, e responsável direto pela realização da Transposição do Rio São Francisco, o PSB tem muitas explicações a dar. Em contrapartida, no recente programa de TV do PSDB, seu protagonista, o senador Aécio Neves, apontou os problemas da Transposição claramente criticando o descaso do governo federal. O projeto tido como uma das prioridades do governo Dilma Rousseff e que deveria ter sido concluído no final do ano passado,  agora está prometido para 2015, mas quem anseia por ele há tempos não acredita nem um pouco nisso. “A seca está grande, sem legumes, sem feijão, sem o milho. A gente confiado nessa obra e está aí com três anos e nada, nada. Mesmo que eu não tenho a fé de ver a água passando, pelo menos as duas netinhas que eu tenho..." lamenta o agricultor Francisco, na conversa com Aécio.


O governo brasileiro, formado pelo PT e seus aliados, decide que tudo é realizável por canetadas eleitoralmente políticas - sem lastro, sem crescimento palpável, sem planejamento e sem competência - às costas de absolutamente todo o povo - todos somos pagadores de impostos - em benefício de sua clientela, a que lhe garante a permanência no poder: são, tanto os grandes grupos empresariais sócio-dependentes do BNDES, empreiteiras ligadas à Transposição inclusas, quanto a "nova classe média" que idolatra um slogan, cede à propaganda e foi criada pelas mesmas canetadas: o decreto que estabeleceu a felicidade pelos índices de consumo, e não pelo progresso individual lastreado em uma formação educacional com reflexo na ascensão profissional, que garantiriam melhorias duradouras na qualidade de vida.

O Brasil de obras extremamente caras que são inúteis porque inacabadas, escapa da ideologia dos partidos do governo não em sentido à direita ou ao centro, mas cai direto nesse populismo lulo-dilmista, que nos custa caríssimo, em nome de um nacionalismo jeca e da fraternidade paternalista de um discurso de igualdade aos miseráveis, que no caso dos que dependem das obras no Rio São Francisco, seguem mais iguais que nunca, na morte pela seca.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Triste jeitinho brasileiro...

Entrevista com o antropólogo Roberto Da Matta 



























Gabriela Loureiro para Veja

O cotidiano brasileiro é pautado pela ética? Depende de um fator: de que ética estamos falando. No Brasil, estamos acostumados com uma ética da desigualdade, que faz a gente ter uma enorme dificuldade em aceitar a igualdade.
Trata-se, então, de uma questão cultural? É uma questão cultural que tem a ver com uma cultura política profundamente desigual. Esta tem raízes no regime da escravidão e da monarquia, fundados na desigualdade, e foi transferida para a República, cujo pilar é a igualdade, sem que houvesse a necessária discussão e sem que o conceito de igualdade fosse internalizada nos cidadãos. As questões são sempre discutidas a posteriori, quando acontece alguma coisa alarmante, como um caso de corrupção em que um ministro roubou muito. Aí, paramos para discutir.
Qual a relação entre igualdade e ética? Temos um ditado revelador no Brasil: os incomodados que se mudem. Assim, se você chegar a um restaurante com suas amigas, falando alto e dando risada, e isso incomodar a mim, eu é que sou obrigado a me retirar. A desigualdade prevalece sobre a igualdade. Dentro da nossa cultura, tudo isso é sintomático: a maneira de furar fila, não esperar a vez do outro, não dar vez para pessoas idosas e assim por diante. Tudo isso precisaria ser discutido para criar uma ética de igualdade.
Em que medida essa ética da desigualdade é responsável, por exemplo, pela corrupção nos governos? Muitas vezes, achamos que uma mudança no estado acarretaria uma mudança automática na sociedade. É justamente o contrário. Quem assume os cargos públicos são nossos iguais, companheiros, parentes. São como nós as pessoas que reproduzem no estado esse padrão duplo de usar de vez em quando uma ética igualitária e em outros momentos uma ética baseada em relações, nos contatos. O Brasil não gosta de ser igual, odeia a igualdade, o mérito, o mercado. Prova disso é que, antigamente, o trabalho era considerado marginal e, por isso, os superiores não trabalhavam. Carregamos uma tradição aristocrática em lugar de uma herança moderna, baseada na ética da modernidade, que vem de uma orientação cosmológica diferente, interessada em melhorar esse mundo.
Essa noção de igualdade deve ser ensinada em casa? Sim, é preciso ser coerente em casa e na rua. Porém, a própria estrutura familiar é muito desigual. Os meninos podem chegar às 6h da manhã de uma festa, enquanto as meninas têm que estar em casa à meia-noite. Irmãos mais velhos ainda têm mais direitos do que os mais jovens. Em resumo, a mudança necessária tem que começar pela família.

O dilema da criação de filhos no Brasil: a ética compensa?

"Fazer o certo ou ser feliz?", o dilema que mobilizou filósofos gregos se repete na criação dos filhos





















Pais temem ensinar virtudes às crianças e torná-las presas fáceis em um país onde o dever e a verdade parecem vencidos pela mania de levar vantagem

Gabriela Loureiro para Veja

A dentista Márcia Costa abomina infrações às leis de trânsito. Em especial, a prática adotada por muitos pais de parar o carro em fila dupla, interrompendo o fluxo de veículos, para deixar os filhos na porta da escola. Ela prefere estacionar seu carro mais longe e fazer os adolescentes caminharem até lá. Não satisfeita, reprova publicamente os motoristas que alimentam a irregularidade. Os filhos protestam: "Que mico!", diz Beatriz, de 15 anos. "Mãe, assim é você quem acaba sendo a chata da história", afirma Lucca, de 12. A guerra à fila dupla envolveu até o marido de Márcia, Marcelo, que certo dia colocou a convicção da mulher à prova: "Você quer estar certa ou quer ser feliz?" É um velho dilema. Filósofos gregos já se faziam a pergunta há mais de vinte séculos: uns defendiam que fazer o que é correto, o que deve ser feito, é o caminho para a felicidade; outros argumentavam que tal conciliação é impossível.


O dilema vive no Brasil hoje. E se acirrou há poucas semanas com a publicação do artigo do economista Gustavo Ioschpe, colunista de VEJA, intitulado "Devo educar meus filhos para serem éticos?" Ioschpe revelou a apreensão de criar filhos em uma nação às voltas com problemas éticos de estaturas variadas — da ausência de pontualidade para compromissos à ausência de honestidade para governar. A certa altura, ele apresentou assim seu dilema: "Será que o melhor que poderia fazer para preparar meus filhos para viver no Brasil seria não aprisioná-los na cela da consciência, do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a integridade?" Foi a senha para que milhares de leitores se manifestassem, compartilhando apreensão idêntica.
Mais de 30.000 pessoas recomendaram o texto, reproduzido em VEJA.com, utilizando recurso do Facebook; centenas deixaram comentários ao artigo e espalharam as ideias contidas nele pela internet. Muitos aproveitaram a ocasião para contar suas histórias, seus dilemas. É o caso de Márcia Costa e dos demais pais ouvidos nesta reportagem. "Temos que criar nossos filhos para serem do bem ou para se darem bem? A preocupação é o quão inocente nossos filhos vão ser se forem educados para serem do bem", diz a tradutora Samira Regina Favaro Gris. A médica Denise Zeoti acrescenta: "A ideia de passar valores para minha filha e torná-la uma presa fácil me assusta. Quero que ela seja uma pessoa ética, correta, mas não quero que ela seja passada para trás." Continue a ler a reportagem

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Enquanto isso, nas mídias sociais: Que BRASIL é esse?


Que BRASIL é esse?

Por Humberto de Luna Freire Filho, médico

  • Um país onde um presidente analfabeto recebe titulo de Doutor Honoris Causa de várias universidades.
  • Um país onde um presidente analfabeto promove reforma ortográfica na língua portuguesa.
  • Um país onde um presidente eternamente bêbado decreta lei seca.
  • Um país onde um presidente tentou desarmar a população de bem, quando simultaneamente comandava um bando de ladrões.
  • Um país onde uma quadrilha já condenada a prisão subjulga a Suprema Corte.
  • Um país onde a desmoralização da Justiça no mínimo traz insegurança jurídica com a contradição entre duas cortes federais relacionada a embargos infringentes.
  • Um país que possui a única petroleira do mundo que quanto mais vende mais prejuízo tem, fruto de dez anos sob a administração de incompetentes e corruptos.
  • Um país onde um banco de fomento, BNDES, financia a inciativa privada, a juros subsidiados, dirigida por bandidos da pior espécie, porém amigos do rei. 
  • Um país onde roubo do erário se chama "mal feito", talvez em homenagem a George Orwell, e uma contribuição ao seu projeto da novilíngua.
  • Um país onde ministro demitido por roubo escolhe seu substitutos e continua, lá dos porões, comandando a roubalheira: leia-se Ministério dos Transportes.
  • Um país onde magistrados, quando são flagrados roubando, recebem como punição uma aposentadoria compulsória com salários integrais.
  • Um país que tem presidente de fato e presidente de direito interligados por um mordomo, travestido de ministro, que circula na cozinha do Palácio do Planalto.
  • Um país onde direitos humanos são prerrogativas de bandidos, o que institucionaliza a inversão de valores.
  • Um país onde a cúpula dirigente beija as botas de ditadores e ainda lhes perdoa altas dívidas, em detrimento dos brasileiros que morrem de fome e sede no Nordeste.
  • Um país onde o que seria oposição se vende por valor acima do que vale.
  • Um país onde um "corajoso" ministro da defesa fica de quatro para um exportador de cocaína, que vasculhou sua aeronave em viagem oficial.
  • Um país onde, para ser ministro a condição sine qua non é ter a ficha suja, sinônimo de experiência para não serem flagrados nos atos do mau ofício.
  • Um país em cujo congresso 60% dos nobres responderam ou respondem a processo administrativo ou na justiça.
  • Um país que tem como presidente de uma das Casas um corrupto que já renunciou ao mandato para não ser cassado.
  • Um país que a cada dia cria um novo ministério para abrigar o chorume que escorre do poder Legislativo e promete de pés juntos ser fiel à vontade do Executivo.
  • Um país cujo Congresso mantém um gabinete em penitenciária para um nobre presidiário.
  • Um país cuja atual presidente propõe, em fórum internacional, um código de ética para espionagem, levando o povo brasileiro ao ridículo diante do mundo.
  • Um país cuja força aérea teve suas bases transformadas em praça de taxi para atender políticos e ministros corruptos.
  • Um país que, através de falsos programas de inclusão social, há dez, anos compra votos no pobre substrato eleitoral, mantendo os atuais corruptos dirigentes no poder.
  • Um país onde a maior parte da imprensa foi comprada pela publicidade oficial superfaturada.
  • Um país onde se pinta o asfalto para resolver os problemas do trânsito, como está ocorrendo na nossa maior cidade, hoje comandada pelo poste que destruiu o MEC. 
  • Um país onde as minorias já ditam regras para a maioria, estimuladas por um governo corrupto que desagrega a sociedade para melhor dominar.
  • Um país onde falta gente de coragem e sobram covardes, além dos imorais subservientes.
  • Um país que hipocritamente canta direitos humanos e contrata escravos cubanos para trabalhar sem salários onde nem condições de trabalho existem.
  • Um país governado por um bando de incompetentes que quando faltar comida vai contratar cozinheiros.
  • Um país onde eu não gostaria de ter nascido, porque não sou analfabeto, não sou corrupto nem covarde.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A seita marxista

Rodrigo Constantino para Veja
carta-manifesto do aluno que se recusou a fazer um trabalho sobre Marx na faculdade, por saber que seu professor marxista não aceitaria críticas duras sem contrapartida na nota, deu o que falar aqui no blog. Já foram mais de 40 mil views diretos no texto, e muitos marxistas saíram da toca nos comentários.
São minoria, como podemos ver pela expressiva quantidade de gente (15 mil) que aprovou o texto, recomendando o mesmo na rede social. Mas é uma minoria barulhenta. E mostra como a doutrinação marxista atingiu patamares alarmantes no Brasil.
Muitos fingem não ser marxistas, mas logo deixam a máscara cair. “Mesmo contra Marx, é um absurdo se recusar a estudar um autor etc”. Claro. Mas quem disse que o aluno se recusou a ler Marx? Ele se recusou a fazer um trabalho sobre Marx, sabendo antecipadamente que seu professor, marxista como a maioria, não teria isenção no julgamento.
As pessoas decentes estão cansadas de ter que perder tanto tempo de sua formação lendo e falando sobre um pulha que só defendeu ideias absurdas, influenciou tragédias e foi canalha em sua vida. Marx merece a lata do lixo da história das ideias! Mas dizer isso, ó céus!, ofende os acadêmicos “abertos” ao debate de todas as vertentes (sei, sei…).
O episódio me deu vontade de iniciar uma série nova, “refutando o marxismo”. Ontem mesmo já postei um texto mais técnico, com base em Bohm-Bawerk. Agora segue outro, mostrando como o marxismo, na verdade, não passa de uma seita religiosa.
A seita marxista
Poucos intelectuais exerceram tanta influência direta como Karl Marx. Suas idéias, afinal, foram colocadas em prática por seguidores convictos como Lenin, Stalin e Mao Tse-Tung, sacrificando milhões de vidas no altar da utopia. O marxismo pretendia ser científico, e tal termo era comumente usado pelo próprio Marx. Seria crucial, então, analisarmos quão científica era sua obra.
Como o estudo da vida de Marx deixa claro, ele não tinha as características de um cientista que se interessa na busca da verdade. Mais parecia um profeta, interessado em proclamá-la. Até mesmo o economista Schumpeter, que fez uma análise obsequiosa de Marx, reconheceu que o marxismo é uma religião e Marx era uma espécie de profeta.
Seu tom messiânico e seu escrito escatológico, influenciado pelo pano de fundo poético, nada tinham de científico. Sua visão apocalíptica de uma catástrofe imensa prestes a se abater sobre o sistema vigente desprezava a necessidade de evidências sustentadas pelos fatos. Tal característica conquistou muitos seguidores pelo desejo de crer no fim próximo do capitalismo, dispensando o uso da razão para tanto. Os slogans ajudavam na propaganda, assim como a promessa de salvação.
Marx tinha um bom talento como jornalista polêmico, e sabia usar aforismos de forma inteligente, ainda que a maioria tenha sido copiada de outros autores, e não criada por ele. Mas seu mérito residia no uso das palavras para instigar sentimentos e revolta nos leitores. A elaboração de sua filosofia foi um exercício de retórica, sem a sustentação de sólidos pilares.
Distanciado do mundo real, em seu bunker intelectual, ele iria fazer de tudo para confirmar suas ideias já preconcebidas. Afirmava ser o defensor dos proletários, e até onde sabemos, nunca esteve numa manufatura ou fábrica. Seus aliados eram intelectuais de classe média, como ele, e havia inclusive certo desprezo pela classe trabalhadora.
Um cientista sério busca dados novos que possam contradizer suas teses. Marx nunca fez isso; pelo contrário: tentava encontrar o tipo certo de informação, adequada para suas teorias já definidas. Toda a sua abordagem era no sentido da justificação de algo declarado como sendo a verdade, não na investigação imparcial dos fatos. Era a convicção não de um cientista, mas de um crente.
Os dados estariam subordinados aos seus trabalhos de pesquisa, tendo apenas que reforçar as conclusões alcançadas independentemente deles. Com tal método, foi escrita sua obra clássica,Das Kapital, repleta de contradições, dados errados ou defasados, fontes suspeitas ou mesmo manipulações e falsificações. Assim como na obra do seu colega Engels, o descaso flagrante e a distorção tendenciosa estão presentes nos escritos de Marx, como prova de uma desonestidade inequívoca. Em Os Intelectuais, Paul Johnson fez uma análise detalhada desses erros todos.
Alguns exemplos merecem destaque para a melhor compreensão desta total falta de compromisso com a verdade, premissa básica para qualquer um que se considera um cientista. Marx utilizou informações obsoletas quando interessava, já que as novas não validavam suas alegações. Em exemplos gritantes, usava casos de décadas atrás para mostrar uma suposta conseqüência nefasta do capitalismo, sendo que o próprio capitalismo tinha feito a situação perversa desaparecer.
Ele escolheu também indústrias onde as condições de trabalho eram particularmente ruins, como sendo típicas do capitalismo. Entretanto, esses casos específicos eram justamente nas indústrias onde o capitalismo não tinha dado o ar de sua graça, e as firmas não tinham condições de implantar máquinas, por falta de capital.
A realidade gritava que quanto mais capital, menor o sofrimento dos trabalhadores. Marx não tinha o menor interesse em escutar este brado retumbante dos fatos. Salvar a teoria, e em última instância seu ódio ao capitalismo, era mais importante que a verdade. Chamar isso de científico beira o absurdo completo. Schumpeter admitiu que Marx estava quase sempre errado, e Keynes considerou Das Kapital um livro obsoleto, cientificamente errado e sem aplicação no mundo moderno.
No fundo, podemos tentar buscar os motivadores de Marx em alguns aspectos de seu caráter. Ele alimentava um profundo gosto pela violência, tendo deixado isso claro ao longo de toda a sua vida. Desejava ardentemente o poder. Mostrava uma inabilidade irresponsável e infantil de lidar com dinheiro, sendo vítima constante de agiotas. E mostrava uma tendência de explorar os que se encontravam a sua volta, incluindo família e melhores amigos.
Provavelmente, seu rancor refletia uma frustração em possuir certas potencialidades mas ser incapaz de exercê-las de forma mais efetiva. Marx levou uma vida boêmia e ociosa durante sua juventude. Mostrou uma enorme incapacidade de lidar com dinheiro, gastando sempre muito mais que recebia, tendo que parasitar nos familiares e amigos ou recorrer aos agiotas.
Isso pode estar na raiz de seu ódio ao sistema capitalista e também seu anti-semitismo, já que os judeus praticavam normalmente a usura. Ele pegava dinheiro emprestado, gastava de forma insensata, e depois ficava nervoso com a cobrança. Passou a ver os juros como um crime contra a humanidade, uma exploração do homem pelo homem. Não o interessava verificar que o problema estava, de fato, em sua completa irresponsabilidade.
Chegou ao ponto de ser deserdado pela mãe, que recusou pagar suas dívidas certa vez. Foi procurar refúgio em Engels, um rico herdeiro e a maior fonte de renda de Marx, que passava então a viver como pensionista de um rentier. Sua mulher, de família aristocrata, também foi uma fonte de recursos para Marx. Aquele que considerava o trabalho uma exploração, nunca quis muito saber de trabalhar ou de se relacionar com trabalhadores, orgulhava-se da nobre descendência de sua esposa e ainda vivia às custas do dinheiro dos outros.
Poucos são os casos, em minha opinião, onde um só intelectual concentra tantas idéias estapafúrdias. Fora isso, o desprezo por Marx aumenta mais quando conhecemos sua vida e seu caráter, sem falar do fato de que a concretização de seus ideais derramou um oceano de sangue inocente. Por fim, a autoproclamação de que tanto absurdo e contradição tem um respaldo científico é um crime contra a ciência e a razão. Se a religião é o ópio do povo, como Marx dizia, o marxismo é o crack.
Seus seguidores – e eles são muitos ainda, principalmente entre os intelectuais – precisam desprezar o uso da razão para manter a fé dogmática no marxismo. Não foi a razão que falhou nas idéias de Marx. Foi a falta dela, necessária para salvar o dogmatismo presente na seita que é o marxismo.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A herança maldita




















































MARCO ANTONIO VILLA para O Globo

O lulismo vai deixar sinais indeléveis no Estado brasileiro. E, pelo visto, deve permanecer no poder até, no mínimo, 2018. Inexiste setor do Estado em que não tenha deixado sua marca. A eficácia na tomada do aparelho estatal é parte de um projeto de manietar o país, de controlar os três poderes.

O grande empresariado foi se transformando em um dos braços do Estado. A cada dia aumentou sua dependência dos humores governamentais. Ter uma boa relação com o Palácio do Planalto virou condição indispensável para o sucesso. O empresário se tornou capitalista do capital alheio, do capital público. Para a burguesia lulista, nenhum empreendimento pode ter êxito sem a participação dos fundos de pensão dos bancos e empresas estatais, dos generosos empréstimos do BNDES e da ação direta do governo criando um arcabouço legal para facilitar a acumulação de capital — sem esquecer as obras no exterior, extremamente lucrativas, de risco inexistente, onde a empresa recebe de mão beijada, sem concorrência, como as realizadas na África e na América Latina.

petrificação da pobreza se transformou em êxito. Coisas do lulismo. As 14 milhões de famílias que recebem o benefício do Bolsa Família são, hoje, um importante patrimônio político. Se cada família tiver, em média, 4 eleitores, estamos falando de 1/3 do eleitorado. A permanência ad aeternum no programa virou meio de vida. E de ganhar eleição. Que candidato a presidente teria coragem de anunciar o desejo de reformar o programa estabelecendo metas de permanência no Bolsa Família?

A máquina do Estado foi inchada por milhares de petistas e neopetistas. Além dos quase 25 mil cargos de assessoria, nos últimos onze anos foram admitidos milhares de novos funcionários concursados — portanto, estáveis. Diversamente do que seria razoável, a maior parte não está nas áreas mais necessitadas. Um bom (e triste) exemplo é o das universidades federais. Foi realizada uma expansão absolutamente irresponsável. Faculdades, campi, cursos, milhares de funcionários e docentes, para quê? Havia algum projeto de desenvolvimento científico? A criação dos cursos esteve vinculada às necessidades econômicas regionais? Foi realizado algum estudo das carências locais? Ou tudo não passou, simplesmente, de atendimento de demandas oligárquicas, corporativas e para dourar os números do MEC sobre o total de universitários no país?

Sem ter qualquer projeto para o futuro, foi acentuado o perfil neocolonial da nossa economia. Vivemos dependentes da evolução dos preços das commodities no mercado internacional — e rezando para que a China continue crescendo. Não temos uma política industrial. O setor foi perdendo importância. O investimento em ciência e tecnologia é ínfimo. A chamada nova economia tem importância desprezível no nosso PIB. A qualificação da força de trabalho é precária. Convivemos com milhões de analfabetos como se fosse um dado imutável da natureza.

A política externa amarrou o destino do Brasil a um terceiromundismo absolutamente fora de época. Nos fóruns internacionais, o país se transformou em aliado preferencial das ditaduras e adversário contumaz dos Estados Unidos. Abandonamos o estabelecimento de acordos bilaterais para fomentar o comércio. Enquanto o eixo dinâmico do capitalismo foi se transferindo para a região Ásia-Pacífico, o Brasil aprofundou ainda mais sua relação com o Mercosul. Em vez de buscar novas parcerias, optamos por transformar os governos bolivarianos em aliados incondicionais.

Entre os artistas, a dependência estatal foi se ampliando. Uma simples peça de teatro, um filme, um show musical, nada mais é realizado sem que tenha a participação do Estado, direta ou indiretamente. Ter bons relações com o lulismo virou condição indispensável para a obtenção de “apoio cultural”. Nunca na história republicana artistas foram tão dependentes do governo — nem no Estado Novo. E cumprem servilmente o dever de obediência ao governo, sem qualquer questionamento.

O movimento sindical foi apresado pelo governo. Os novos pelegos controlam com mão de ferro “seus” sindicatos. Recebem repasses milionários sem ter de prestar contas a nenhum organismo independente. Não vai causar estranheza se o Congresso — nesta escalada de reconhecer novas profissões — instituir a de sindicalista. A maioria dos dirigentes passou rapidamente pela fábrica ou escritório e está há décadas “servindo” os trabalhadores. Ser sindicalista virou um instrumento de ascensão social. E caminho para alçar altos voos na política.

O filé mignon do sindicalismo são os fundos de pensão das empresas e bancos estatais. Seus diretores — do dia para a noite — entraram no topo da carreira de profissionais do mercado financeiro. Recebem salários e bonificações de dar inveja aos executivos privados. Passam a conviver com a elite econômica. São mimoseados pela burguesia financeira de olho nos recursos milionários dos fundos. Mas ser designado para a direção do Fundo de Amparo ao Trabalhador é o sonho dourado dos novos pelegos.

Em meio a esta barafunda, não causam estranheza o ataque, o controle e a sujeição do Supremo Tribunal Federal à horda lulista. Os valores éticos e republicanos não combinam com sua ação política. Daí a necessidade de aparelhar todas as instâncias do Estado. E colocá-las a seu serviço, como já o fez com o Congresso Nacional; hoje, mero puxadinho do Palácio do Planalto.

Na república lulista, não há futuro, só existe o tempo.

Marco Antonio Villa é historiador